18/08/2009 14h47 - Atualizado em
05/01/2017 15h02
Luana Piovani estrela monólogo para público adulto
Ingresso: R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia - para estudantes com carteira 2009, idosos a partir de 60 anos
e jornalistas - com identificação - APRESENTAÇÃO OBRIGATORIA)
Pontos de Venda:
Bilheteria do Teatro Carlos Gomes (3132-8399) e
Restaurante Deboni's da Praça do Papa (somente ate o dia 20/08 - quinta-feira)
Luana Piovani estrela monólogo para público adulto
Luana Piovani, que nos últimos anos se dedicou ao teatro infantil ("Alice no País da Maravilha" - 2003, e "Pequeno Príncipe" - 2006) e ao cinema (acaba de filmar os longas-metragens "Insônia", de Beto Souza; "A Mulher Invisível", de Claudio Torres; e "Família Vende Tudo", de Allan Fresnot; volta aos palcos no monólogo Pássaro da Noite, de José Antônio de Souza, com direção de Marcus Alvisi. O espetáculo estreou em outubro de 2008 no Teatro do Leblon, Rio de Janeiro permanecendo em temporada até 14 de fevereiro de 2009.
Pássaro da Noite conta a história de uma mulher numa situação de solidão absoluta, no fim de uma noite de festa. Em torno dela uma noite sem fim e sem fatos, ao não lhe dar resposta para o "Onde estou?", acaba forçando-a a indagar, com urgência nunca experimentada, o "Quem sou?"
A reflexão num humor cáustico a sustenta de pé. Sua bússola é o humor e nem ela mesma percebe estar manobrando-a e de alguma forma resistindo à tormenta. A história passeia pelo humor e pelo drama desta mulher fascinante, interpretada de forma sensível e corajosa por Luana Piovani.
Palavra do autor
Certas noites de verão e certos fins de festa levam muitas vezes a um atalho perigoso: aquele que conduz ao vago ponto a partir do qual a volta não é mais possível. Quando descobrimos que já fomos longe demais e que é inútil qualquer tentativa de retorno - eis a solidão absoluta. A partir daí é o mergulho - e não importa se você sabe nadar. O risco de afogamento é igual para todos e só escapa do naufrágio quem descobre ou inventa em si mesmo a vocação de bússola. É a única tábua de salvação no meio da tormenta: a secreta bússola que habita as profundezas de todos nós, mas que só alguns conseguem extrair do instinto de sobrevivência e manobrar com perícia.
"Penso, sem ter certeza, que a bússola dessa mulher é o humor. É isso, parece que a sustenta de pé nesse lugar mais isolado do mundo. É isso que a faz atravessar a hora silenciosa sem ir a lugar nenhum e ao mesmo tempo manter-se em algum lugar. E será tão instintiva nela essa bússola do humor que nem ela mesma percebe estar manobrando-a, estar de alguma forma resistindo à tormenta por extraí-la de seu norte secreto. Penso que é isso, sem ter certeza, porque embora tenha escrito sobre ela, e oficialmente eu seja o "autor" da personagem, confesso que também me perdi com ela e por causa dela nisso de situá-la e situar-me, de saber onde estivemos nessa longa noite silenciosa depois de um fim de festa." (José Antônio de Souza).
"Pássaro da Noite é um divisor de águas em minha vida e minha carreira. A solidão em cena, que gera tanto amadurecimento e maturidade.
Já estava na hora de vestir minhas asas" ( Luana Piovani) .
Palavra do diretor Marcus Alvisi
Entre rimas e prosas, Zé Antonio de Souza, vai nos conduzindo a uma viagem através desta personagem enigmática, que se perdeu numa noite de sexta- feira em seus próprios fantasmas, seus abismos, e se apega às suas reminiscências buscando uma tábua de salvação. À procura de um mínimo sentido para sua vidinha, em mais uma sexta-feira, depois do expediente.
Sobre o texto
Pássaro da Noite, de José Antonio de Souza, é a história de alguém que numa sexta-feira se perde completamente e, através das palavras, procura algum sentido, algum significado para o que está acontecendo ao seu redor com o intuito de se achar nesta solidão abissal. A partir deste fato, Ela, a personagem sem nome, apenas um pronome pessoal feminino, vai contando e recontando à sua própria vida para se localizar no tempo, no espaço. É a história de um apagamento no qual ela faz e refaz seu percurso em busca de uma resposta concreta para si mesma. Muitos acontecimentos são narrados, embora ela esteja sempre à beira, no limite, e sua necessidade de compreensão é premente. Seu anjo da guarda, sempre presente, parece se divertir em seus abandonos. A pergunta se faz necessária: até quando? Partilhamos com ela seus segredos mais íntimos. Afetos e desafetos, amores e desamores. Sua mãe, Orestes, Alfredo, Maria Arminda e seus amigos que a abandonaram. No entanto, não sabemos onde ela se encontra. Numa festa? Embaixo de um carro delirando após um acidente? Num alpendre? Eis a questão!
