08/02/2013 07h05 - Atualizado em 05/01/2017 14h44

Itapina ganhará museu dedicado a Virgínia Tamanini

 14/02/2013

O governador Renato Casagrande assinou a Ordem de Serviço para recuperação do casarão localizado no distrito de Itapina, nessa quarta (06). Após as reformas, o imóvel deverá ser transformado no Museu Virgínia Tamanini. A obra está orçada em cerca de R$300 mil e deve ser concluída até julho de 2013.

O novo espaço cultural ocupará na antiga residência da artista que dará nome ao museu. Em seu segundo pavimento, deverá funcionar o espaço de memória dedicado a Virgínia Gasparini Tamanini. Já o primeiro pavimento terá uma função multiuso destinado a atividades artístico- culturais fazendo com que o novo museu funcione como importante instrumento de difusão artístico-cultural local e regional.  

O secretário de Estado da Cultura do Espírito Santo, Maurício José da Silva, explica que a  proposta de criação do novo museu está em consonância com o Programa de Preservação e Revitalização do Patrimônio Cultural da Secult. "Essa ação, além de promover a preservação, a conservação e a revitalização do patrimônio histórico e cultural de nosso Estado, será o reconhecimento e uma justa homenagem a importância biográfica de Virgínia Tamanini", disse o secretário. 

Sobre Virgínia Tamanini

Nascida em 04 de fevereiro de 1897, Virginia Tamanini foi uma mulher à frente do seu tempo. Sozinha, sem mestre e sem escolas, ela aprendeu a ler e a escrever. Antes dos vinte anos, publicou, sob pseudônimo de Walkirya, seu primeiro trabalho, romance folhetim "Amor sem Mácula", cujos capítulos, cada domingo, eram aguardados com ansiedade pelos leitores da época do jornal "O comércio" de Santa Leopoldina.

Virginia Tamanini produziu diversas peças teatrais levadas à cena com sucesso. Foi membro da Arcádia Espírito-santense, tomando parte ativa na organização da Primeira Quinzena de Arte Capixaba, realizada em Vitória, em 1947. Nesse mesmo ano, adaptou, encenou e dirigiu, no Teatro Carlos Gomes, a peça francesa "Cristina da Suécia". Em 1948, montou e dirigiu outra peça francesa, "Atala, a última druidesa das Gálias".

Virgínia fez parte da Academia Feminina Espríto-Santense de Letras, da Associação Espírito-Santense de Imprensa, e foi sócia correspondente da Academia Literária Feminina do Rio Grande do Sul. Recebeu o título de cidadã honorária de várias cidades capixabas e foi agraciada com a Ordem do Mérito Marechal José Pessoa, do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal no grau de comendador.

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