“Cineclubes Capixabas: Cartografando histórias” é o nome da oficina que será ministrada nesta terça-feira (26), às 19 horas, pelo professor Nathan Moretto, com a realização do Cineclube Itinerante Combiousa e a Secretaria da Cultura (Secult), com recursos do Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo (Funcultura). O local da formação é o Trapiche, espaço cultural localizado no Centro de Vitória. A participação é gratuita e não necessita de inscrição prévia.

Pedagogo, professor de Geografia e doutorando em Educação, o oficineiro Nathan Moretto pesquisa sobre prática cineclubista e educação, trazendo na oficina elementos para contribuir com a formação de cineclubistas atuantes ou pessoas interessadas no tema.

Durante a atividade, acontece também o lançamento do livro “Cineclubes Capixabas: Resistências para Adiar o Fim do Mundo”, fruto de pesquisa de Nathan Moretto, reunindo relatos de diversos cineclubes atuantes no Espírito Santo, mostrando o engajamento comunitário e a luta pela democratização do acesso ao cinema e ao audiovisual promovido por essas experiências. A obra está disponível para avenda em valor promocional no site da Editora Cousa, que lança o livro em parceria com a Editora Cigana.

Segundo Nathan Moretto, o livro é uma obra coletiva que fala um pouco sobre a importância dos cineclubes capixabas e a contribuição destes espaços para a formação cultural e cinematográfica no Espírito Santo. “Ao reunir os relatos, o objetivo foi valorizar a memória dos cineclubes e destacar o papel fundamental que eles desempenharam na democratização do acesso ao cinema, na promoção do pensamento crítico e na construção de uma comunidade engajada e reflexiva em torno do cinema”, diz o organizador.

Os relatos contidos no livro são do Cineclube Afoxé, Cineclube Colorado, Cineclube Ecosocial, Cineclube El Caracol, Cineclube Metrópolis, Cineclube Montanha Sagrada, Cineclube Nome Provisório e Cineclube Valente, oriundos de municípios da Região Metropolitana e interior do Estado, trazendo experiências distintas, desde a organização em escolas, universidades, bairros ou comunidades rurais, além de diferentes temáticas ou motivações.

Ao todo, a obra reúne relatos de oito cineclubes capixabas. “Eles desafiam o cinema convencional e abrem espaço para filmes que fogem do padrão imposto. Então cada página do livro é um convite ao encontro comunitário em que arte e educação se fundem”, destaca Moretto.

O título da obra traz como inspiração o pensador indígena Ailton Krenak, que afirma que nosso tempo é especialista em ausências, quando se refere à vida contemporânea. Mas apesar disso, também há quem provoque e promova encantamentos. “Esse livro é a celebração poética da resistência e da alegria de viver junto”, afirma Moretto.

“Num tempo em que se fabricam ausências, os cineclubes capixabas emergem como constelações de esperanças, onde dança, canto e histórias se entrelaçam para criar novos mundos”, complementa o docente.

Serviço:

Oficina “Cineclubes Capixabas: Cartografando histórias”

Quando: Terça-feira, 26 de novembro, 19 horas

Onde: Trapiche - Rua Gama Rosa, 236, Centro de Vitória (ES)

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