Entre rimas e prosas, Zé Antonio de Souza, vai nos conduzindo a uma viagem através desta personagem enigmática, que se perdeu numa noite de sexta- feira em seus próprios fantasmas, seus abismos, e se apega às suas reminiscências buscando uma tábua de salvação. À procura de um mínimo sentido para sua vidinha, em mais uma sexta-feira, depois do expediente.
Sobre o Espetáculo
O encontro nu entre o texto, o ator e o espaço. O espaço também nu porém muito iluminado. Luz fixa vindo do chão. Parece que nada existe antes deste encontro. A poesia do teatro deve chegar com a entrada do ator em cena! Antes da luz elétrica os atores faziam aparições.
O ator é o principio, o meio, o fim nesta aventura que é revelar o texto teatral transformando-o em espetáculo.
Este conjunto de signos habitualmente usados reconstitui ao texto um contexto. Ao mesmo tempo orientação, canalização, filtragem de sentidos e abordagem.
Em O Pássaro da Noite os signos nascerão da confluência do espaço, do corpo da atriz e do texto. Neste aspecto o texto nunca será totalmente revelado, mas sim experenciado. Uma experiência em que teremos sempre algo para ser descoberto. Lendo Copeau encontro uma profunda sincronia com este trabalho:
"O texto é a matriz da realização cênica. A encenação deve emanar dele com a maior intimidade possível, estando entendido que o texto é portador de um sentido parcialmente velado, que ele provém de uma inspiração em primeiro grau, de um intento, de intenções mais ou menos implícitas. O encenador não passa, no fundo, de um profissional de leitura que dispõe de instrumentos originais graças aos quais se torna capaz de desdobrar o texto (ou seja, de abrir e exibir suas dobras). A simplicidade dos meios, o despojamento, os recursos da iluminação, os acessórios sugestivos ou simbólicos, e, sobretudo, a ênfase principal colocada na representação do ator, tudo isso deve abrir ao espectador acesso a uma espécie de segredo, de faceta oculta da obra. O palco torna-se o local de uma exalação do texto (no mesmo sentido em que se fala de um perfume que exala no ar...).
Sobre Luana Piovani
Luana é obstinada e nunca!, jamais!, irá pelo caminho mais fácil. Isto é admirável em uma atriz que poderia estar fazendo todas as novelas, todos os seriados. Porém, sua intuição de verdadeira atriz lhe diz que um trabalho como esse ficará para sempre. Enquanto outros, talvez, mais rentáveis, sejam na mesma medida, mais efêmeros. Luana é a expressão máxima de alguém, em busca do significado, do valor, que é estar sobre um tablado de madeira com toda dignidade e esmero, dando o melhor de si na dimensão suprema e mais refinada.
Trabalhadora incansável, com um amor desmedido pelo teatro que comove a todos à sua volta. É exatamente isso que faz dela, dia a dia, uma atriz cada vez mais preparada para as grandes personagens do teatro universal. Eurípides, Shakespeare, Molière, Tchekhov e tantos outros estão à sua espera.
Que o brilho intenso da Lua a ilumine e possa refletir em todos nós nestas noites, onde numa sexta, um pássaro se perdeu. E será talvez, este brilho, dessa lua, sua bússola, sua salvação na escuridão imensurável da noite!
Não posso deixar de agradecer a valiosa colaboração neste trabalho de Duda Maia e Rose Golçalves dando corpo e voz e a este Pássaro e Maria Siman ajudando-o a alçar vôo. Meu muito obrigado!
Marcus Alvisi
Palavra de Luana Piovani
Poucas palavras escritas, pois muitas serão ditas...
O que tenho a dizer está no palco!
Aos que acreditaram e acreditam em mim, meu muito obrigada.
E que abram-se as cortinas, pois já vesti minhas asas...
