LICC: Moqueca Pop investiu em formação e oportunidade a pessoas de áreas periféricas, negras e LGBTQIAPN+
Realizado no último sábado (15), em Cachoeiro de Itapemirim, o festival Moqueca Pop proporcionou a artesãs locais um novo espaço para apresentarem seus trabalhos, ganhando visibilidade. Paralelamente, possibilitou a jovens interessados em produção cultural uma oportunidade de formação e experiência.
Com o objetivo de impulsionar a economia criativa local, entre maio e julho, a equipe do festival promoveu ações de responsabilidade social, dando prioridade a moradores de regiões atendidas pelo programa Estado Presente em Defesa da Vida, do Governo do Estado.
O festival contou com patrocínio da ES Gás, viabilizado pela Lei de Incentivo à Cultura Capixaba (LICC), da Secretaria da Cultura (Secult).
Pensado inicialmente para atender a cinco artesãs, o programa Moqueca Boxes ampliou as vagas e recebeu oito mulheres – tendo entre seus critérios de seleção a valorização da diversidade. Todas puderam expor e comercializar suas produções durante o festival.
Andressa Luciano, artesã (Foto: Marlon Araújo) “Ter sido selecionada para o festival foi maravilhoso, porque nós, mulheres negras, estamos conquistando esses espaços na marra. O Moqueca Pop nos deu mais visibilidade. Eu nunca tinha participado de um evento tão organizado e estruturado como esse”, afirma Andressa Luciano, artesã da Moça Prendada.
Foram mais de 40 inscrições a partir de um chamamento público aberto em maio, e todas as mulheres atendidas pela iniciativa são moradoras de áreas periféricas, negras e LGBTQIAPN+.
Selecionada pelo chamamento Moqueca Jobs, a quilombola Thalita Adão Afonso, de 19 anos, participou do Moqueca Pop como uma das bolsistas selecionadas pela formação oferecida pelo festival. Segundo ela, essa experiência marcou o início de uma nova fase em sua vida.
“Foi uma experiência incrível. A comunidade precisa de mais iniciativas assim, capazes de proporcionar oportunidades para todos. Fiquei muito feliz por ter sido selecionada para ganhar a bolsa. Além de ter sido muito positivo, abriu novas portas para mim”, ressalta.
Por meio do Moqueca Jobs, mais de 30 jovens puderam participar de oficinas de produção cultural e de produção de eventos. Entre eles, foram selecionados nove participantes para trabalhar no festival e receber uma bolsa de incentivo no valor de R$ 2,9 mil.
Além disso, outros participantes da formação também foram contratados para atuar no festival em áreas diversas – como fotografia, vídeo, coordenação de camarim e assistência de produção, entre outras funções.
Ao todo, o projeto investiu cerca de R$ 70 mil na contratação de jovens empreendedores de até 29 anos, moradores de Cachoeiro e formalizados como microempreendedores individuais (MEI), sinalizando a importância da LICC no fortalecimento da economia criativa no interior.
Organizador do evento e responsável pela Jupter Produção Capixaba, Julio Cesar Pires afirma que o Moqueca Jobs se apresenta como uma alternativa para suprir a carência da oferta de cursos em produção cultural, a fim de inserir esses jovens no mercado de trabalho por meio da prática. “Os jovens saíram do Moqueca Jobs prontos para atuar no setor criativo, contratados ou com seus próprios empreendimentos”, observa.
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