07/12/2009 14h38 - Atualizado em 05/01/2017 15h29

16º Vitória Cine Vídeo divulga premiados

O Vitória Cine Vídeo divulgou a lista de vencedores neste sábado, 05 de dezembro, encerrando a décima sexta edição do festival, na tenda instalada na Praça do Papa, na Enseada do Suá. Durante toda a semana, o público acompanhou o panorama da mais nova produção audiovisual brasileira por meio da mostra competitiva de curtas e médias-metragens, da mostra competitiva de vídeos e da exibição de longas-metragens inéditos. Provenientes de diferentes partes do país, 87 obras audiovisuais participaram da competição em 19 categorias e ainda concorreram a prêmios especiais.
 
Premiação de filmes
 
Os vencedores das 19 categorias receberam o Troféu Marlin Azul e prêmio em dinheiro. "Nego Fugido", de Marília Hughes e Cláudio Marques, vindo da Bahia, venceu o prêmio de melhor filme de ficção. No gênero documentário, o vencedor é "Fractais Sertanejos", do Ceará, dirigido por Heraldo Cavalcanti. O vencedor da melhor animação é "O Anão que Virou Gigante", do diretor Marão, do Rio de Janeiro. 
 
O júri decidiu por dividir o prêmio de melhor direção. Marília Hughes e Cláudio Marques da ficção "Nego Fugido" e René Guerra da ficção paulista "Os Sapatos de Aristeu" são os diretores vencedores desta edição. Além do Troféu Marlin Azul, eles dividirão o prêmio de R$ 8 mil em equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria, concedido pela Quanta, e quatro horas de telecine off ou online da Link Digital.
 
O prêmio de melhor fotografia foi concedido a Juliana Vasconcelos por "Os Sapatos de Aristeu". Cléber Eduardo e Ilana Feldman ganharam o Troféu Marlin Azul de melhor roteiro pela ficção "Rosa e Benjamim", de São Paulo.
 
André Abujamra conquistou o prêmio de melhor trilha sonora por "O Divino, De Repente", a animação de Fábio Yamaji, vinda de São Paulo. Ava Rocha conquistou o prêmio de melhor montagem por "Olhos de Ressaca", de Petra Costa, do Rio de Janeiro.
 
Vindo de São Paulo, a ficção "Ao Vivo", de Peppe Siffredi e Antonio Guerino, levou o prêmio de melhor direção de arte para Dalmo Louzada.  O paulista "Samba de Quadra", de Gustavo Mello e Luiz Ferraz, conquistou o Troféu Marlin Azul de melhor produção. Carla Ribas ganhou o prêmio de melhor atriz pela sua atuação no filme paulista "Cotidiano", de Joana Mariani. Judevaldo dos Santos conquistou o Troféu Marlin Azul de melhor ator pela performance em "Nego Fugido", de Marília Hughes e Cláudio Marques.
 
Por estimular a tolerância, pela qualidade na construção do roteiro e pela ótima direção de atores mirins, o filme paulista "Ernesto no País do Futebol", de André Queiroz e Thaís Bologna, vindo de São Paulo, recebeu Menção Honrosa. O júri também concedeu Menção Honrosa para o filme "Chapa", de Thiago Ricarte, de São Paulo, pelo ritmo, pelo clima, pelos planos e pela poesia.
 
Outra Menção Honrosa foi concedida ao documentário capixaba "Meninos", de Ursula Dart. Na avaliação do júri, a obra se insere no dia-a-dia de uma criança solitária com sensibilidade e de forma não invasiva.
 
"Alguém tem que Honrar esta Derrota!", proveniente do Rio de Janeiro, de Leonardo Esteves, ganhou Menção Honrosa por homenagear o cinema experimental brasileiro.
 
O curta-metragem vencedor do Júri Popular de Filme é a animação carioca "Josué e o Pé de Macaxeira", de Diogo Viegas.
 
O Júri de Premiação de curtas e médias-metragens foi composto pelo músico e videomaker Bento Abreu, a produtora cultural e presidente do Instituto de Cultura e Meio Ambiente (ICUMAM) Maria Abdalla, a atriz Maria Gladys, o produtor cultural Rafael Sampaio e a pesquisadora do Centro Técnico Audiovisual da Secretaria do Audiovisual (CTAv) Rosângela Sodré.
 
