08/06/2022 13h35 - Atualizado em 08/06/2022 13h37

Trabalho realizado com apoio do Funcultura é selecionado para Bienal na Finlândia


Joana Quiroga vai apresentar o projeto “Fermento: do ar ao seu redor”, que já ocupou a Galeria Homero Massena em 2016. 

Uma obra que leva ao espectador, de uma forma poética, a capacidade de tornar visível aquilo que não se pode ver. Essa é a proposta do trabalho da artista Joana Quiroga, selecionada para participar da 8ª Bienal de Arte de Li, na Finlândia, que acontece de junho a julho deste ano. Como o tema da Bienal deste ano é “No ar”, a artista vai apresentar o projeto “Fermento: do ar ao seu redor”, que expôs na Galeria Homero Massena, na Capital Vitória, em 2016.

O projeto foi selecionado pelo Funcultura, no Edital de Ocupação na Galeria Homero Massena, em 2015, e trata da fermentação como uma metáfora sobre a possibilidade de geração de algo extraordinário, a partir de elementos simples. 

  Joana Quiroga disse que o projeto faz parte de uma pesquisa feita a partir do processo de fermentação selvagem para elaborar algumas ideias. “No caso da exposição na Galeria Homero Massena, foquei na noção do invisível”, destacou. Mas caso você não esteja familiarizado com a fermentação selvagem para pão, também conhecida como fermentação natural, a artista explicou que, para criar um fermento selvagem para pão, basicamente é misturar farinha de trigo e água e a deixa descansar.

“Em algum momento, os microrganismos que estão no ambiente e nos materiais que você utilizou vão contaminar essa mistura. E vai começar o que chamamos de apodrecimento. Mas se você der mais farinha e água e encontrar um equilíbrio entre deixá-la perecer e alimentar essa mistura, você obterá uma cultura estável de microrganismos que podem transformar água e farinha em pão para sempre, desde que você continue cuidando disso”, acrescentou Joana Quiroga.

No projeto da Galeria Homero Massena, a artista escolheu diferentes lugares da área urbana ao redor da Galeria para serem o local para a criação de um fermento, escolhendo principalmente locais mais periféricos com os quais ela já se relacionava. “Mais tarde, levei todos esses fermentos para o laboratório. Foi um processo longo e compartilhado, que por si só também trabalha outras ideias elaboradas no projeto. Por exemplo, quão limitado pode ser o que se percebe de algo, a complexidade e a potência que tem até a coisa mais mínima da vida, as sutis transformações que fazem as coisas se tornarem o que são e também como tudo isso é reflexo da forma como cuidamos”, pontuou. 

Joana Quiroga, que é filósofa de formação, também vai realizar durante a programação da Bienal de Arte de Li o experimento “Do ar ao seu redor”, em que vai criar com a população local um fermento com o ar do local, como um exercício de atenção, cuidado e discussão, propondo algumas leituras e a pesquisa atual que realiza. 

Entre os trabalhos selecionados para a Bienal, a instalação de Joana Quiroga para a Bienal na Finlândia será composta dos vídeos dos microorganismos dos fermentos criados no Banco Comunitário Verde Vida, em Vila Velha, e o Centro de Artesanato da Lagoa do Juara, na Serra, além do experimentos realizados na própria casa da artista, com um relatório microbiológico, feito em parceria com o Laboratório de Biotecnologia da Ufes. 



Você pode saber mais no site aqui: 
Joana Quiroga: Site: https://joanaquiroga.com

Perfil do Instagram: @iamajoq 

Art II Bienal 2022: https://artii.fi



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