13/05/2009 12h45 - Atualizado em
05/01/2017 14h23
Exposição internacional marca inauguração do Salão Afonso Brás, no Palácio Anchieta
Thiago Guimarães
Novo salão no Palácio Anchieta
Localizado no primeiro pavimento, o novo salão é mais um resultado da obra de restauro do prédio, iniciada em 2004, e que deve ser concluída ainda este ano. A idéia é transformar o espaço, de 630 metros quadrados, em uma sala de exposições temporárias.
No passado, o local abrigava a Igreja de São Tiago, que, juntamente com a residência e o Colégio dos Jesuítas, ofereceu a base construtiva do atual Palácio Anchieta. Esse conjunto jesuítico teve sua construção iniciada na segunda metade do século XVI.
Durante restauração do Salão Afonso Brás, prospecções arqueológicas encontraram numa parede lateral da construção vestígios da antiga igreja. Segundo especialistas, trata-se do esgrafito, uma técnica de afresco de origem árabe disseminada na Europa a partir do século XIV. O esgrafito é raro no Brasil.
O nome escolhido para o Salão é uma homenagem a Afonso Brás, um sacerdote jesuíta português, considerado um dos fundadores de São Paulo.
O padre foi enviado ao Brasil em 1550, e esteve inicialmente na Capitania do Espírito Santo. A antiga Igreja de São Tiago foi construída em 1551, sob as ordens de Afonso Brás.
Novo conceito de ocupação
Esta é a primeira restauração do Palácio Anchieta, após grandes obras de reconstrução do conjunto jesuítico, ocorridas na primeira metade do século XX, nos governos de Jerônimo Monteiro e João Punaro Bley. Após o término das obras de restauro, o Palácio Anchieta será aberto à visitação pública, constituindo-se em novo tempo para a casa governamental.
Diferentemente das reconstruções e reformas, que buscam adaptar prédios a novas funções e usos, a restauração visa a garantir longevidade às edificações, respeitando-se seus valores simbólicos e culturais. Ou seja, o objetivo é revitalizar o edifício, promovendo a valorização de elementos que resgatem a historicidade do prédio, ocultada durante décadas por sucessivas reformas.
Neste contexto, os trabalhos de pesquisa arqueológica vêm identificando uma série de vestígios que colaboram para valorizar o edifício em sua instância histórica, permitindo, por meio dos achados, uma nova leitura dos usos do Palácio através do tempo.
Larissa Ventorim
Salão Negro
No térreo e no primeiro pavimento, haverá diversas salas e equipamentos de uso coletivo dedicadas à história do prédio, à trajetória capixaba e às potencialidades do Espírito Santo, entre outros. A restauração do Palácio tem o patrocínio da Vale e da Petrobras.
Descobertas
No decorrer dos trabalhos, que envolvem prospecções arquitetônicas e escavações, foram descobertos inúmeros vestígios relevantes para a história do prédio, além do já citado esgrafito da nave lateral da antiga igreja, que poderá ser visto durante a exposição, tais como:
- Fundações do colégio jesuítico - vestígios de alicerces da ala mais antiga do edifício, apresentando a compartimentação interna do século XVI;
- Poço d'água do pátio central - construído pelos jesuítas, sofreu alterações ao longo dos séculos. Informações preliminares indicam que funcionou até 1905;
- Altar-mor - cômodo remanescente da igreja jesuítica, onde a lápide do túmulo do Padre Anchieta é mantida exposta, e onde também foram identificados vestígios construtivos da capela primitiva; e
- Configuração primitiva do pátio central - arcadas e paredes originais que conformavam os limites do pátio primitivo foram evidenciadas, permitindo o registro do sistema construtivo e configuração deste espaço à época dos jesuítas.
Leonardo da Vinci
divulgação
Homem Vitruviano
As réplicas dos inventos de Leonardo da Vinci foram reproduzidas cuidadosamente pela empresa italiana Contemporanea Progetti, por meio do uso de ferramentas e materiais, como madeira, bronze, algodão e corda, autênticos do período em que Leonardo viveu.
As reproduções levaram 18 anos para serem montadas e representam as aspirações de Da Vinci para projetos nas áreas da aviação, automação, armas militares, engenharia e mecânica.
Os modelos são organizados de acordo com os temas que fascinavam Da Vinci: o voo, a navegação, a guerra, a mecânica e a hidráulica. E são acompanhados por painéis cenográficos que mostram os desenhos de Leonardo, acompanhados por um texto explicativo.
Interação
Dez apresentações interativas poderão ser manuseadas pelo público, permitindo ao visitante ter uma fácil interpretação e compreensão dos princípios científicos. Os curadores da mostra são os professores italianos Eugenio Martera e Patrizia Pietrogrande.
A mostra, que já foi vista por um público de 50 milhões de pessoas na Europa, Ásia, Oceania e América, passando por países como França, Rússia, Estados Unidos, México, Chile e Bolívia, veio de Florença, na Itália, onde foi exposta pela última vez antes de chegar ao Brasil, em 2008.
No País, a exposição já foi visitada por mais de 1,2 milhão de pessoas em 13 cidades, incluindo capitais como São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Salvador (BA), Fortaleza (CE). Está atualmente em Goiânia (GO), de onde seguirá para Vitória.
A exposição é uma iniciativa da Prefeitura Municipal de Vitória, do Centro Educacional Leonardo da Vinci e do Instituto de Ação Social e Cultural Sincades, com apoio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult). A realização é da Oscip Museu a Céu Aberto. O projeto é da Premium Marketing Promocional.
Serviço:
Exposição "Por Dentro da Mente de Leonardo da Vinci"
- Período: 13/05/09 a 21/06/09
- Local: Salão Afonso Brás, no Palácio Anchieta
Visitação: de terça a sexta, de 10 às 18 horas. Sábados, domingos e feriados, de 12 às 18 horas.
- Entrada gratuita
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação/Secult
Larissa Ventorim
( 27) 3345 9273 / (27) 9902 1627
comunicacao@secult.es.gov.br
Aldeia Comunicação Corporativa
(27) 3215-1010
Álvaro Vargas - (27) 9316-9831
Fabricia Borges - (27) 9986-4755