Premiação de Vídeos
 
Além da exibição da Mostra Competitiva de Curtas e Médias-Metragens, às 19h30, na Tenda da Praça do Papa, o 16º Vitória Cine Vídeo apresentou a Mostra Competitiva de Vídeos, às 12 horas, no Cine Metrópolis, de segunda a sexta-feira.
 
O festival premiou como melhor vídeo de ficção "Ensaio de Cinema", de Allan Ribeiro, do Rio de Janeiro. No gênero documentário o júri decidiu dividir o prêmio de melhor vídeo. Os vencedores são: "Dois Mundos", de Teresa Jessouroun, do Rio de Janeiro e "JLG/PG", de Paolo Gregori, de São Paulo. O vídeo capixaba "Você Vai Morrer", de Chico Cuíca, Keka e Raul Chequer, recebeu o Troféu Marlin Azul na categoria videoclipe.
 
Vindo de Minas Gerais, "Sangre", de Cris Ventura, levou o prêmio de melhor videoarte. O Prêmio Pesquisa de Linguagem foi concedido ao documentário cearense "O Homem Bifurcado", de Hugo Pierot, Márcio Araújo e Glaucia Barbosa.
 
Os jurados decidiram conceder Menção Honrosa para o documentário pernambucano "Tsõ?Rehipãri, Sangradouro" de Divino Tserewahú, Tiago Campos Tôrres e Amandine Goisbault, porque o vídeo expõe as contradições históricas e culturais do universo indígena a partir do seu olhar. "A Casa dos Mortos", de Debora Diniz, do Distrito Federal, também conquistou uma Menção Honrosa. Neste caso, o júri considerou a forma contundente como o documentário aborda a questão dos internos dos manicômios judiciários.
 
Compôs o Júri de Premiação de Vídeos o roteirista e fotógrafo Fernando Coster, a cineasta Luelane Correa, o jornalista Paulo Gois, a jornalista e professora Vanessa Maia e o jornalista Vitor Lopes.
 
O Júri Popular de Vídeo escolheu o documentário "Sweet Karolynne", de Ana Bárbara Ramos, vinda da Paraíba. As crianças e adolescentes de escolas públicas que participaram do 10º Festivalzinho de Cinema elegeram por meio do voto popular a animação "A Ilha", de Alê Camargo, do Distrito Federal.
 
Prêmios Especiais
 
O vencedor do Troféu Jangada foi o documentário "Fractais Sertanejos", de Heraldo Cavalcanti, proveniente do Ceará. O prêmio é oferecido pela Organização Católica Internacional de Cinema e pela Associação Católica Mundial para Comunicação (OCIC-SIGNIS Brasil) para o filme que mais se destaca pela presença de valores humanos, éticos e espirituais. 
 
Os jurados Júlia Machado e Daniel Paes da PUC do Rio de Janeiro justificaram a escolha da obra. Para eles, o diálogo sensível entre o diretor e seu personagem gera um filme de reflexão sobre o sentido do fazer artístico como caminho para um mundo mais humano.
 
O Júri da OCIC concedeu Menção Honrosa para o vídeo documentário "A Casa dos Mortos", de Debora Diniz, do Distrito Federal, por causa do olhar humano e sensível na abordagem da situação de vida dos internos dos manicômios judiciários.
 
O Prêmio Porta Curtas consagrou pela votação na internet através do site www.portacurtas.com.br o filme "Ernesto no País do Futebol", de André Queiroz e Thaís Bologna, de São Paulo.
 
Vencedores dos Concursos
 
Este ano, o vencedor do Concurso Nacional de Flipbook é o animador André Moreira Aguiar, de São Paulo, com a obra "Jazz Headless". O ganhador  receberá como prêmio a impressão de 300 exemplares da obra, além de R$ 2 mil em dinheiro. O objetivo é estimular a produção, a experimentação e a pesquisa em diversas técnicas de animação, contribuindo para o desenvolvimento deste gênero do cinema.
 
