08/12/2010 09h36 - Atualizado em 05/01/2017 15h38

Drama sobre adoção marca a quarta-feira do 17º Vitória Cine Vídeo


A quarta noite de cinema gratuito do 17º Vitória Cine Vídeo apresentará ao público como destaque a ficção "Rosa Morena", do capixaba Carlos Augusto Oliveira. O longa-metragem conquistou, em 2010, o Prêmio Itamaraty de Melhor Longa-Metragem de Ficção na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.

Com produção Brasil/Dinamarca, a obra é um drama denso sobre um homossexual europeu que não consegue adotar um filho em seu país e parte para o Brasil na busca de seu sonho. No entanto, não disposto a esperar mais pela justiça, resolve seguir outro caminho para realizar o que deseja.

O longa-metragem inédito no estado fechará a programação desta quarta-feira, depois da Mostra Competitiva de Curtas e Médias-Metragens, no Ginásio do Álvares Cabral. Quem for aproveitar as atrações noturnas conferirá ainda a homenagem ao desenhista, jornalista, ator, diretor, poeta e autor de peças teatrais Milson Henriques, com a exibição do documentário de curta-metragem "Minha Vida não é só Teatro", de Anginha Buaiz. O artista receberá o Troféu Marlin Azul.

O 17º Vitória Cine Vídeo é uma realização do Instituto Marlin Azul, da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA), com patrocínio da Petrobras, Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo, Prefeitura Municipal de Vitória, e Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura.

O festival tem por objetivos incentivar a produção audiovisual de vídeos e de filmes de curta e média-metragem, favorecer a formação de plateia para a produção brasileira, democratizar os espaços de exibição e incentivar novos olhares através do cinema.

Mostra Competitiva - Oitenta e quatro obras audiovisuais compõem a programação da Mosta Competitiva Nacional. São 26 filmes, 46 vídeos e 12 animações, vindos dos estados de São Paulo, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Maranhão, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Ceará, Paraíba, Santa Catarina e Paraná, além do Distrito Federal. Na disputa estão 21 obras capixabas (03 filmes, 15 vídeos e 03 animações) dentre os 135 trabalhos inscritos do Espírito Santo (04 filmes, 126 vídeos e 05 animações).

Os curtas e médias-metragens em competição são apresentados às 19h30, no Ginásio do Álvares Cabral. Já a Mostra Competitiva de Vídeos acontece no Cine Metrópolis, no campus da Ufes, às 12h. As exibições das mostras competitivas acontecerão até amanhã (09/12). A premiação será realizada na noite de sexta-feira (10/12).

Encontros diários com realizadores - Quem quiser conhecer um pouco mais das obras audiovisuais da Mostra Competitiva e ainda trocar informações sobre o cinema nacional pode participar do debate, às 10 horas, no Hotel Ilha do Boi. Os realizadores que tiveram suas obras apresentadas no dia anterior promovem a troca de ideias sobre o cenário do curta-metragem brasileiro. O encontro é aberto ao público.

O Vitória Cine Vídeo disponibiliza uma van gratuita para quem quiser participar dos encontros. A van sairá diariamente do Cine Metrópolis às 9h30, retornando às 11h30 para a Mostra Competitiva de Vídeos.

Festivalzinho - Além das exibições competitivas de vídeos e filmes, a programação conta ainda com a apresentação da mostra infanto-juvenil para crianças e adolescentes de escolas públicas. O 11º Festivalzinho de Cinema de Vitória começou na segunda-feira (06/12) e prosseguirá até sexta-feira (10/12), sempre com duas sessões diárias,  às 9 e às 14h30, no Cine Metrópolis, na Ufes. O público é integrado por alunos de escolas públicas agendadas previamente.

Concurso de Crítica Cinematográfica - Quem quiser emitir uma opinião sobre uma das obras da mostra competitiva pode se inscrever no 7º Concurso de Crítica Cinematográfica.  Qualquer pessoa pode participar, com exceção de profissional com textos publicados. A crítica vencedora será publicada no Caderno Dois do Jornal A Gazeta e o autor receberá como prêmio uma assinatura semestral do jornal. Os textos podem ser enviados até 15 de dezembro para o email imprensa@imazul.org.

Oficinas Audiovisuais - Hoje é o segundo dia das Oficinas Audiovisuais, no Hotel Ilha do Boi. Este ano, o festival está promovendo quatro oficinas: Análise e Construção de Personagens; Pré-Produção de Filme de Animação; Cenografia; e Efeitos Especiais em Maquiagem.

