12/11/2025 13h38 - Atualizado em 12/11/2025 15h33

Exposição ‘E eu, mulher preta?’ chega ao Sul do Espírito Santo e realiza primeira mostra em comunidade quilombola no Mês da Consciência Negra

Dona Odete + Ana Luzes

A exposição itinerante “E eu, mulher preta?” segue abrindo caminhos pelo Espírito Santo. Depois de emocionar o público em Linhares, o projeto chega agora a Itapemirim, onde ocupa até 26 de novembro a Escola Estadual de Ensino Fundamental (EEEF) Graúna, na comunidade quilombola de mesmo nome, um marco simbólico, por acontecer justamente no Mês da Consciência Negra e pela primeira vez dentro de um território quilombola.

Além disso, na próxima terça-feira (18), às 13h, será realizada uma roda de conversa sobre “Fotografia e os Direitos Humanos das Mulheres”, com a ativista e mestre em educação Marilene Pereira e a pedagoga Thea Batista. A realização é do Instituto Parceiros do Bem, com apoio da Secretaria da Cultura (Secult).

A mostra apresenta 20 fotografias de 10 mulheres negras, clicadas pelas fotógrafas Ana Luzes, Luara Monteiro, Meuri Ribeiro, Taynara Barreto e Thais Gobbo. As imagens formam uma instalação de fácil circulação que transforma o espaço escolar em um território de diálogo visual e crítico sobre representatividade, empoderamento, direitos humanos e racismo estrutural.

“Estar em Graúna tem um significado muito especial. A exposição nasceu do desejo de ver mulheres negras ocupando espaços de visibilidade e reconhecimento. Poder apresentá-la em uma comunidade quilombola, neste mês de novembro, é um reencontro com nossas ancestralidades e uma celebração da resistência do nosso povo”, afirma Marilene Aparecida Pereira, idealizadora e coordenadora do projeto.

Além da exposição, o público participa de rodas de conversa que usam a fotografia como ponto de partida para refletir sobre temas urgentes. Entre elas, estão “A fotografia como ferramenta para o debate racial” e “Fotografia e os Direitos Humanos das Mulheres”, mediadas por convidadas que unem arte, educação e ativismo. O formato privilegia a escuta e o compartilhamento de experiências, estimulando o pensamento crítico e o protagonismo das mulheres negras.

O projeto nasceu em 2023, quando a primeira edição da mostra ficou 80 dias em cartaz na Galeria Homero Massena, em Vitória, recebendo milhares de visitantes. Desde então, consolidou-se como uma ação que alia estética e política: dar visibilidade às mulheres negras em suas múltiplas existências e narrativas.

“Queremos que as pessoas se vejam e se reconheçam nas imagens, e que levem para casa novas perguntas”, explica Marilene. Já Simone Marçal, presidente do Instituto Parceiros do Bem, reforça que “o projeto democratiza o acesso à arte ao mesmo tempo em que acende conversas indispensáveis sobre igualdade, dignidade e oportunidades para mulheres negras”.


Serviço
Exposição “E eu, mulher preta?”
Local: EEEF Graúna, comunidade de Graúna – Itapemirim (ES)
Período: até 26 de novembro
Entrada gratuita

Informações à Imprensa:

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