20/08/2013 06h23 - Atualizado em 05/01/2017 14h36

Secult inicia elaboração do inventário participativo do acervo do Museu Virgínia Tamanini

 
Em conjunto com os moradores do Distrito de Itapina, em Colatina, está sendo elaborado um inventário participativo do acervo do Museu Histórico Municipal Virgínia Tamanini. Além de objetos históricos, o espaço preservará a memória da população, por meio de áudio, vídeo e textos. O projeto é resultado da parceria entre a Secretaria de Estado da Cultura (Secult), a Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer de Colatina, a Escola Estadual Antônio Eugênio Rosa, a Escola Municipal Maria Ortiz e a Faculdade Castelo Branco (Funcab).
 
A primeira etapa da Oficina de Inventário Participativo foi realizada no último final de semana, a fim de preparar a exposição de abertura do museu, com as primeiras visitas aos moradores da região, cuja participação é importante para definir os objetos a serem doados ou emprestados ao museu e, ainda, identificar os que têm interesse em dar entrevistas, a fim de se criar uma coleção de memória oral para o espaço.
 
Na sexta-feira (16), o gerente de Memória e Patrimônio da Secult, Jefferson Gonçalves, a museóloga Paula Nunes da Costa e João Bispo Jr, coordenador do Ponto de Memória da Grande São Pedro, foram à Faculdade Castelo Branco (Funcab), em Colatina, para conversar sobre a parceria para desenvolver o projeto. A coordenadora dos cursos de História e Geografia, Arleida Lemk Tesch, disse que a faculdade está disposta a investir no projeto como extensão universitária, apresentou uma seleção de alunos dos dois cursos interessados em participar e disse que um professor está sendo escolhido para coordenar e supervisionar os estudantes.
 
Ainda na sexta-feira, houve uma reunião com os alunos para apresentar o projeto, destacando a importância do museu para Itapina, além de esclarecer dúvidas sobre o inventário participativo e a metodologia da pesquisa de campo.
 
Encontro

No dia seguinte, os alunos da Funcab foram recebidos na Escola Maria Ortiz, em Itapina, com presença também de estudantes dos ensinos médio e fundamental, além do líder comunitário, João Binda. Na ocasião, foi apresentado o planejamento de quatro encontros ao longo de quatro meses, sendo o último para montagem da exposição e abertura do museu. Nesse encontro, discutiu-se sobre o preenchimento da ficha-teste, preenchida pelos moradores durante as visitas.
 
Jefferson Gonçalves falou ainda sobre a importância do envolvimento da população nesse processo e a atenção que os estudantes devem ter durante o diálogo, para que toda informação potencial seja anotada, reforçando o papel do aspecto imaterial do museu.
 
Seis grupos de trabalho foram organizados e, durante duas horas, circularam por Itapina, fotografando e conversando com a população. "O clima era de descontração e todos estavam empolgados com as novidades. Alguns moradores foram visitados por mais de um grupo, por serem pessoas da comunidade já conhecidas pelos estudantes locais como potenciais entrevistados", contou Paula Nunes.
 
Os trabalhos de sábado foram encerrados com um almoço na escola, preparado por uma moradora do distrito, e os alunos falaram sobre a primeira experiência, as informações levantadas e mostraram as fotografias.
 
No domingo (18), houve uma avaliação do trabalho com os estudantes, abordando as visitas e os resultados obtidos. Um ponto positivo foi a interação entre os alunos da Funcab e os das escolas de Itapina, que trabalharão juntos nas próximas visitas, marcadas para dois finais de semana - nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, e 14 e 15 de setembro.
 
O que é?

Um inventário é a descrição detalhada do material que vai compor o acervo do museu. Ele é participativo porque o preenchimento das fichas está sendo feito pelos próprios moradores, por meio das visitas dos grupos de trabalho. Assim, é possível ter noção dos objetos que poderão ser doados ou emprestados ao espaço, bem como identificar os moradores dispostos a dar entrevistas para se criar uma coleção de memória oral para o museu - audiovisual ou escrita.
 
O espaço

O museu ocupará a antiga residência da escritora e dramaturga Virgínia Gasparini Tamanini (1897-1990), que viveu em Itapina entre 1926 e 1949, quando a localidade viveu seu apogeu econômico. O primeiro pavimento do casarão terá função multiuso e será destinado a atividades artístico-culturais, funcionando como instrumento de difusão cultural local e regional. Já o segundo pavimento deverá funcionar como espaço de memória dedicado à Virgínia.
 
Realizada pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult), a criação do novo museu faz parte do Programa de Preservação e Revitalização do Patrimônio Cultural
 
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