PROGRAMAÇÃO

Quarta-feira - 08 de Dezembro

11º Festivalzinho de Cinema - às 9h e às 14h30 - Cine Metrópolis - Ufes
 
As Curvas de Niemeyer (Animação, 10?, ES), dos Alunos do Projeto Animação. A menina Estela embarca numa nave do tempo junto com Oscar Niemeyer, um dos mais importantes arquitetos contemporâneos do mundo, para descobrir as principais obras do artista numa aventura de curvas e cores.

Eu Queria ser Um Monstro (Animação, 8?, RJ), de Marão. Cotidiano de uma criança com bronquite.

Como Comer um Elefante (Animação. 5?52", RJ), de Jansen Raveira. A experiência traumatizante de uma aspirante a Miss ao tentar ler O Pequeno Príncipe.

Ernesto no País do Futebol (Ficção, 14?, SP), de André Queiróz e Thaís Bologna. Em ano de Copa do Mundo que poderia ser pior para um garoto argentino do que morar no Brasil?

Menina da Chuva (Animação, 6?, RJ), de Rosaria. Bonecas vermelhas para crianças vermelhas, balões azuis para crianças azuis.

Bonequinha do Papai (Animação, 4?36", SP), de Luciana Eguti e Paulo Muppet. Um videoclipe retrô-futurista, em preto e branco, sobre uma bonequinha  andróide e seus amigos tecnológicos. Criado para música "Bonequinha do papai" da banda " Pequeno Cidadão".

O Sete Trouxas (Ficção, 14?, RS), de Marcio Schoenardie. Jair, hoje avô, conta para sua neta suas aventuras na infância e o medo do lendário "Sete Trouxas", e de como com a ajuda de um amigo derrotou o monstro e livrou-se dele.

Mãos de Vento e Olhos de Dentro (Ficção, 13?, RJ), de Susanna Lira. Mãos de Vento e Olhos de Dentro é um filme sobre a amizade entre Lia, uma menina cega e Tico, um menino solitário e cheio de imaginação. Eles adoram brincar de ver desenho em nuvem, e, juntos, iniciam uma jornada de aventura com muita diversão pelo mundo infantil da fantasia

A Ilha (Animação, 9?47", DF), de Alê Camargo. O filme aborda de maneira bem humorada as dificuldades de se viver em uma cidade grande.

Mostra Competitiva de Curtas e Médias  - às 19h30 -  Ginásio do Álvares Cabral

Faço de Mim o que Quero (Documentário, 18?28", PE), de Sérgio Oliveira e Petrônio Lorena. Tô nem aí.

Tempestade (Animação, 10?, SP), de Cesar Cabral. Um marujo solitário navega, através de oceanos tumultuados por tempestades, em busca do reencontro com sua amada. Segue uma rotina rígida de afazeres até que mudanças inesperadas em sua rota alteram seu destino.

Xetá (Documentário, 20?, PR), de Fernando Severo. Durante o desordenado processo de colonização do noroeste do Paraná, nos anos 40 e 50, foi avistada uma população indígena que até então havia tido pouquíssimo contato com o homem branco. Logo o povo Xetá foi expulso de suas terras, vitimado por ações de extermínio, e os poucos sobreviventes dispersos por outros locais. A quase extinção dos Xetá acabou contribuindo para provocar um desastre ecológico irreversível na região.

Um Lugar Comum (Animação, 9?53", SP), de Jonas Brandão. Em um lugar comum, como em qualquer praça ou parque, Marina e Zezé se conhecem e juntos plantam uma árvore, que se torna o símbolo de sua amizade. O filme acompanha o crescimento e o desencontro das crianças ao longo dos anos neste mesmo lugar.

Estes (Documentário, 10?, PB), de Torquato Joel. Um exemplar exercício de cidadania narrado de forma singular.

Delete Love (Ficção, 12?58", ES), de Gabi Stein. Este arquivo será removido totalmente e não poderá ser recuperado. Você tem certeza que deseja apagar a pasta <amor> da sua memória? <sim> <não>.

Groelândia (Ficção, 17?30", RS), de Rafael Figueiredo. Franco volta para casa depois de dez anos. Ao atravessar a porta, ele encontra a mãe e um passado indesejado.

Vento (Ficção, 15?, SP), de Marcio Salem. Uma cidadezinha isolada no Brasil fica sem vento. Os habitantes do local começam a agir de forma estranha, sem esperança, sem otimismo. E, no meio de tudo isso, um menino quer mudar sua vida e realizar um grande sonho.

