11/11/2013 12h59 - Atualizado em 05/01/2017 14h45

Attilio Colnago realiza aula sobre conservação de acervos de arte no Maes

Professor e restaurador do Núcleo de Conservação e Restauração do Centro de Artes da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), o artista plástico Attilio Colnago Filho participou, na manhã desta segunda-feira (11), do segundo encontro de um curso interno de capacitação voltado para a formação em conservação de acervos de artes, com funcionários da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e estudantes da universidade. 

O curso é realizado, semanalmente, no auditório do Museu de Arte do Espírito Santo (Maes), em parceria com o núcleo da Ufes, com o objetivo de ampliar a capacitação técnica dos profissionais que trabalham em espaços museológicos e galerias do Estado, sobretudo quanto à conservação de seus acervos.

Na aula desta segunda (11), Attilio apresentou um breve histórico acerca da conservação, falando sobre como a pintura começou a se organizar, desde a pré-história, nas paredes das cavernas, e o modo como evoluiu com o tempo. A partir daí, o professor tratou sobre os mais diversos tipos de materiais utilizados em obras de arte como pintura e escultura.

Entre os problemas apontados por ele, estão a utilização de suportes inadequados, tintas de má qualidade e materiais incompatíveis na produção de uma obra de arte. Quanto às más condições de conservação, ele citou problemas como variação de umidade, iluminação inadequada, vibrações, poluição do ar, acúmulo de poeira, proliferação de insetos, fungos e bactérias como fatores graves. 

Attílio abordou ainda riscos de acidente e de atos de vandalismo, apresentando casos de museus nacionais e também locais. Entre os exemplos, mostrou algumas esculturas pichadas e a destruição da cabeça da estátua localizada no centro da fonte artificial no início da Escadaria Bárbara Lindenberg, que dá acesso ao Palácio Anchieta. A escultura, datada de 1912, foi destruída durante a onda de protestos no mês de julho de 2013.

A luz também foi apresentada com um forte fator ligado à deterioração das obras de arte, devido à foto-oxidação. Nesse caso, a radiação da luz reage e altera os materiais orgânicos utilizados nas obras, causando, por exemplo, esmaecimento das cores, destruição das fibras de celulose ou amarelecimento dos vernizes. Nesses casos, alguns cuidados fundamentais são, entre outras ações, manter os objetos afastados de janelas e portas, bem como de lâmpadas fluorescentes e incandescentes.

Outro tópico importante do curso chamou a atenção dos participantes para a importância de ações preventivas como conhecer o tipo de acervo, ter cuidado com o modo de embalar e transportar esse acervo, realizar monitoramento e controle ambiental, além de criar estratégias de conservação e planos de segurança (neste caso, a fim de se evitar risco de acidentes como incêndios).

Outras três aulas ainda serão realizadas dentro da programação do curso, nas próximas segundas-feiras. A seguinte será sob orientação da professora Gilca Flores de Medeiros, coordenadora do Núcleo de Conservação e Restauração do Centro de Artes da Ufes.

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