27/11/2009 14h53 - Atualizado em 05/01/2017 15h29

A dica cultural para o fim de semana é visitar o Palácio Anchieta

A visitação ao Palácio Anchieta - que foi totalmente restaurado - está aberta ao público, inclusive nos fins de semana.  Aos sábados, o espaço funciona entre 10 e 17 horas, e aos domingos, das 10 às 15 horas.  O agendamento deve ser feito pelo telefone (27) 3321 3578.

 

Localizado na Praça João Clímaco, no Centro de Vitória, o prédio é tombado pelo Conselho Estadual de Cultura. O Palácio também funciona durante a semana, entre 10 e 17 horas. A entrada é franca.

 

A restauração da sede do Governo do Estado, a primeira de sua história, teve início em julho de 2004. O Palácio Anchieta é um dos principais patrimônios históricos do Espírito Santo e uma das edificações mais importantes da arquitetura jesuítica.

 

Em 458 anos de história, o Palácio Anchieta passou por diversas obras e reformas, que foram moldando o conjunto jesuítico original. Apesar das sucessivas intervenções ao longo do tempo, o prédio guarda verdadeiras relíquias históricas, que poderão ser vistas por capixabas e visitantes, a partir de agora.

 

Restauro

 

A restauração do Palácio Anchieta foi feita em seis etapas. O Governo do Estado investiu R$ 5 milhões nas obras, que também contaram com recursos da Lei Rouanet.

 

No térreo e no primeiro pavimento, há diversas salas e equipamentos de uso coletivo dedicadas à história do prédio, à trajetória capixaba e às potencialidades do Espírito Santo, entre outros.

 

Já no segundo andar, estão localizados, além do gabinete do governador, o Salão Nobre, o Salão Negro, o Salão Dourado, o Salão do Piano e o Salão São Tiago, totalizando aproximadamente dois mil metros quadrados.

 

Salão Afonso Brás

 

O Salão Afonso Brás foi aberto ao público no dia 13 de maio deste ano. Logo na inauguração de sua restauração, recebeu a exposição internacional "Por Dentro da Mente de Leonardo Da Vinci". Localizado no primeiro pavimento, o salão possui 630 metros quadrados. No passado, o local abrigava a Igreja de São Tiago, que, juntamente com a residência e o Colégio dos Jesuítas, ofereceu a base construtiva do atual Palácio Anchieta. Esse conjunto jesuítico teve sua construção iniciada na segunda metade do século XVI.

Durante restauração do Salão Afonso Brás, prospecções arqueológicas encontraram numa parede lateral da construção vestígios da antiga igreja. Segundo especialistas, trata-se do esgrafito - uma técnica de afresco de origem árabe disseminada na Europa a partir do século XIV - e que é raro no Brasil.

 

O nome escolhido para o Salão é uma homenagem a Afonso Brás, um sacerdote jesuíta português, um dos fundadores de São Paulo. O padre foi enviado ao Brasil em 1550, e esteve inicialmente na Capitania do Espírito Santo. A antiga Igreja de São Tiago foi construída em 1551, sob as ordens de Afonso Brás.

 

Descobertas

 

No decorrer dos trabalhos, que envolveram prospecções arquitetônicas e escavações, foram descobertos inúmeros vestígios relevantes para a história do prédio, além do já citado esgrafito da nave lateral da antiga igreja, que poderão ser vistos durante a visitação do Palácio, tais como:

 

- Fundações do colégio jesuítico - vestígios de alicerces da ala mais antiga do edifício, apresentando a compartimentação interna do século XVI;

 

- Poço d'água do pátio central - construído pelos jesuítas, sofreu alterações ao longo dos séculos. Informações preliminares indicam que funcionou até 1905;

 

 - Altar-mor - cômodo remanescente da igreja jesuítica, onde a lápide do túmulo do Padre Anchieta é mantida exposta, e onde também foram identificados vestígios construtivos da capela primitiva; e

 

 - Configuração primitiva do pátio central - arcadas e paredes originais que conformavam os limites do pátio primitivo foram evidenciadas, permitindo o registro do sistema construtivo e configuração deste espaço à época dos jesuítas.

 

 

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