15/05/2014 07h00 - Atualizado em 05/01/2017 14h52

Vitória sedia I Feira Literária Capixaba na Praça do Papa

 
A Praça do Papa se transformará em um mar de livros entre os dias 15 e 18 de maio, na I Feira Literária Capixaba. 

A Academia Espírito-santense de Letras, a Academia Feminina Espírito-santense de Letras e o Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo estão orquestrando uma mobilização de quatro dias, de 15 a 18 de maio, para divulgar a literatura produzida no Espírito Santo. Durante esse período, diversos artistas, dentre contadores de histórias, ilustradores, artistas plásticos, músicos, além de escritores, estarão celebrando as letras capixabas.

Estarão participando os contadores de história Gabi Kruger, Rodrigo Campanelli, a artista plástica Angela Goulart, a cantora Madu Marino, dentre outros, além dos escritores que estão a frente do movimento: Ester Abreu, Francisco Aurélio, Silvana Sampaio, Regina Menezes, Wanda Alckimin, Jo Drumond, Anaximandro Amorim, dentre outros. E até o Café Literário do Sesc, será transferido para a feira, nesse mês de maio. 

Feira Literária Capixaba Elmo Elton: uma proposta abrangente.

A Feira Literária Capixaba terá um estande para Deficientes Visuais, onde poderão ler e conhecer diversos autores capixabas. O espaço será criado com apoio de duas instituições do Governo do Estado do ES: CAP - Centro de Apoio Pedagógico para atendimento às pessoas com Deficiência Visual, que preparou livros em braille de autores capixabas a pedido da Academia Feminina Espírito-santense de Letras, e a monitoria do estande que ficará a cargo da BPES - Biblioteca Pública do Espírito Santo, setor Braille.

A Feira Literária Capixaba contará também com com Tradutores de Libras para atenderem aos Deficientes Auditivos que participarem das  palestras e mesas redondas durante o  evento. Este serviço será disponibilizado pela Prefeitura Municipal de Vitória, que conta com tradutores de libra em seu quadro de profissionais da educação do município. 

A mobilização em prol da arte literária capixaba envolve entidades públicas como a Prefeitura de Vitória, a Secretaria de Estado da Educação, a Secretaria de Estado da Cultura, o Sebrae-ES e também privadas, como a Livraria Logos.  O empresário Silvio Folli, da Livraria Logos, está entre os apoiadores dessa causa junto à iniciativa privada. Durante a feira, a Logos Livraria, em seu estande na feira, só venderá obras de autores capixabas. A livraria também estará realizando uma série de lançamentos em seu estande, por ocasião do evento.

A IMPORTÂNCIA DAS ACADEMIAS NA LITERATURA DO ESPÍRITO SANTO

Fundada em 04/09/21, a Academia Espírito-santense de Letras (AEL) é a segunda mais antiga instituição cultural do ES em atividade. Idealizada por intelectuais como Alarico de Freitas, Sezefredo Garcia de Rezende e Elpídio Pimentel, tem a AEL função de guarda da memória artístico-literária do Espírito Santo, além de fomento à produção literária local. Fundada nos moldes da Academia Brasileira de Letras, conta com 40 cadeiras, além de mais de 90 anos de existência e atuação. 

A Academia Feminina Espírito-santense de Letras (AFESL) foi criada em 18/07/1949, sob patrocínio da AEL. Mostrando a força da mulher em nossas Letras, a AFESL compreende, hoje, 40 imortais, tendo tido em seus quadros intelectuais como Annette de Castro Mattos, Virgínia Tamanini, Maria Stela Novaes, além de Judith Castelo Leão, primeira Deputada do Estado e primeira mulher a entrar na Academia Espírito-Santense, sendo eleita para a instituição em 1980. A AFESL foi reorganizada em 29/10/92 e também é uma instituição bastante atuante. 

A história das Academias no Espírito Santo também conta com os jovens. Em 1946, nasceu a Academia Capixaba dos Novos (ACN), com nomes como Rômulo Salles de Sá, Renato Pacheco, Christiano Dias Lopes Filho, Mário Gurgel, Setembrino Pelissari, José Carlos da Fonseca, dentre outros. Décadas mais tarde, foi a vez da Academia Jovem Espírito-santense de Letras (AJEL), em 23/07/2001, congregando autores dentre 16 a 32 anos, muitos dos quais, ainda em atividade. 

Hoje, o "bastão" está nas mãos da "Confraria dos Bardos" que, apesar de não ser, a rigor, uma Academia, não deixa de ser uma congregação de jovens autores, ávidos por produzir. 
Além de todas essas academias, há, também, as municipais, como a Humberto de Campos (Vila Velha), a de Letras e Artes da Serra, a de Cachoeiro, São José do Calçado, Marataízes, São Mateus e Aracruz, mostrando a importância dessas instituições na produção da Literatura do Espírito Santo. 


Confira a programação completa no site: FEIRA LITERÁRIA


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