A primeira edição da Festa Literária Internacional Capixaba (Flinc), com idealização e curadoria de Isabella Baltazar e patrocínio da Vale, superou todas as expectativas e se consolidou como um dos maiores eventos literários já realizados no Espírito Santo. Realizada entre os dias 10 e 12 de outubro de 2025, no Parque Cultural Casa do Governador, em Vila Velha, a Flinc atraiu mais de 12 mil pessoas, ultrapassando a estimativa inicial de 10 mil participantes e demonstrando o crescente interesse da população capixaba pela literatura, cultura e educação.

O sucesso do evento foi impulsionado por uma programação rica e diversa, com mais de 70 convidados entre autores, editores, ilustradores e profissionais do mercado editorial. Foram 32 livros lançados, promovendo tanto novos autores quanto nomes já reconhecidos da literatura nacional. A festa contou com a presença direta de 13 editoras, além de um catálogo ampliado reunido pela Domus Livraria, cujas vendas superaram as expectativas.

Entre os destaques da programação, estiveram nomes de grande relevância nacional e internacional, como: o renomado autor angolano Pepetela, ganhador do Prêmio Camões e autor de “Mayombe”; o ativista social e religioso Padre Júlio Lancellotti; a psicanalista Vera Iaconelli; a ativista indígena Geni Nuñez; o sambista, escritor e pesquisador da cultura afro-brasileira Nei Lopes; a premiada escritora Micheliny Verunschk; a escritora e pesquisadora Cidinha da Silva; a poeta Suely Bispo. As autoras Manoela Sawitzki, Andreone Medrado, Monique Malcher, Bernadette Lyra, Yasmin Santos e Olívia Pilar também marcaram presença. 

“A sensação que me preenche é a de que o que vislumbrávamos como objetivo para a Flinc – um verdadeiro lugar de encontro – foi não apenas bem-sucedido, mas plenamente realizado. Um projeto que nasce de uma escrita, de objetivos quase acadêmicos, mas que se materializa em sensações, sorrisos, toques e, acima de tudo, pessoas. Estou muito feliz e emocionada. Sinto-me pronta, animada, estimulada e, principalmente, encorajada por esse público maravilhoso. Tenho certeza de que nos encontraremos novamente em breve para muitas outras edições, tecendo juntos essa rede cultural que tanto nos fortalece", afirmou a curadora e idealizadora da Flinc, a doutora em Literatura Isabella Baltazar.

Inclusão, acessibilidade e experiências lúdicas

A Flinc também se destacou por seu compromisso com a inclusão e acessibilidade. Com espaços adaptados, programação educativa e o espaço TEA, voltado a pessoas autistas e seus acompanhantes, o festival garantiu uma experiência acolhedora para todos. Em comemoração ao Dia das Crianças, a Flinquinha ofereceu atividades lúdicas para incentivo à leitura desde a primeira infância. Já a Feira Gráfica valorizou artistas independentes e fortaleceu a cadeia produtiva do livro no Estado.

O Programa Educativo da festa foi um dos pilares da iniciativa, concebido como um projeto contínuo de formação, acesso e democratização da literatura. A participação de crianças e adolescentes das escolas públicas da Prefeitura Municipal de Vila Velha reforçou o compromisso com a formação de novos leitores. A escritora Kátia Fialho ministrou a oficina Palavra em Movimento, com entrega de certificados aos alunos no palco da Flinc. O programa também contou com uma ação prévia voltada a professores e bibliotecários da rede municipal, realizada em parceria com a Secretaria de Educação e a rede de bibliotecas escolares, sob mediação da secretária Eliana Terra, na Academia de Letras da cidade.

A Flinc tem o patrocínio da Vale. Conta com o apoio de A Gazeta e da TVE Espírito Santo. É uma realização conjunta da Letra Preta – Escrita e Imaginações, da Secretaria da Cultura do Espírito Santo (Secult), por meio do Parque Cultural Casa do Governador, do Sesc-ES, Ministério da Cultura e Governo Federal (MinC) por meio da Lei Rouanet - Incentivo a Projetos Culturais.

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