05/02/2024 15h24 - Atualizado em 05/02/2024 15h26

Site da Associação de Salvaguarda do Patrimônio Imaterial Cachoeirense passa por expansão com recursos do Funcultura

Reunião com mestres da associação para apresentação das mudanças no site (Foto: Luan Volpato)

Lançado em março de 2023, o atual site da Associação de Salvaguarda do Patrimônio Imaterial Cachoeirense passa por um processo de ampliação de seu conteúdo. Além da elaboração dos perfis de mais de uma dezena de mestres, que antes não estavam disponíveis na plataforma, também então em construção históricos de dez dos grupos associados à entidade – uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos, com sede em Cachoeiro de Itapemirim.

Fonte de consulta para pesquisadores, estudantes e demais interessados em se aprofundar no patrimônio imaterial local, o site foi realizado inicialmente por meio da Lei Rubem Braga de Incentivo à Cultura, da Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim. Seu conteúdo reúne informações sobre os grupos associados e seus mestres, além de ações e produtos já lançados pela entidade, ao longo de mais de 20 anos de atuação, como livros, documentários, CDs, exposições e oficinas.

A expansão do projeto é realizada agora com recursos do Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo (Funcultura), por meio do Edital 08/2022 – Produção de Conteúdos Digitais, da Secretaria da Cultura (Secult). Além disso conta com apoio do Instituto Ádapo e do Studio Inovar Arquitetura.

Passada a etapa de pesquisas de campo, foi realizada no último sábado (03) uma oficina com a presença dos mestres da entidade, no Centro Operário e de Proteção Mútua. Nesse encontro, foi apresentado a eles o material já elaborado e a maneira como os novos perfis serão disponibilizados no site. O momento foi também de discussão de propostas para o aprimoramento dos conteúdos. 

“É importante observar que um município como Cachoeiro de Itapemirim possui uma vasta diversidade de manifestações da nossa cultura, e logicamente isso precisa se transformar em um conteúdo sistematizado e de acesso público e gratuito”, afirma o coordenador do projeto, Genildo Coelho Hautequestt Filho.

Integrante da equipe do projeto, o fotógrafo Luan Volpato acrescenta que a organização e a produção de materiais visuais e textuais sobre o patrimônio imaterial são quase ininterruptas, pois os grupos vinculados à associação são dinâmicos e com uma atuação crescente, cujo alcance e visibilidade se ampliam graças ao suporte digital.

Formação

A última edição do projeto Oficina de Formação de Caxambuzeiros aconteceu no sábado (03), no Quilombo Monte Alegre, em Cachoeiro de Itapemirim. Durante os seis meses em que foi realizada, a iniciativa possibilitou a transmissão prática dos saberes dos mais experientes às crianças e aos adolescentes da localidade.

Com início em agosto de 2023, os mais antigos se reuniram com os mais jovens, mensalmente, para transmitir os princípios do caxambu – expressão secular que conta com a formação de uma roda, canto de versos, danças e uso de tambores. Nesses encontros, contaram histórias, responderam a perguntas e fizeram demonstrações práticas.

Encerramento da Oficina de Formação de Caxambuzeiros, iniciado em agosto de 2023 (Foto: Luan Volpato)Encerramento da Oficina de Formação de Caxambuzeiros, iniciado em agosto de 2023 (Foto: Luan Volpato)

Dos avós aos netos, diferentes gerações conectaram-se e interagiram em rodas de caxambu, em torno dos cantos e da dança, e os mais jovens tiveram a oportunidade de praticar com os tambores, característicos dessa expressão popular.

“A meninada está de parabéns, porque todos demonstraram comprometimento com o caxambu e estão aprendendo cada vez mais nas rodas. Vi crianças até deixando de ir passear para participar das rodas da oficina. Isso significa que estão mesmo interessadas”, ressalta a mestra Maria Laurinda Adão, que comanda o Caxambu Santa Cruz, grupo local registrado como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Também no sábado foi dado início a um novo projeto – Escola de Caxambu –, cujo objetivo é promover oficinas de contação de histórias e transmitir os saberes no Quilombo Monte Alegre, visando à “reconstrução” das identidades quilombolas que foram se perdendo ao longo do tempo.

Ambos os projetos contam com recursos do Funcultura, da Secult. O primeiro foi contemplado no Edital 06/2022 – Patrimônio Cultural; já o segundo, no Edital 03/2022 – Valorização da Diversidade Cultural. Realizados pela Associação de Salvaguarda do Patrimônio Imaterial Cachoeirense, contam ainda com apoios do Instituto Ádapo e do Studio Inovar Arquitetura.



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