14/11/2012 14h43 - Atualizado em
05/01/2017 14h38
Seminário sobre patrimônio reúne moradores de Conceição da Barra
Moradores, membros das comunidades tradicionais do município e autoridades locais de Conceição da Barra, no norte do Estado, se reuniram, nesse sábado (10/11) para participar do Seminário Patrimônio Cultural e Riscos, realizado pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult), em parceria com o Instituto Sincades. O evento contou com palestras de especialistas e pesquisadores que discutiram com os presentes os diversos aspectos da gestão e da preservação dos patrimônios históricos, no caso, do Conjunto Histórico Nossa Senhora da Conceição, no Centro da cidade.
Na abertura do Seminário, a subsecretária de Estado de Patrimônio Cultural, Joelma Consuêlo, destacou a importância da comunidade na preservação do patrimônio histórico e, especificamente sobre Conceição da Barra, do Conjunto Histórico Nossa Senhora da Conceição. "O conjunto arquitetônico de Conceição da Barra é expressivo e muito importante para o Espírito Santo, por isso foi tombado como patrimônio histórico estadual", ressaltou Joelma.
O Conjunto Histórico Nossa Senhora da Conceição foi tombado recentemente e, por isso, muitos moradores ainda tinham dúvidas sobre os impactos em sua rotina. A arquiteta e urbanista, Viviane Pimentel explica que o tombamento não significa parar o sítio histórico no tempo. "O tombamento é o reconhecimento de um diferencial, de um patrimônio, que só existe ali. Mas, ao mesmo tempo que esse patrimônio precisa ser preservado, podem haver adaptações à nova realidade, utilizando as estruturas históricas para a realidade contemporânea", explica.
Mas a importância histórica e cultural de Conceição da Barra não se restringe ao conjunto recentemente tombado. As Dunas de Itaúnas e as comunidades tradicionais locais também têm grande valor para o patrimônio capixaba e correm riscos. O material histórico que está dentro do Parque de Itaúnas, por exemplo, corre um grande risco. Segundo Henrique Valadares, arqueólogo do Instituto Ecos, é possível encontrar nas dunas materiais de diversos períodos históricos, mas a movimentação das dunas provoca a mistura das peças. "Preservar a duna é preservar o meio ambiente e, também, o patrimônio histórico. E para isso, é necessária a revegetação de algumas áreas", alerta.As ameaças ao meio ambiente afetam, também, outro patrimônio local, que são as comunidades tradicionais, especialmente os quilombolas. "A destruição do meio ambiente está destruindo a cultura das comunidades tradicionais, que sempre interagiram de forma sustentável com o ambiente", disse Simone Raquel Batista Ferreira, geóloga e professora da Universidade Federal do Espírito Santo.
PRÓXIMOS SEMINÁRIOS:
Sítio Histórico de São Mateus
Data: 24 de novembro de 2012
Local: Sítio Histórico Porto de São Mateus
Horário: das 8 às 17 horas
Sítio Histórico de Santa Leopoldina
Data: 01 de dezembro de 2012
Local: CRAS - Centro de Referência em Assistência Social - Rua Prefeito Hélio Rocha, nº 1.110 - Centro - Santa Leopoldina
Horário: das 8 às 17 horas
Sítio Histórico de Muqui
Data: 08 de dezembro de 2012
Local: Salão Paroquial da Matriz São João Batista - Muqui
Horário: das 8 às 17 horas
Sítio Histórico de São Pedro do Itabapoana
Data: 09 de dezembro de 2012
Local: Casa de Câmara e Cadeia - Clube Recreativo de São Pedro do Itabapoana - Mimoso do Sul
Horário: das 8 às 17 horas
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