02/09/2010 12h56 - Atualizado em
05/01/2017 15h36
Governo reforça mecanismos de preservação de Sítios Históricos do Estado
Fotos: Thiago Guimarães/ Secom
Os documentos servirão para complementar o processo de tombamento de cada Sítio Histórico.
Três resoluções que regulamentam as diretrizes para intervenções nos espaços públicos, lotes e edificações integrantes dos Sítios Históricos de Santa Leopoldina, São Mateus e São Pedro do Itabapoana, distrito de Mimoso do Sul, foram assinadas na tarde desta terça-feira (31), pelo governador Paulo Hartung. A assinatura aconteceu durante reunião com a secretária de Estado da Cultura, Dayse Lemos, na Residência Oficial, na Praia da Costa, em Vila Velha.
As resoluções foram construídas após Análises de Proteção do Ambiente Cultural (APAC), realizadas nos três conjuntos históricos. Os documentos já estão aprovados pelo Conselho Estadual de Cultura (CEC), e servirão para complementar o processo de tombamento de cada Sítio Histórico, estabelecendo individualmente ações mais efetivas do poder público na manutenção da integridade dos bens culturais.
As APACs analisaram o estado atual dos imóveis tombados de cada Sítio Histórico, a dinâmica urbana, os aspetos econômicos mais relevantes, as características do tombamento, e a partir daí foram propostas normas e procedimentos de gestão para cada um.
Nos textos das resoluções que foram assinadas, os conselheiros consideram: a necessidade de preservação dos bens tombados de seus entornos; que é dever do poder público zelar pela integridade desses bens, assim como sua visibilidade e ambiência; que é conveniente fixar normas para as novas construções de forma a não interferir na moldura que revestem os bens; e a necessidade de uniformização dos procedimentos a serem adotados para aprovação de projetos, para execução de obras tanto nos bens tombados, como em áreas de entorno.
Análise da Proteção do Ambiente Cultural
- Santa Leopoldina
Fundada em 1857, como ponto de irradiação da colonização alemã no Vale do Rio Santa Maria da Vitória, no inicio do seu curso navegável, Santa Leopoldina foi até fins da década de 20, no século passado, o principal polo comercial da região onde escoava toda a produção agrícola dos vales dos rios Santa Maria, Timbuí e Baixo Guandu.
A 46 km de Vitória, num vale que se abre abruptamente para dar passagem ao rio que lhe corta ao meio, Santa Leopoldina é atualmente uma das cidades que mais conserva a atmosfera de cidade do inicio do século passado, época do seu apogeu econômico cultural.
O Conjunto Histórico de Santa Leopoldina com 42 imóveis, sendo 32 na área urbana e 10 na área rural, foi tombado pelo Conselho Estadual de Cultura, através da Resolução nº 05 de 1983 - CEC e inscrito no Livro do Tombo Histórico.
Para cada um dos imóveis tombados foi elaborada uma ficha de vistoria e uma ficha cadastral onde é possível identificar as características e a situação de cada um. As fichas contém informações relativas aos aspectos construtivos, estilo arquitetônico, materiais utilizados, estado de conservação e os problemas detectados.
- São Mateus
Os primeiros colonizadores portugueses chegaram à região de São Mateus por volta do ano 1544. Por este motivo, o local é considerado um marco na colonização do solo do Espírito Santo.
A cidade, edificada sem simetria e à pequena distância do rio, seguia os padrões urbanos das cidades portuguesas. A área situada próxima ao rio e ao porto tornou-se um centro aristocrático e o principal núcleo de atividades da população. Essa aristocracia local trouxe arquitetos portugueses que edificaram a maioria dos casarões do porto. Além disso, as ruas foram calçadas com pedras trazidas pelos navios e o cais do porto pôde ser protegido, facilitando a atracação dos navios.
Com a abertura das primeiras estradas de rodagem, a partir de 1938, ano em que se inaugurou a estrada ligando São Mateus a Linhares, o declínio das atividades econômicas que se desenvolviam no porto se acentuou. O transporte por navio entrava em decadência e o velho porto foi perdendo as grandes casas comerciais, que se mudaram para a cidade alta.
Os casarões abandonados passaram a ser ocupados por prostitutas que mantinham com dificuldade seus cabarés. As edificações existentes passaram a ser modificadas. Em 1968, depois da ocorrência de muitos crimes de prostituição, foi determinada a retirada delas do local.
A decadência do porto nas atividades comerciais e de exportação afetou a economia do município, que voltaria a ser incrementada com a instalação de indústrias de grande porte, como a Petrobras e a Aracruz Florestal, a partir da década de 1960.
No Livro de Tombo Histórico foram registradas 21 inscrições correspondentes a 32 imóveis, mais o tombamento do chafariz que foi inscrito no Livro como obra de arte.
No diagnóstico da APAC foi analisado o processo de tombamento, as obras executadas no Sitio Histórico, o grau de preservação dos imóveis tombados, os usos atuais destes imóveis, o uso e a ocupação no entorno, a evolução do espaço urbano e os problemas mais graves identificados.
- São Pedro do Itabapoana
São Pedro do Itabapoana pertence hoje ao município de Mimoso do Sul. Bem estadual tombado desde 1987, a vila de São Pedro foi sede de município entre 1880 e 1930.
São Pedro do Itabapoana conheceu seu apogeu no final do século XIX e início do XX. Sua história é marcada pelo rápido movimento de ascensão e queda, desde a construção de sua primeira capela, em 1855, marco de sua origem, até a perda de sua autonomia política, em 1930.
São Pedro possui um relevante patrimônio construído. A principal característica desse conjunto edificado é sua unidade, isto é, cada elemento adquire valor somente quando relacionado a outros. Atualmente, o Sítio Histórico de São Pedro do Itabapoana é constituído por 41 imóveis tombados.
