04/09/2009 07h15 - Atualizado em 05/01/2017 14h57

Mestres da Cultura Popular do Espírito Santo recebem homenagem

Na manhã desta quinta (03), a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) concedeu o título de "Mestre da Cultura Popular do Estado do Espírito Santo" aos contemplados com o prêmio "Mestre Armojo do Folclore Capixaba". A cerimônia, que homenageou dez pessoas que atuam na defesa e manutenção da cultura popular no Estado, reuniu aproximadamente 100 convidados envolvidos diretamente com o folclore, além de autoridades.

Marcaram presença no encontro, realizado no estacionamento da Secult, na Enseada do Suá, em Vitória, o vice-governador Ricardo Ferraço; Dayse Lemos, secretária de Estado Cultura, Cláudio Vereza, presidente da Comissão de Cultura da Assembléia Legislativa do Espírito Santo; Carol Abreu, superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Eliomar Mazoco, presidente da Comissão Espírito-santense de Folclore.

O vice-governador Ricardo Ferraço elogiou a equipe da Secult, que se empenhou em vencer a burocracia para valorizar a cultura do Espírito Santo. "Quero agradecer aos nossos mestres que souberam resistir e preservar muito mais do que a cultura, mas também a nossa alma capixaba. Queremos que ações como esta se tornem parte do nosso calendário de atividades e passe a ser um compromisso dos próximos governos", completou.

Dayse Lemos reforçou que "a preservação do Patrimônio Cultural Imaterial depende muito do trabalho desenvolvido por estes mestres. Cada um detém o posto mais alto na hierarquia dentro do grupo, e cabe a ele mantê-lo coeso. É também sua função estimular a participação dos filhos, netos e sobrinhos e, assim, pela oralidade, transmitir os saberes de várias gerações".

Ao criar os prêmios, completou Dayse Lemos, "a Secult prestou homenagens a duas personalidades importantes na preservação do folclore capixaba: Renato Pacheco e o Mestre Armojo".

Carol Abreu, do Iphan, falou da importância de se "conhecer, reconhecer e aplaudir de pé, a arte de todos os mestres." Eliomar Mazoco, da Comissão de Folclore emendou: "É um prazer defender, acompanhar e saborear momentos como este".


Festa

A cerimônia contou com uma apresentação da Banda de Congo Tambor de Índio, de São Benedito Caieiras Velhas, de Aracruz. Foi escolhida por ter o mestre mais antigo, que é Alexandre Sizenando, de 94 anos.

Além do título concedido, cada um dos 10 mestres premiados também receberá R$ 10 mil, valor que será depositado na conta corrente dos contemplados.

A celebração também foi estendida para os 10 grupos folclóricos contemplados no edital denominado "Prêmio Renato Pacheco". Cada um receberá R$ 10 mil para a aquisição de indumentárias, adereços e instrumentos musicais, com objetivo de salvaguardar e preservar suas atividades e manifestações folclóricas e culturais.



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