12/02/2010 10h37 - Atualizado em 05/01/2017 15h29

Reforma do Theatro Carlos Gomes deverá terminar em março

Nestor Gomes/Secom

Obras começaram em novembro

A Secretaria de Estado da Cultura (Secult) entrou o ano de 2010 com uma ampla reforma do Theatro Carlos Gomes. A obra, iniciada em novembro do ano passado, tem previsão de encerramento para o final de março. Os investimentos são de R$ 630 mil. Durante esse período não será possível realizar atividades no espaço.

O piso da platéia está sendo restaurado e logo em seguida receberá cadeiras novas, já compradas pela Secult. Serão 281 cadeiras para o público, das quais quatro serão destinadas a obesos e também haverá espaço para seis cadeirantes.

A medida irá garantir maior conforto para o público, permitindo facilitar a circulação entre as fileiras. As cadeiras dos camarotes, que somam 136 lugares (34 camarotes com quatro lugares cada), também serão trocadas. Com a medida o Theatro Carlos Gomes passará a ter capacidade para 417 lugares.

Transformador

Uma das principais mudanças será a relocação da subestação de luz com novo transformador para o terceiro piso do Theatro, o que irá possibilitar a reorganização do espaço onde funcionam a administração e a recepção. Esta ação também permitirá a separação dos banheiros feminino e masculino, que serão reformados e ampliados. Os banheiros dos camarins e dos camarotes também passarão por reforma.

Os mármores dos quatro foyers serão restaurados e as luminárias serão revisadas. Os carpetes das laterais, dos corredores e camarotes serão trocados, e haverá pintura interna e externa do prédio.

Teto musical será restaurado


As obras incluem a restauração do teto da área da platéia, uma pintura de Homero Massena (1885-1974), mineiro radicado no Espírito Santo, que se inspirou em grandes nomes da música (Carlos Gomes, Vagner, Bach e Verdi), em instrumentos e notas musicais para compor o trabalho. Os adornos, que também ficam no teto, decorando internamente todo o prédio, também passarão por restauro.

História do Theatro Carlos Gomes

O Theatro Carlos Gomes, o mais antigo do Espírito Santo, abriu suas cortinas pela primeira vez em 1927. Localizado no Centro de Vitória, sua inauguração preencheu a lacuna deixada pelo Teatro Melpômene, demolido após um incêndio.

Projetado pelo arquiteto italiano André Carloni, sua arquitetura de estilo neorrenascentista foi inspirada no Teatro Alla Scala, de Milão, na Itália. Administrado inicialmente pelo próprio André Carloni, a primeira peça encenada foi "Verde e Amarelo", de José do Patrocínio e Ruy Pavão, com a Companhia da Revista Tam-Tam.

Em 1929 o teatro foi arrendado por uma empresa particular, sendo utilizado apenas para exibição de filmes. As apresentações teatrais passaram a ser esporádicas e somente na década de 50 o Carlos Gomes voltaria a ser espaço da arte cênica. Entram em cena grandes companhias como as de Procópio Ferreira, Eva Tudor, Vicente Celestino e Flodoaldo Viana.

Em 1969, a apresentação da peça "Liberdade, Liberdade", com o ator Paulo Autran, marca o início do movimento pela restauração do Theatro Carlos Gomes. As obras resgataram sua arquitetura original. É dessa época a instalação do lustre no centro do teto e a pintura da cúpula, feita por Homero Massena, um dos pintores de maior renome no Estado reconhecido internacionalmente.

Reinaugurado em 1970, o Theatro Carlos Gomes foi tombado pelo Conselho Estadual de Cultura (CEC) em 1983, mantendo-se ativo na apresentação de peças e espetáculos de música e dança.

Com suas fachadas novamente restauradas em 2004, reafirma sua importância como monumento histórico e cultural capixaba. Aos 80 anos, no mesmo palco onde brilharam grandes nomes como Bibi Ferreira, Paulo Autran e Fernanda Montenegro, o Theatro Carlos Gomes continua valorizando e enriquecendo o cenário cultural do Espírito Santo.

 

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