Luana Piovani
FICHA TÉCNICA
Autor: José Antônio de Souza
Direção: Marcus Alvisi
Interpretação: Luana Piovani
Direção de movimentos e assistência de direção: Duda Maia
Cenários: Sérgio Marimba
Figurinos: Helena Araújo
Iluminação: Carlos Lafert
Trilha sonora: Marcus Alvisi
Design gráfico: Mucinho
Fotos: Nana Morais
Direção de Produção: Maria Siman
Realização: Luana Piovani Produções e
Primeira Página produções
e jornalistas - com identificação - APRESENTAÇÃO OBRIGATORIA)
Pontos de Venda:
Bilheteria do Teatro Carlos Gomes (3132-8399) e
Restaurante Deboni's da Praça do Papa (somente ate o dia 20/08 - quinta-feira)
Luana Piovani estrela monólogo para público adulto
Luana Piovani, que nos últimos anos se dedicou ao teatro infantil ("Alice no País da Maravilha" - 2003, e "Pequeno Príncipe" - 2006) e ao cinema (acaba de filmar os longas-metragens "Insônia", de Beto Souza; "A Mulher Invisível", de Claudio Torres; e "Família Vende Tudo", de Allan Fresnot; volta aos palcos no monólogo Pássaro da Noite, de José Antônio de Souza, com direção de Marcus Alvisi. O espetáculo estreou em outubro de 2008 no Teatro do Leblon, Rio de Janeiro permanecendo em temporada até 14 de fevereiro de 2009.
Pássaro da Noite conta a história de uma mulher numa situação de solidão absoluta, no fim de uma noite de festa. Em torno dela uma noite sem fim e sem fatos, ao não lhe dar resposta para o "Onde estou?", acaba forçando-a a indagar, com urgência nunca experimentada, o "Quem sou?"
A reflexão num humor cáustico a sustenta de pé. Sua bússola é o humor e nem ela mesma percebe estar manobrando-a e de alguma forma resistindo à tormenta. A história passeia pelo humor e pelo drama desta mulher fascinante, interpretada de forma sensível e corajosa por Luana Piovani.
Palavra do autor
Certas noites de verão e certos fins de festa levam muitas vezes a um atalho perigoso: aquele que conduz ao vago ponto a partir do qual a volta não é mais possível. Quando descobrimos que já fomos longe demais e que é inútil qualquer tentativa de retorno - eis a solidão absoluta. A partir daí é o mergulho - e não importa se você sabe nadar. O risco de afogamento é igual para todos e só escapa do naufrágio quem descobre ou inventa em si mesmo a vocação de bússola. É a única tábua de salvação no meio da tormenta: a secreta bússola que habita as profundezas de todos nós, mas que só alguns conseguem extrair do instinto de sobrevivência e manobrar com perícia.
"Penso, sem ter certeza, que a bússola dessa mulher é o humor. É isso, parece que a sustenta de pé nesse lugar mais isolado do mundo. É isso que a faz atravessar a hora silenciosa sem ir a lugar nenhum e ao mesmo tempo manter-se em algum lugar. E será tão instintiva nela essa bússola do humor que nem ela mesma percebe estar manobrando-a, estar de alguma forma resistindo à tormenta por extraí-la de seu norte secreto. Penso que é isso, sem ter certeza, porque embora tenha escrito sobre ela, e oficialmente eu seja o "autor" da personagem, confesso que também me perdi com ela e por causa dela nisso de situá-la e situar-me, de saber onde estivemos nessa longa noite silenciosa depois de um fim de festa." (José Antônio de Souza).
"Pássaro da Noite é um divisor de águas em minha vida e minha carreira. A solidão em cena, que gera tanto amadurecimento e maturidade.
Já estava na hora de vestir minhas asas" ( Luana Piovani) .
Palavra do diretor Marcus Alvisi
Entre rimas e prosas, Zé Antonio de Souza, vai nos conduzindo a uma viagem através desta personagem enigmática, que se perdeu numa noite de sexta- feira em seus próprios fantasmas, seus abismos, e se apega às suas reminiscências buscando uma tábua de salvação. À procura de um mínimo sentido para sua vidinha, em mais uma sexta-feira, depois do expediente.
Sobre o texto
Pássaro da Noite, de José Antonio de Souza, é a história de alguém que numa sexta-feira se perde completamente e, através das palavras, procura algum sentido, algum significado para o que está acontecendo ao seu redor com o intuito de se achar nesta solidão abissal. A partir deste fato, Ela, a personagem sem nome, apenas um pronome pessoal feminino, vai contando e recontando à sua própria vida para se localizar no tempo, no espaço. É a história de um apagamento no qual ela faz e refaz seu percurso em busca de uma resposta concreta para si mesma. Muitos acontecimentos são narrados, embora ela esteja sempre à beira, no limite, e sua necessidade de compreensão é premente. Seu anjo da guarda, sempre presente, parece se divertir em seus abandonos. A pergunta se faz necessária: até quando? Partilhamos com ela seus segredos mais íntimos. Afetos e desafetos, amores e desamores. Sua mãe, Orestes, Alfredo, Maria Arminda e seus amigos que a abandonaram. No entanto, não sabemos onde ela se encontra. Numa festa? Embaixo de um carro delirando após um acidente? Num alpendre? Eis a questão!
