19/09/2011 09h52 - Atualizado em
05/01/2017 15h45
Antônio de Pádua Gurgel lança segunda edição de 'O Diário da Rua Sete' na Biblioteca Estadual
Será realizado na quinta-feira (22), a partir das 18h30, na Biblioteca Pública do Espírito Santo Levy Cúrcio da Rocha (BPES), o lançamento da segunda edição da obra "O Diário da Rua Sete - 40 versões de uma paixão", um projeto coordenado e editado pelo jornalista capixaba Antônio de Pádua Gurgel. A primeira edição do livro foi publicada em 1998, e fez tanto sucesso que até hoje é procurado (e encontrado com dificuldade) por quem se interessa por história e pela imprensa, especialmente jornalistas, professores e estudantes de comunicação.
Na apresentação da nova edição, Gurgel diz que a obra "é objeto de muitos trabalhos como monografias de graduação, pós e mestrado. O livro passou a se fonte de consulta permanente para todos que se debruçam sobre o assunto. Espero que os novos leitores gostem dele tanto quanto os velhos amigos de O Diário".
A orelha do livro é assinada por Jairo de Brito, jornalista e ex-redator de O Diário. Para ele "as 40 versões de uma paixão, ambientadas e ilustradas pelo autor, com os principais acontecimentos históricos do período, são uma fonte de conhecimento e estudo que merece respeito e atenção".
Na noite de lançamento será realizado, também, um debate com a participação de Gurgel, e do escritor capixaba Paulo Bonates. A entrada é franca. O livro será vendido no local por R$ 30,00.
?O Diário da Rua Sete?
O objetivo de "O Diário da Rua Sete" é registrar um período marcante da história do Espírito Santo, e relatar a trajetória de um jornal criado em julho de 1955, onde se formou toda uma geração de profissionais, dos quais alguns hoje se destacam na imprensa capixaba e nacional, além de outros que vieram a ocupar posições no cenário político.
Nos anos 1960, o chamado "maior jornal da Rua Sete de Setembro" ocupou uma posição de vanguarda na imprensa capixaba, fomentando o movimento cultural e adotando inovações gráficas e editoriais. Distinguiu-se pela ousadia de seus colaboradores, que transformaram a "escolinha de jornalismo" numa trincheira de luta contra a ditadura, e enfrentaram a censura de maneira alegre, irreverente e até irresponsável.
Pesquisa
O Diário parou de circular no início dos anos 80, e parte do arquivo e tudo que existia no prédio do jornal foram destruídos por um incêndio. Para organizar o livro foi necessário pesquisar coleções do jornal existentes no Arquivo Público do Espírito Santo e na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro.
Foram entrevistadas 42 pessoas envolvidas com a história do jornal, entre elas, Plínio Marchini, Marílio Cabral, Vinícius Seixas, José Carlos Correa, Antônio José Miguel Feu Rosa, e Manoel Lobato.
Após receber benefícios da Lei Rubem Braga, em 1996, foi feita nova consulta, desta vez com Antônio Rosetti, Hesio Pessali, Rita Tristão, José Carlos Fonseca e Eloy Nogueira da Silva. Todos estes optaram por escrever suas contribuições. Marien Calixte e Rogério Medeiros foram ouvidos pelo próprio autor do projeto. Maria Elena Azevedo coordenou a coleta de outros depoimentos.
Os textos foram distribuídos em cinco capítulos, para que o leitor possa acompanhar as diferentes fases vividas pelo jornal. São eles: "Nascimento, vida, paixão e morte de um jornal"; "Sob as ordens de Chiquinho", "A Escolinha"; "Maioridade"; e "O diário do seu tempo".
Antônio de Pádua Gurgel
O jornalista Antônio de Pádua Gurgel nasceu em Vitória, e atuou em diversos veículos de comunicação de Brasília, Vitória e Rio de Janeiro. Em 1991, criou a editora Pro Texto Comunicação e Cultura, e já escreveu e/ou editou mais de 40 títulos. Entre eles merecem destaque: "Socialistas no Brasil - partidos, programas e experiências"; "O Brasil vai às urnas - retrato da campanha presidencial de 1989"; e a "A rebelião dos estudantes".
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