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Os documentos servirão para complementar o processo de tombamento de cada Sítio Histórico.
Três resoluções que regulamentam as diretrizes para intervenções nos espaços públicos, lotes e edificações integrantes dos Sítios Históricos de Santa Leopoldina, São Mateus e São Pedro do Itabapoana, distrito de Mimoso do Sul, foram assinadas na tarde desta terça-feira (31), pelo governador Paulo Hartung. A assinatura aconteceu durante reunião com a secretária de Estado da Cultura, Dayse Lemos, na Residência Oficial, na Praia da Costa, em Vila Velha.
As resoluções foram construídas após Análises de Proteção do Ambiente Cultural (APAC), realizadas nos três conjuntos históricos. Os documentos já estão aprovados pelo Conselho Estadual de Cultura (CEC), e servirão para complementar o processo de tombamento de cada Sítio Histórico, estabelecendo individualmente ações mais efetivas do poder público na manutenção da integridade dos bens culturais.
As APACs analisaram o estado atual dos imóveis tombados de cada Sítio Histórico, a dinâmica urbana, os aspetos econômicos mais relevantes, as características do tombamento, e a partir daí foram propostas normas e procedimentos de gestão para cada um.
Nos textos das resoluções que foram assinadas, os conselheiros consideram: a necessidade de preservação dos bens tombados de seus entornos; que é dever do poder público zelar pela integridade desses bens, assim como sua visibilidade e ambiência; que é conveniente fixar normas para as novas construções de forma a não interferir na moldura que revestem os bens; e a necessidade de uniformização dos procedimentos a serem adotados para aprovação de projetos, para execução de obras tanto nos bens tombados, como em áreas de entorno.
Análise da Proteção do Ambiente Cultural
- Santa Leopoldina
Fundada em 1857, como ponto de irradiação da colonização alemã no Vale do Rio Santa Maria da Vitória, no inicio do seu curso navegável, Santa Leopoldina foi até fins da década de 20, no século passado, o principal polo comercial da região onde escoava toda a produção agrícola dos vales dos rios Santa Maria, Timbuí e Baixo Guandu.
A 46 km de Vitória, num vale que se abre abruptamente para dar passagem ao rio que lhe corta ao meio, Santa Leopoldina é atualmente uma das cidades que mais conserva a atmosfera de cidade do inicio do século passado, época do seu apogeu econômico cultural.
O Conjunto Histórico de Santa Leopoldina com 42 imóveis, sendo 32 na área urbana e 10 na área rural, foi tombado pelo Conselho Estadual de Cultura, através da Resolução nº 05 de 1983 - CEC e inscrito no Livro do Tombo Histórico.
Para cada um dos imóveis tombados foi elaborada uma ficha de vistoria e uma ficha cadastral onde é possível identificar as características e a situação de cada um. As fichas contém informações relativas aos aspectos construtivos, estilo arquitetônico, materiais utilizados, estado de conservação e os problemas detectados.
- São Mateus
Os primeiros colonizadores portugueses chegaram à região de São Mateus por volta do ano 1544. Por este motivo, o local é considerado um marco na colonização do solo do Espírito Santo.
A cidade, edificada sem simetria e à pequena distância do rio, seguia os padrões urbanos das cidades portuguesas. A área situada próxima ao rio e ao porto tornou-se um centro aristocrático e o principal núcleo de atividades da população. Essa aristocracia local trouxe arquitetos portugueses que edificaram a maioria dos casarões do porto. Além disso, as ruas foram calçadas com pedras trazidas pelos navios e o cais do porto pôde ser protegido, facilitando a atracação dos navios.
Com a abertura das primeiras estradas de rodagem, a partir de 1938, ano em que se inaugurou a estrada ligando São Mateus a Linhares, o declínio das atividades econômicas que se desenvolviam no porto se acentuou. O transporte por navio entrava em decadência e o velho porto foi perdendo as grandes casas comerciais, que se mudaram para a cidade alta.
Os casarões abandonados passaram a ser ocupados por prostitutas que mantinham com dificuldade seus cabarés. As edificações existentes passaram a ser modificadas. Em 1968, depois da ocorrência de muitos crimes de prostituição, foi determinada a retirada delas do local.
A decadência do porto nas atividades comerciais e de exportação afetou a economia do município, que voltaria a ser incrementada com a instalação de indústrias de grande porte, como a Petrobras e a Aracruz Florestal, a partir da década de 1960.
No Livro de Tombo Histórico foram registradas 21 inscrições correspondentes a 32 imóveis, mais o tombamento do chafariz que foi inscrito no Livro como obra de arte.
No diagnóstico da APAC foi analisado o processo de tombamento, as obras executadas no Sitio Histórico, o grau de preservação dos imóveis tombados, os usos atuais destes imóveis, o uso e a ocupação no entorno, a evolução do espaço urbano e os problemas mais graves identificados.
- São Pedro do Itabapoana
São Pedro do Itabapoana pertence hoje ao município de Mimoso do Sul. Bem estadual tombado desde 1987, a vila de São Pedro foi sede de município entre 1880 e 1930.
São Pedro do Itabapoana conheceu seu apogeu no final do século XIX e início do XX. Sua história é marcada pelo rápido movimento de ascensão e queda, desde a construção de sua primeira capela, em 1855, marco de sua origem, até a perda de sua autonomia política, em 1930.
São Pedro possui um relevante patrimônio construído. A principal característica desse conjunto edificado é sua unidade, isto é, cada elemento adquire valor somente quando relacionado a outros. Atualmente, o Sítio Histórico de São Pedro do Itabapoana é constituído por 41 imóveis tombados.
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