07/12/2023 17h15

Funcultura: Museu Vivo da Barra do Jucu comemora aniversário de oito anos

O projeto resgata a memória do músico Francisco Firme, mais conhecido como Seu Chiquinho (Foto: Divulgação)

O Museu Vivo da Barra do Jucu está fazendo aniversário e a programação será recheada com muita música, lançamento e entrega de projetos e debates, nesta sexta-feira (08) e sábado (09). São oito anos de fundação dessa organização cultural sem fins lucrativos, criada pelos moradores do bairro com o intuito de incentivar a preservação das tradições culturais da comunidade. 

“Este é um momento para a celebração das conquistas desses anos todos e também de nos fortalecermos para os novos projetos da comunidade, que é celeiro cultural de Vila Velha”, afirma Ricardo Vereza, um dos coordenadores da organização.

Com o título “V Seminário comemorativo de Aniversário do Museu Vivo”, o evento tem início nesta sexta-feira (08), com o lançamento do projeto “Chora Barra – Encontro, memória e formação de chorinho da Barra do Jucu”, com apresentação do grupo Regional do Seu Chiquinho. O show contará com convidados especiais: Alexandre Araújo, no cavaco, Jorge Gabriel, no violão, e Edu do Pandeiro, no pandeiro.

No sábado (09), o evento acontece na Escola Tuffy Nader, a partir das 9h, com a entrega da primeira parte do projeto “Sagrada Ancestralidade” e do projeto “Inventário do Congo”. Além disso, acontece uma roda de conversa sobre fomento e leis de incentivo à cultura. O encerramento fica a cargo da banda de congo Raízes da Barra.

Homenagem

Uma conquista importante, a ser apresentada à comunidade, é o projeto “Chora Barra”. Segundo Ricardo Vereza, a iniciativa visa promover o ensino do chorinho, promover a formação de novos grupos e resgatar a memória de Francisco Firme, o Seu Chiquinho, que foi o mestre do choro da Barra do Jucu.

“A Barra do Jucu tem forte tradição de congo, mas o chorinho também marcou muito a comunidade, com o Regional do Chiquinho nos carnavais, nos bares e em muitos outros eventos. Nosso objetivo, além de resgatar a memória de Seu Chiquinho, é valorizar a diversidade cultural e musical com oficinas de formação e incentivo à formação de novos grupos”, ressalta Vereza.

Natural de São Rafael, Domingos Martins, filho de uma família de agricultores e músicos autodidatas, Seu Chiquinho foi um dos grandes nomes da chorinho capixaba. Na Barra do Jucu, onde morou por muitos anos, tocou desde a década de 1950. 

Além disso, criou um ritmo próprio de choro, batizado de “emboladinha”. Chiquinho foi reconhecido por muitos movimentos musicais e recebeu inúmeras homenagens, entre elas a do Circuito Nacional do Choro, em 2009.

Ao longo de sua trajetória, comandou inúmeras rodas de choro, bailes de casamentos, festas religiosas e carnavais. Em 2002, lançou um CD “Chico Experimental”. Com o Regional Francisco Firme, costumava dar canjas aos amantes do chorinho em terras capixabas. Faleceu em 24 de junho de 2010, aos 83 anos.

O projeto é realizado com recursos do Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo (Funcultura), da Secretaria da Cultura (Secult).

Museu

Tendo como lema “Saberes Populares, Caminhos do Amanhã”, o Museu Vivo da Barra do Jucu foi criado, em 2015, para preservar e incentivar as tradições culturais da comunidade. A organização surgiu de um movimento cultural chamado Culturada Viral, realizado por um grupo de moradores, a fim de ocupar espaços com uma agenda cultural, esportiva e ambiental, provocando o resgate do bucolismo local, valorizando e fortalecendo as expressões culturais de Vila Velha.

De acordo com Ricardo Vereza, muitos projetos foram realizados, a exemplo da Galeria Livre, com obras de artes pintadas nos muros por artistas renomados; o Ponto de Memória, que catalogou e publicou em site da entidade as principais expressões culturais e personagens que marcaram a história da Barra do Jucu; a Culturada Viral Virtual, no período da pandemia de Covid-19, que envolveu mais de 70 artistas e grupos artísticos; o Núcleo Produtivo, que resgatou a renda de bilro e deu origem ao Grupo Barra de Renda, que hoje reúne mais de 60 rendeiras.

Atualmente, realiza os projetos Sagrada Ancestralidade, que está mapeando as casas religiosas de matriz africana de Vila Velha, além do projeto Memória do Congo da Barra do Jucu. Ambos serão apresentados no sábado, na Escola Tuffy Nader.

 

Programação

08/12 (sexta-feira)

República da Barra, Av. Vasco Coutinho, 42, Barra do Jucu, Vila Velha

20h. Comemoração dos oito anos do Museu Vivo da Barra do Jucu:

  • Linha do tempo: vídeo institucional
  • Destaque dos principais projetos

21h. Lançamento do projeto “Chora Barra – Encontro, memória e formação de chorinho da Barra do Jucu”

  • Show com o grupo de chorinho Regional do Seu Chiquinho

09/12 (sábado)

Auditório da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Tufy Nader, Rua Antonio Fonseca, Barra do Jucu, Vila Velha

9h. Entrega da primeira etapa do projeto “Sagrada Ancestralidade”

9h30. Entrega do projeto “Memória do Congo da Barra do Jucu”

10h. Debate sobre fomento da cultura e linhas de financiamento

12h. Encerramento com banda de congo Raízes da Barra

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