Entre rimas e prosas, Zé Antonio de Souza, vai nos conduzindo a uma viagem através desta personagem enigmática, que se perdeu numa noite de sexta- feira em seus próprios fantasmas, seus abismos, e se apega às suas reminiscências buscando uma tábua de salvação. À procura de um mínimo sentido para sua vidinha, em mais uma sexta-feira, depois do expediente.
Sobre o Espetáculo
O encontro nu entre o texto, o ator e o espaço. O espaço também nu porém muito iluminado. Luz fixa vindo do chão. Parece que nada existe antes deste encontro. A poesia do teatro deve chegar com a entrada do ator em cena! Antes da luz elétrica os atores faziam aparições.
O ator é o principio, o meio, o fim nesta aventura que é revelar o texto teatral transformando-o em espetáculo.
Este conjunto de signos habitualmente usados reconstitui ao texto um contexto. Ao mesmo tempo orientação, canalização, filtragem de sentidos e abordagem.
Em O Pássaro da Noite os signos nascerão da confluência do espaço, do corpo da atriz e do texto. Neste aspecto o texto nunca será totalmente revelado, mas sim experenciado. Uma experiência em que teremos sempre algo para ser descoberto. Lendo Copeau encontro uma profunda sincronia com este trabalho:
"O texto é a matriz da realização cênica. A encenação deve emanar dele com a maior intimidade possível, estando entendido que o texto é portador de um sentido parcialmente velado, que ele provém de uma inspiração em primeiro grau, de um intento, de intenções mais ou menos implícitas. O encenador não passa, no fundo, de um profissional de leitura que dispõe de instrumentos originais graças aos quais se torna capaz de desdobrar o texto (ou seja, de abrir e exibir suas dobras). A simplicidade dos meios, o despojamento, os recursos da iluminação, os acessórios sugestivos ou simbólicos, e, sobretudo, a ênfase principal colocada na representação do ator, tudo isso deve abrir ao espectador acesso a uma espécie de segredo, de faceta oculta da obra. O palco torna-se o local de uma exalação do texto (no mesmo sentido em que se fala de um perfume que exala no ar...).
Sobre Luana Piovani
Luana é obstinada e nunca!, jamais!, irá pelo caminho mais fácil. Isto é admirável em uma atriz que poderia estar fazendo todas as novelas, todos os seriados. Porém, sua intuição de verdadeira atriz lhe diz que um trabalho como esse ficará para sempre. Enquanto outros, talvez, mais rentáveis, sejam na mesma medida, mais efêmeros. Luana é a expressão máxima de alguém, em busca do significado, do valor, que é estar sobre um tablado de madeira com toda dignidade e esmero, dando o melhor de si na dimensão suprema e mais refinada.
Trabalhadora incansável, com um amor desmedido pelo teatro que comove a todos à sua volta. É exatamente isso que faz dela, dia a dia, uma atriz cada vez mais preparada para as grandes personagens do teatro universal. Eurípides, Shakespeare, Molière, Tchekhov e tantos outros estão à sua espera.
Que o brilho intenso da Lua a ilumine e possa refletir em todos nós nestas noites, onde numa sexta, um pássaro se perdeu. E será talvez, este brilho, dessa lua, sua bússola, sua salvação na escuridão imensurável da noite!
Não posso deixar de agradecer a valiosa colaboração neste trabalho de Duda Maia e Rose Golçalves dando corpo e voz e a este Pássaro e Maria Siman ajudando-o a alçar vôo. Meu muito obrigado!
Marcus Alvisi
Palavra de Luana Piovani
Poucas palavras escritas, pois muitas serão ditas...
O que tenho a dizer está no palco!
Aos que acreditaram e acreditam em mim, meu muito obrigada.
E que abram-se as cortinas, pois já vesti minhas asas...
Luana Piovani
FICHA TÉCNICA
Autor: José Antônio de Souza
Direção: Marcus Alvisi
Interpretação: Luana Piovani
Direção de movimentos e assistência de direção: Duda Maia
Cenários: Sérgio Marimba
Figurinos: Helena Araújo
Iluminação: Carlos Lafert
Trilha sonora: Marcus Alvisi
Design gráfico: Mucinho
Fotos: Nana Morais
Direção de Produção: Maria Siman
Realização: Luana Piovani Produções e
Primeira Página produções