O 11º Concurso de Roteiro Capixaba premiou o roteiro "A Ladeira" de Iza Rosemberg. A roteirista receberá equipamentos, materiais e apoio financeiro para viabilizar o filme. O júri foi composto pelo escritor e documentarista Alexandre Acampora, a curta-metragista e vice-presidente do Fórum dos Festivais, Tetê Mattos, a professora e coordenadora do Núcleo TV Globo de Fortaleza, Ana Quezado, a jornalista e professora Bete Jaguaribe e a diretora de fotografia Kátia Coelho.
            
Décima sexta edição
 
Ao todo, 115 produções, entre as obras da mostra competitiva e as fora de competição, foram exibidas na programação. O evento tem por objetivos incentivar a produção audiovisual de vídeos e de filmes de curta e média-metragem, democratizar os espaços de exibição e estimular novos olhares através do cinema.
 
Este ano, o festival movimentou vários espaços da Grande Vitória com uma programação de atividades gratuitas. Além da exibição das mostras competitivas de curtas, médias e de vídeos, o evento apresentou o 10º Festivalzinho de Cinema de Vitória para alunos de escolas públicas; o Cine Galpão Itinerante em ruas e praças de cinco bairros da capital e o Cinema na Praia. O festival também ofereceu oficinas de formação audiovisual gratuitas, debates, palestras, encontros com realizadores, lançamentos de DVDs e livros, além da homenagem à atriz Eva Wilma.
 
O 16º Vitória Cine Vídeo é uma realização do Instituto Marlin Azul e da Galpão Produções e tem o patrocínio da EDP Escelsa, da Eletrobrás, da Petrobras e da Rede Gazeta através da Lei Rouanet, da Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo (Secult), da Prefeitura Municipal de Vitória (PMV), e da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura.
 
 
FILMES PREMIADOS
 
- Nego Fugido (Ficção, 16?, BA), de Marília Hughes e Cláudio Marques. Brinquedo de nego forro fugido é abrir roda pra mostrar que tudo é caça e caçador.
Prêmios: Melhor Filme Ficção, Melhor Direção, Melhor Ator
 
- Os Sapatos de Aristeu (Ficção, 17?, SP), de René Guerra. O corpo de uma travesti é preparado por outras travestis para o velório. A família, no entanto, decide enterrá-lo como homem. Os sapatos são calçados. A morte é apenas uma janela.
Prêmios: Melhor Direção e Melhor Fotografia
 
- Josué e o Pé de Macaxeira (Animação, 12?, RJ), de Diogo Viegas. Ao trocar seu burro por uma "macaxeira mágica", Josué descobre que não são apenas feijões que podem nos proporcionar uma aventura fantástica.
Prêmio: Melhor Júri Popular Filme
 
- Chapa (Ficção, 15?, SP), de Thiago Ricarte. Antônio, um trabalhador informal de beira de estrada, quebra a rotina de serviço para esperar a visita da filha.
Prêmio: Menção Honrosa
 
- A Ilha (Animação, 9?47", DF), de Alê Camargo. Edu fica ilhado em uma metrópole. O filme aborda de maneira bem humorada as dificuldades de se viver em uma cidade grande.
Prêmio: Júri Popular Festivalzinho
 
- Ernesto no País do Futebol (Ficção, 14?, SP), de André Queiroz e Thaís Bologna. Em ano de Copa do Mundo, o que poderia ser pior para um garoto argentino do que morar no Brasil?
Prêmios: Menção Honrosa e Prêmio Porta Curtas
 
- Meninos (Documentário, 16?, ES), de Ursula Dart. Um dia na vida de um menino de 9 anos.
Prêmio: Menção Honrosa
 
- Samba de Quadra (Documentário, 17?, SP), de Gustavo Mello e Luiz Ferraz. A memória do samba caipira paulista sobrevive na cidade de Quadra, alimentada por reencontros de sambadores com seus antigos companheiros.
Prêmio: Melhor Produção
 
- Ao Vivo (Ficção, 16?54", SP), de Peppe Siffredi e Antonio Guerino. Sofia sonhava em ser famosa. Uma noite ela foge de casa em busca do estrelato, mas é selecionada por um reality-show que irá transmitir os seus sonhos ao vivo.
Prêmio: Melhor Direção de Arte
 
