22/11/2019 05h44 - Atualizado em 27/11/2019 14h28

ES+ Criativo promove debate sobre design emocional


Encontro no Bandes traz debate sobre como o design potencializa espaços culturais.

Umas das atividades inovadoras do Programa ES + CRIATIVO, iniciativa da Secretaria da Cultura (Secult) que tem o objetivo de aumentar a renda de capixabas por meio de atividades criativas, são os hackathons. Palavra em inglês que mistura os termos hacker e maratona, o hackathon é uma dinâmica coletiva que propõe debates ligados ao setor cultural para que os participantes elaborem soluções para as diversas demandas do setor.

Um exemplo dessa ação foi o hackathon “Design Emocional na Concepção de Espaços Culturais”, que teve coordenação do designer e mestre em educação tecnológica, Rangel Salles de Almeida, e foi realizado, nessa quarta-feira (20), no Hub de Inovação Epicentro, localizado no Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), no Centro de Vitória.

No encontro, Rangel apresentou o conceito do design emocional como uma forma de potencializar um espaço cultural, utilizando pontos estratégicos na interação com o público. Este conceito auxilia tanto na comunicação quanto no próprio senso de pertencimento dos moradores e visitantes ao ambiente.

“O Design Emocional se entende como a utilização planejada das emoções de forma intencional e controlável diante de uma determinada situação ou até mesmo de produto. As sensações e as memória afetiva são elementos utilizados nesse processo”, enfatizou Salles.

Pertencimento

Em seguida, os participantes foram convidados para uma análise coletiva de seus públicos, incluindo as experiências que gostariam que os visitantes tivessem nos espaços, e elaboraram uma proposta inovadora alinhada com a perspectiva do Design Emocional.

Para a estilista e produtora cultural, Stael Magesck, a atividade não só aprimorou a estratégia de marketing para o seu espaço cultural como acrescentou valor e pertencimento coletivo. Ela coordena o Stael Magesck Centro Artístico, espaço criativo que existe há 12 anos no Centro de Vitória e que realiza eventos abertos de moda, arte, artesanato, design, literatura, gastronomia, entre outras atividades culturais.

“Eu aprendi que o meu local é um espaço contemporâneo não somente para servir a comunidade do Centro de Vitória, mas para integrar a própria comunidade. Outro detalhe é que aprendi a fazer uma autocrítica no que estou fazendo para em seguida projetar e formular estratégias para atrair o público de uma forma mais orgânica. Eu saí da atividade, por exemplo, elaborando uma campanha afetiva que vai comemorar os 12 anos do Stael Magesck Centro Artístico”, destaca.

De acordo com a museóloga da Secult, Paula Nunes Costa, aplicar os fundamentos do design emocional foi uma oportunidade de pensar na percepção do visitante em relação aos espaços da Secult como Galeria Homero Massena, Museu de Artes do Espírito Santo (MAES), Museu do Colono, entre outros, diante de suas exposições, na organização do acervo e no estímulo à memória afetiva nestes locais.

“A influência no hackathon foi um momento de reflexão que mostrou como a forma de preparo do espaço precisa ter foco no usuário, inclusive a partir de uma ação em conjunto pensada, especificamente na acolhida e nas relações de afeto possíveis de serem construídas no ambientes”, apontou.

 

Dicas para melhorar o design emocional do seu espaço cultural

Para Rangel Salles, se colocar na perspectiva de público perante o seu espaço cultural é fundamental para o aperfeiçoamento das ações no local. Para o pesquisador, cada ambiente tem características próprias e algumas perguntas básicas aprimoram os elementos utilizados dentro do Design Emocional.

Confira as questões apresentadas por Salles durante o Hackathon.

Como seria seu espaço cultural ideal?

Que tipos de experiências os espaços culturais deveriam proporcionar?

O que faria você se sentir à vontade nos espaços culturais?

Que tipo de inovação você faria em um espaço cultural

Como a população deveria ocupar os espaços culturais da sua cidade?

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