20/05/2013 06h54 - Atualizado em 05/01/2017 14h37

Museu do Colono realiza programação voltada para professores de Santa Leopoldina

 
Criados a cerca de duzentos anos, os museus deixaram de ser apenas "um lugar para guardar coisas velhas" e buscam, cada vez mais, estar integrados com a comunidade em seu entorno. A partir dessa perspectiva, nessa sexta-feira (17), o Museu do Colono, localizado em Santa Leopoldina, promoveu uma programação com o objetivo de discutir os usos e funções da própria instituição. Voltada para professores da rede pública de ensino, a ação também fez parte da 11ª Semana Nacional dos Museus e contou com a parceria da Secretaria Municipal de Educação de Santa Leopoldina.

Os participantes assistiram a uma palestra sobre a história e a importância dos museus conduzida pela museóloga da Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo (Secult), Paula Nunes Costa. Na apresentação, o público pode conhecer brevemente a trajetória histórica dos espaços museológicos no ocidente até os dias atuais e saber um pouco mais sobre os vários tipos de museus existentes. 

Após a palestra, foi aberto um momento para os professores presentes apresentarem sugestões de uso para o Museu do Colono e de formas de aproximação da instituição com a escola. Segundo Paula Nunes, a participação da comunidade é fundamental para construir estratégias e definir ações que potencializem a função desses espaços de memória. "Os museus devem ser espaços vivos e que precisam estar, permanentemente, dialogando com a comunidade em seu entorno a fim de que o seu acervo tenha relevância e tenha, de fato, um sentido sócio-cultural", explica Paula Nunes.

Na sequência, os professores participaram de um bate-papo com os integrantes do Coletivo Monográfico, grupo que, atualmente, está com a exposição "Engenharia Naval em Papel" em cartaz no Museu do Colono. A mostra é composta por dobraduras de papel colorido em formato de barco dispostos de modo a conectar frases sobre embarcações extraídas da literatura e da música pelo historiador Lellison Souza. A proposta da instalação de barquinhos é reacender conteúdos referentes à história da cidade e aos modos pessoais de habitar o mundo


Por fim, os professores foram conduzidos para uma visita guiada ao Museu do Colono. Presente na atividade, a professora Marilene Maria do Carmo Leppaus conta que faz quase 20 anos que não frequentava o espaço. "Precisamos estimular o interesse dos professores pelo museu da cidade. Conhecer o acervo e a história desse espaço é também uma forma de valorizar a história e a cultura do município. Temos que acordar para essa questão a fim de trabalhamos esses conteúdos em sala de aula", diz a professora.

Realizada de 13 a 19 de maio e promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), a 11ª Semana Nacional dos Museus traz como tema Museus (Memória + Criatividade) = Mudança Social. Este ano participam um total de 1.252 instituições com 3.911 atividades em 535 municípios de todo o país - incluindo o Distrito Federal. 

Sobre o Museu

Designado como Museu do Imigrante até 1973, o Museu do Colono foi inaugurado há 44 anos. O casarão abrigou a família Holzmeister, uma das pioneiras na formação de Santa Leopoldina até 1969, quando foi adquirido pelo Governo do Estado. Tombado como patrimônio histórico em agosto de 1983, o imóvel é um elemento de grande importância turístico-cultural para o município e para o Espírito Santo. Trata-se de repositório histórico de como vivia o imigrante europeu abastado, reproduzindo o ambiente residencial da família Holzmeister. 

Um dos espaços culturais da Secult, o museu-casa mantém aberto para visitação um acervo heterogêneo, composto de mobiliário, peças de cristal e porcelana, utensílios, objetos decorativos, obras de arte, livros e documentos particulares como escrituras, cartas, bilhetes, cartões, em sua maioria adquiridos em viagens de membros da família Holzmeister ao exterior. 

Durante a prospecção realizada para a restauração do prédio, os técnicos encontraram pinturas que possivelmente datam do final do século XIX, época que os seus primeiros proprietários ainda moravam no local. As pinturas são de tonalidades e formatos variados, com motivos geométricos, arabescos, frutos e florais. Estão espalhadas pelos oito cômodos do andar superior, no quarto do barão, na sala de jantar, no salão nobre, na biblioteca, nos quartos, no oratório e na escadaria de acesso.

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