A união dos mais verdadeiros sentimentos junto a uma grande vontade de multiplicar conhecimento, traduzem o que o projeto social Casa Verde, em Cachoeiro de Itapemirim, almeja: ensinar a arte de fazer música para crianças e adolescentes da região. Há dez anos, seguindo o slogan “lugar onde nasce a esperança”, a Casa Verde planta em cada aluno o desejo de aprender e a capacidade transmitir alegria em forma de música.

E foi assim, que a casa chamou a atenção do Programa Criança Esperança da Rede Globo, que tem parceira com a Unesco, em 2013, reconhecendo o espaço como um local que atua na defesa de crianças e adolescentes. O apoio financeiro foi essencial para a evolução do projeto e se deu através de verbas destinadas a compra de instrumentos musicais.  

O grande objetivo que move o funcionamento da instituição é a formação da Orquestra Sinfônica Sul do Espírito Santo, a OSSES. Atuante como mantenedora da Escola de Música Tocando em Frente, a Casa Verde realiza um trabalho sério, baseado em um plano pedagógico estruturado em diretrizes de educação formal e não formal. Assim, crianças e adolescentes aprendem música e pouco a pouco tornam-se capazes de se apresentar em grandes palcos.

A partir dos sete anos, crianças matriculadas em escolas da Rede Pública são selecionadas e iniciam sua carreira musical com aulas de noções básicas de música e canto. À medida que avançam no aprendizado, os instrumentos mais complexos, como violoncelo, violino e flautas entram em cena .

O sonho

A responsável por gerir o projeto e também professora de música Jovania Valiati acredita que o mercado musical ainda é pouco explorado no estado. Com um trabalho voltado para a capacitação das crianças, o futuro na carreira musical é garantido. “Sonhamos com músicos que tenham nível para integrar orquestras de fora. Muitas crianças chegam na Casa Verde com problemas de timidez, e com o passar do tempo, afloram suas veias artísticas e conseguem se expressar de forma brilhante”.

Há dez anos, a instituição sem fins lucrativos Casa Verde atende prioritariamente crianças e adolescentes em risco social, inserindo-os em programas inclusivos que contribuem para o crescimento pessoal e profissional. E não é só de música que o projeto constrói sua história. Com um histórico de ações como assistência alimentar para as famílias, atendimento psicológico para crianças que sofreram abuso, inclusão digital, apoio para adolescentes grávidas e assistência social, a casa conta com doações, apoio de outras instituições e uma grade de professores e funcionários voluntários.