28/07/2011 08h20 - Atualizado em
05/01/2017 15h03
OFES apresenta Mozart e Beethoven na série 'Concertos Sinfônicos'
A ORQUESTRA FILARMÔNICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO - OFES, sob a regência de seu Maestro Titular, HELDER TREFZGER, realizará, no dia 11 de Novembro, a PENÚLTIMA APRESENTAÇÃO DA SÉRIE CONCERTOS SINFÔNICOS, TEMPORADA 2010, com ENTRADA FRANCA. O concerto será realizado às 20h, no TEATRO CARLOS GOMES, em Vitória. Os ingressos podem ser retirados na bilheteria do Teatro, uma hora antes do início do espetáculo.
A noite terá obras de MOZART e BEETHOVEN - mundialmente reconhecidos como dois dos maiores gênios da história da música. Sabe-se que eles se encontraram brevemente, no ano de 1787, em Viena, durante uma passagem de Beethoven por esta cidade. Beethoven tinha então 17 anos e admirava a obra de Mozart que na época já contava com 31 anos, ou seja, esse encontro ocorreu apenas quatro anos antes da sua morte, ocorrida em 1791. A musicalidade de Beethoven chamou a atenção de Mozart, que declarou: "prestem atenção nesse rapaz - seu nome será reconhecido mundialmente". A influência que a música de Mozart exerceu sobre a obra de Beethoven é inconteste, sendo objeto de estudo de vários pesquisadores.
Para abrir o programa, uma pequena jóia da literatura sinfônico-coral, o KYRIE EM RÉ MENOR, K 341, de Mozart, composto por volta de 1780/81, em Munique. Trata-se da primeira parte de uma missa que, por motivos desconhecidos, o compositor não chegou a concluir. Entretanto, por sua beleza, essa peça tem sido executada e gravada por orquestras e coros de várias partes do mundo.
Na seqüência, orquestra, coros e solistas apresentarão a primeira missa composta por Beethoven, a MISSA EM DÓ MAIOR, Op. 86. Escrita e estreada em 1807, a obra contém as partes básicas do texto da liturgia católica, cantadas em latim: Kyrie, Glória, Credo, Sanctus, Benedictus e Agnus Dei. Muitos compositores utilizaram o texto da missa em obras para coro, solistas e orquestra e com Beethoven não foi diferente. Entretanto, esse tipo de composição não é utilizado na liturgia, mas apresentado nas salas de concertos e teatros.
Destaque para a participação de dois coros, que cantarão as obras conjuntamente: o CORO DA FAMES, dirigido pelo maestro SANNY SOUZA e o CORO BRASIL DA UFRJ, dirigido pela maestrina MARIA JOSÉ CHEVITARESE, que virá do Rio de Janeiro especialmente para esse evento.
Destaque também para o quarteto de solistas de renome internacional: CLÁUDIA RICCITELLI, LUCIANA BUENO, ERIC HERRERO e LICIO BRUNO.
SOBRE OS SOLISTAS
Eric Herrero Tenor
O tenor Eric Herrero encerrou o ano de 2008 realizando sua estréia internacional, com o papel-título de Les Contes d'Hoffman (o tenor recebeu excelentes críticas do grande maestro francês Michel Plasson), em Pézenas, na França. Em 2008, fez sua estréia no Teatro Municipal de São Paulo como Roberto em Le Villi, papel que lhe rendeu a aclamação do público e da crítica especializada. No mesmo ano, integrou o elenco do XII Festival Amazonas de Ópera, em que cantou o papel de Um Oficial do exérctio francês na estréia brasileira de Ça Ira, de Roger Waters.
Natural de São Paulo, Eric Herrero deu início aos seus estudos de canto em 1998, no Conservatório Musical Debussy, com Aurora Fujisaka. Em seqüência, foi aluno da maestrina e preparadora vocal Vânia Pajares. Atualmente, tem aulas de canto com Antonio Garofalo e de repertório com Maria Rasetti. Herrero tem aprimorado seus estudos em masterclasses ministrados por ícones do canto lírico, como o tenor catalão Jaume Aragall, o mezzo-soprano italiano Fiorenza Cossoto e o soprano húngaro Sylvia Sass.
Vencedor do Prêmio Especial do VII Concurso Maria Callas e semifinalista do XVI Concours International de Chant de Verviers, ambos em 2005, o tenor deu início à sua carreira cantando pequenos personagens. Com o reconhecimento da crítica, passou a interpretar grandes papéis do repertório de tenor lírico, como Nemorino em L'Elisir d'Amore; Tebaldo em I Capuleti ed I Montecchi; Alfredo, em La Traviata; Rodolfo, em La Bohème; e Pinkerton, em Madama Butterfly. Em 2007, participou da estréia mundial de Poranduba, do compositor brasileiro Edmundo Villani-Côrtes, no XI Festival Amazonas de Ópera.
De seu repertório sinfônico, constam obras como Requiem, Coronation Mass e Missa Brevis de Mozart. Herrero participou ainda das estréias brasileiras da obra Therese Mass, de Haydn, e do oratório de natal El Pessebre, do catalão Pablo Casals.