- Fractais Sertanejos (Documentário, 19?, CE), de Heraldo Cavalcanti. Um operário da construção civil torna-se artista ao sair do coma, esculpindo obras abstratas que denomina "TudoeNada", semelhantes aos fractais estudados na física e na matemática do caos.
Prêmio: Melhor Filme Documentário e Prêmio Jangada
 
- O Anão que Virou Gigante (Animação, 10?, RJ), de Marão. A improvável - todavia autêntica - história do anão que virou gigante.
Prêmio: Melhor Animação
 
- O Divino, De Repente (Animação, 6?20", SP), de Fábio Yamaji. Ubiraci Crispim de Freitas, personagem real conhecido por Divino, canta repentes e conta sua vida neste documentário animado com ficção experimental.
Prêmio: Melhor Trilha Sonora
 
- Rosa e Benjamin (Ficção, 15?, SP), de Cléber Eduardo e Ilana Feldman. Um casal de muitos anos em uma casa no Jabaquara. Um novo vizinho, desconfiança, notícias de um prédio novo, acidente na vizinhança. O casal na casa e a casa na cidade.
Prêmio: Melhor Roteiro
 
- Olhos de Ressaca (Documentário, 20?, RJ), de Petra Costa. Vera e Gabriel, um casal de idosos, divagam sobre sua própria história. Imagens de arquivo familiar se confundem com imagens do presente, sugerindo um diário pessoal e onírico acerca do amor e da morte.
Prêmio: Melhor Montagem
 
VÍDEOS PREMIADOS
 
- Ensaio de Cinema (Ficção, 16'20", RJ), de Allan Ribeiro. Ele dizia que o filme começava com uma câmera muito suave, com um zoom muito delicado, e avançava em busca de Barbot.
Prêmio: Melhor Vídeo Ficção
 
- JLG/PG (Documentário, 8'6", SP), de Paolo Gregori. Uma jornada de 20.000 km em busca do mestre do cinema e a decepção do encontro.
Prêmio: Melhor Vídeo Documentário
 
- Dois Mundos (Documentário, 15', RJ), de Thereza Jessouroun. Para os surdos, há o mundo do silêncio e o mundo sonoro. Mediante o implante coclear ou aparelhos auditivos, alguns vivem em trânsito entre esses dois mundos.
Prêmio: Melhor Vídeo Documentário
 
- O Homem Bifurcado (Documentário, 17', CE), de Hugo Pierot, Márcio Araújo e Glaucia Barbosa. Ensaio documental que aborda as diversas visões sobre a vida e a obra do escritor cearense José Alcides Pinto.
Prêmio: Pesquisa de Linguagem
 
- Você Vai Morrer (Videoclipe, 2'56", ES), de Chico Cuíca, Keka e Raul Chequer. O videoclipe da banda Chico Cuíca Sound System narra as aventuras de dois jovens rockeiros que desdenham da morte em um velho cemitério.
Prêmio: Melhor Videoclipe
 
- Tsõ?rehipãri, Sangradouro (Documentário, 30', PE), de Divino Tserewahú, Tiago Campos Tôrres e Amandine Goisbault. Em 1957, depois de séculos de resistência, um grupo Xavante se entrega à missão Salesiana de Sangradouro. Rodeados de soja, eles mostram suas preocupações atuais.
Prêmio: Menção Honrosa
 
- Sweet Karolynne (Documentário, 15', PB), de Ana Bárbara Ramos. Nem Elvis, nem Jarbas morreram. É tudo uma grande invenção.
Prêmio: Prêmio Júri Popular
 
- A Casa dos Mortos (Documentário, 24', DF), de Debora Diniz. Bubu é um poeta com doze internações em manicômios judiciários. O poema "A Casa dos Mortos" foi escrito durante as filmagens do documentário e desvelou as mortes esquecidas dos manicômios judiciários.
Prêmio: Menção Honrosa
 
- Sangre (Videoarte, 3', MG), de Cris Ventura. Mariana Ventura tem 10 meses, um vestido branco e morangos. Sangrar para a mulher não é esvaecer-se, é necessário e vital.
Prêmio: Melhor Vídeoarte

Mais Informações:
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