Los Minutos, Las Horas (Ficção, 11?, CE), de Janaina Marques Ribeiro. Yoli sempre morou com sua mãe num bairro humilde de Havana. Até que um dia, um rapaz lhe convida a sair e Yoli decide esperá-lo, tentando mudar sua rotina, mesmo que seja por um dia.

Mostra Competitiva de Vídeos - às 12 horas - Cine Metrópolis - Ufes

Kinopoéticas - Torpellino (Documentário, 9?34", SP), de Pedro Dantas. Torpellino é um dos 5 curtas que compõem o filme KinOpoÉTicaS: obra de Não-Ficção que reflete sobre arte, estética e  contemporaneidade da América Latina a partir de conexões históricas e culturais, em uma narrativa própria, que extravasa a objetividade textual e explora as diferentes possibilidades expressivas do audiovisual.

CRU (Ficção, 3?30", PR), de Fábio Allon. Um lago de lágrimas fritas!

Caminho das Águas (Vídeoarte, 3?32", ES), de Filipe Alves Borba. A linha azul é uma intervenção urbana do artista plástico Piatan Lube. Representa o limite do mar na cidade de Vitória antes da intervenção dos aterros.

Imagine in Bahia (Ficção, 5?, BA), de Caó Cruz Alves. Depoimentos lúcidos, delirantes e bem humorados de pessoas que viram ou escutaram sobre a misteriosa passagem do ex-beatle, John Lennon, na cidade de Salvador de Bahia no ano de 1971.

Light my Fire (Ficção, 4?06", RJ), de Taís Lobo. Uma incendiária história sobre a crise de abstinência sexual involuntária! C´mon baby, light my fire!

Jardim Japonês (Ficção, 4?, DF), de Érico Cazarré. Ao cruzar uma noite escura Poo encontra um demônio e seu coração se enche de pavor e medo.

Ainda Aqui (Ficção, 11?52", MG), de Renato Cabral. Quando a agulha parar de tecer o tempo, quando o tempo parar de mover o ponteiro, como seria se ninguém soubesse que você um dia existiu?

Ao Meu Pai com Carinho (Ficção, 15?, SP), de Fausto Noro. Marcio, um jovem de classe média-alta, é vítima de um seqüestro-relâmpago. Os bandidos erram a ligação telefônica e acabam negociando com Bruno, um jovem entediado de passar as tardes junto com os amigos e jogos eletrônicos. Bruno, pensando se tratar de um trote, decide entrar na "brincadeira" e acaba surpreendendo os seqüestradores.

Jeitinho Brasileiro (Ficção, 5?03", ES), de Alexander S. Buck. Em uma situação extrema, reflexões e memórias de uma vida que poderia ser de qualquer brasileiro(a). Uma metáfora ficcional acerca do jeitinho brasileiro. Um vídeo de Alexander S. Buck e Caio Perim.

El Chivo a Baco (Documentário, 20?, ES), de Gui Castor. Gabriela Vivas é uma transexual equatoriana que abandonou suas raízes para se entregar a prostituição. Hoje, aos 46 anos, passa por uma crise emocional que lhe impulsa buscar uma mudança em sua vida. El chivo a baco é um documentário que mostra através de Gabriela que o sacrificio de muitas pessoas para seguir seu caminho é a solidão.

Procurando Madalena (Documentário, 26?, ES), de Ricardo Salles de Sá. Madalena do Jucu é um samba de Martinho da Vila, adaptado da toada Madalena, que é cantada pelas bandas de Congo do Espírito Santo há mais de 70 anos.  O documentário revela o universo do congo - uma manifestação cultural genuinamente capixaba ainda desconhecida pela maioria dos brasileiros, ao mesmo tempo em que versões sobre a origem da Madalena são apresentadas pelos congueiros.

Longa inédito - às 21h30 - Ginásio do Álvares Cabral

Rosa Morena (Ficção, 2010), Carlos Augusto Oliveira. Sem conseguir adotar uma criança na Dinamarca, Thomas viaja ao Brasil para tentar realizar o sonho de ser pai. Em São Paulo, conhece Maria, jovem humilde, grávida do terceiro filho. Ela entra em acordo com Thomas para doar o bebê em troca de melhores condições de vida. Thomas se muda para a casa de Maria, que dá à luz a Rosa. A atração crescente que toma conta do relacionamento dos dois é ameaçada pelo retorno de Denílson, pai biológico de Rosa.


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