Luciana Bueno Mezzo-soprano
Estreou na ópera O Barbeiro de Sevilha como Rosina, sob a direção de Enzo Dara. Desde então vem se apresentando nos principais teatros do Brasil como Carmen (Carmen), Donna Elvira (Don Giovanni), Santuzza e Lola (Cavalleria Rusticana), Gertrudes (João e Maria), Suzuki (Madame Butterfly), Meg Page (Falstaff), Katisha (O Mikado), Giulietta (Os Contos de Hoffmann), Marguerite (A danação de Fausto), Aksinya (Lady Macbeth de Mtzenski), La Cenerentola (Cenerentola), Romeo (I Capuleti e I Montecchi) e Mãe (Poranduba). Participou da ópera Madama Butterfly, como Suzuki, na Royal Opera Canada. Em seu repertório incluem-se também participações no Glória de Vivaldi, Messias de Häendel, Requiem de Verdi, Nona Sinfonia de Beethoven, Lobgesang, de Mendelsohn, além de recitais solo de repertório barroco e brasileiro. Estudou técnica vocal com Pier Miranda Ferraro (Itália) e Leilah Farah (Brasil) e atualmente desenvolve repertório com Ricardo Ballestero.
Cláudia Riccitelli Soprano
Cláudia Riccitelli é detentora de vários prêmios nacionais, dentre eles o Prêmio Carlos Gomes 2001 e o da revista BRAVO! como Revelação, em 1999. Trabalhou com alguns dos principais regentes do Brasil e do mundo, entre eles Claudio Abbado, Isaac Karabtchevsky, John Neschling, Romano Gandolfi, Carlos Kalmar, Roberto Minczuck, Fabio Mechetti, Jamil Maluf, David Machado, Ira Levin, Luis Malheiro, Silvio Barbato, Ligia Amadio, Roberto Tibiriçá, Carlos Moreno, Abel Rocha, Luis Gustavo Petri, Alessandro Sangiorgi, Oswaldo Colarusso e José Maria Florêncio. Foi protagonista nas montagens das óperas La Bohème, Gianni Schicchi, Turandot, Madama Butterfly, Rigoletto, L'Elisir d'Amore, Don Pasquale, Il Campanello, Norma, Les Contes d'Hoffmann, Carmen, Les Pêcheurs des Perles, Pagliacci, Die Zauberflöte, Don Giovanni, Le Nozze di Figaro, Il Guarany, Fosca, Amelia al Ballo, O Cientista (de Silvio Barbato, papel escrito especialmente para sua voz) e Alcina (Handel), nos principais teatros de ópera do país. Desenvolve ainda intensa atividade como concertista e e recitalista.
Licio Bruno Baixo-barítono
Prêmio Carlos Gomes na categoria Melhor Cantor Erudito, tem 6 primeiros prêmios em concursos nacionais e mais 2 internacionais. Realiza óperas, concertos e recitais camerísticos de música internacional e brasileira em diversas cidades da Itália, Espanha, Alemanha, Suíça, Colômbia e Brasil. Artista convidado da Ópera de Budapeste há 10 anos, cantou óperas como Tannhäuser, Cosi Fan Tutte, Pagliacci, Barbeiro, Don Pasquale, Carmen e La Bohéme. Com a tetralogia wagneriana O Anel do Nibelungo, em Manaus, tornou-se o primeiro brasileiro a interpretar o deus Wotan/Wanderer, o mais extenso personagem do ciclo. Interpretou o vilão Iago em Otello, de Verdi, na Colômbia e em Manaus, cantou 3 produções de Os Contos de Hoffmann, de Offenbach, e ainda: Romeu & Julieta, Lohengrin, A Flauta Mágica, Andréa Chénier, La Gioconda, Ernani e Madame Butterfly no Theatro Municipal de SP e no Theatro Municipal do Rio de Janeiro: A Flauta Mágica, Barbeiro de Sevilha, La Bohéme, Madame Butterfly, Rigoletto, Pagliacci, Tannhäuser, As Bodas de Fígaro e O Cientista. Com a Nona Sinfonia de Beethoven marca constante presença bem como com a cantata Carmina Burana, interpretada mais de 12 vezes em sua carreira, no Rio, SP e Brasília. Estreou o papel título de Falstaff, no Palácio das Artes - BH, ópera com que também celebrou seus 20 anos de carreira, no Municipal de São Paulo, obtendo também grande êxito em seu primeiro monólogo operístico A Waterbird Talk, de Dominick Argento, também em SP. Como Gianni Schicchi, de Puccini, visitou as cidades de Santarém-PA e Vitória-ES e a opereta O Morcego, no Teatro da Paz, em Belém, lhe rendeu indicações a prêmios nacionais.
Este ano estreou como diretor cênico em A Viúva Alegre, de Franz Lehár, no Teatro Carlos Gomes, Vitória-ES, cantou no Rio o Stabat Mater de Rossini, A Infância de Cristo, de Berlioz, e a Carmina Burana e em Minas a Missa Solemnis, de Beethoven, O Filho Pródigo, de Debussy e a ópera A Serva Patroa, de Pergolesi
Licio Bruno é convidado com freqüência a ministrar Master Classes de Canto e Técnica Respiratória no Brasil e na Colombia. Este ano esteve no Conservatório de Tatuí, SP, em Vitória, na faculdade de música do ES, na UFMG, em Belo Horizonte, no Rio de Janeiro e em Salvador. É professor de Dicção e Interpretação Cênica do curso de graduação em Canto do Conservatório Brasileiro de Música do Rio de Janeiro.
SERVIÇO
Série "CONCERTOS SINFÔNICOS" apresenta obras de Mozart e Beethoven
Regência: Maestro Helder Trefzger
Solistas: Cláudia Riccitelli, Luciana Bueno, Eric Herrero, Licio Bruno
Participação especial:
CORO SINFÔNICO DA FAMES (Reg.: Sanny Santos)
CORAL BRASIL - UFRJ (Reg.: Maria José Chevitarese)
Local: Teatro Carlos Gomes
Data: 11 de novembro
Horário: 20h
ENTRADA FRANCA: Os ingressos podem ser retirados na bilheteria do Teatro, a partir das 19h, do dia 11/10. Telefone: 3132-8396