08/03/2013 08h19 - Atualizado em
05/01/2017 14h42
Estudantes de escolas públicas da Grande Vitória assistem à peça "A Revolução do Formigueiro"
Os olhinhos curiosos não desgrudavam um só segundo do palco. De lá, simpáticos personagens arrancavam risadas do público composto por crianças e adolescentes de escolas públicas de Vitória. E foi assim, sob olhares atentos, que a Cia de Teatro Por Acaso apresentou o espetáculo infantil "A Revolução do Formigueiro", durante esta semana, no Theatro Carlos Gomes. A peça, que será apresentada em mais outras quatro datas este mês, tem como espectadores alunos de escolas públicas dos bairros atendidos pelo projeto Cultura Presente, da Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo (Secult).
A plateia pra lá de empolgada caiu na gargalhada com as trapalhadas das formiguinhas operárias e fez caretas para a malvada Rainha do formigueiro. A cada cena, as crianças vibravam e torciam pelo final feliz dos protagonistas, que, unidos a uma cigarra, a uma borboleta e a um grilo, completaram o time de personagens da peça. O estudante Renan Pantaleão (na foto ao lado, o 1° à esquerda), de 9 anos, não hesitou em escolher seu preferido: "Adorei o Tonico, foi o meu favorito. Mas a peça inteira é muito legal e engraçada", conta.A produção, dirigida por Joaz Campos, baseia-se no livro homônimo de Nye Ribeiro e narra o encontro entre a rainha e a formiga que, cansada de ser escrava, luta pelo direito de descanso e de tempo para brincar. O espetáculo traz os personagens do livro ao palco para que contem, ao vivo, a história da qual se originam.
Para a pedagoga da Escola de Ensino Municipal de Fundamental Amilton Monteiro Silva, Helen Márcia Silva (de vestido roxo, à esquerda), o roteiro é educativo e agrega valores ao cotidiano das crianças. "A peça traz a arte no seu sentido amplo, sem simplificar os temas por conta do público infantil. Trata assuntos como liberdade, opressão e aspectos da natureza humana sem reduzir tais valores. Mesmo sendo infantil, o espetáculo não é ingênuo, as crianças conseguem fazer as ligações e entendem as lições que são passadas a elas", afirma Helen.Uma parceria com o Instituto Sincades, essa ação da Secult promove apresentações de "A Revolução do Formigueiro" para estudantes de escolas públicas de bairros de Vitória, Serra, Vila Velha, Cariacia e Viana. A estimativa é que mais de três mil crianças e adolescentes prestigiem o espetáculo. As próximas apresentações serão realizadas até o final de março, sempre em duas sessões, às 10 horas e às 15 horas.
Sobre o Cultura Presente
O projeto Cultura Presente é o braço cultural do Programa Estado Presente - iniciativa do Governo do Espírito Santo para a prevenção e redução da criminalidade, principalmente homicídios e diminuição dos fatores de vulnerabilidade social presentes em 30 aglomerados de bairros em todo o Estado.
O secretário de Estado da Cultura do Espírito Santo, Maurício José da Silva, explica que essa grande mobilização institucional objetiva contribuir para a melhoria das condições de desenvolvimento dos moradores desses lugares ao promoverem a autoestima e o senso de pertencimento local. "O intuito do governador Casagrande, por meio da Secult, é garantir o acesso aos meios de produção e fruição cultural para todas essas comunidades, estimulando assim a participação atuante do cidadão na sociedade", afirma.
Ficha técnica:
Peça "A Revolução do Formigueiro", Cia de Teatro Por Acaso
Elenco: Mauro Pinheiro, Léia Rodrigues, Gabriela Saadi e Thiago Pinhati
Direção: Joaz Campos (SP)
Iluminação: Jorgemar de Oliveira
Próximas apresentações:
11/03 (segunda-feira):
Escolas Municipais de Vila Velha e Cariacica
12/03 (terça-feira):
Escolas Municipais de Viana e Serra
25/03 (segunda-feira):
Alunos de Escolas Estaduais (Sedu)
26/03 (terça-feira):
Alunos de Escolas Estaduais (Sedu)
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Paula Norbim e Paulo Gois Bastos
Texto: Naiara Arpini
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