Editais da Secult ganham recursos de acessibilidade
Além da inclusão de pessoas com deficiência, a mudança nos editais atende às reivindicações dos setores culturais sobre simplificação de conteúdo.
A Secretaria da Cultura (Secult) adaptou o conteúdo dos Editais da Cultura para deixá-los mais inclusivos e acessíveis a todos os públicos. Além de possibilitar a inclusão de pessoas com deficiência, a mudança nos textos e no design dos Editais atende às reivindicações de diversos setores culturais e artísticos para a participação de um número maior de interessados. Com esta ação, o Espírito Santo é o segundo estado do País a utilizar esse recurso de acessibilidade na comunicação em editais de fomento à cultura, depois do Estado do Ceará.
Todo esse trabalho foi acompanhado por consultores com deficiência para validar as escolhas e fazer testes com os materiais. Entre as adaptações estão a escolha de layout (projeto gráfico) e a produção do material em meio digital. Nesse caso, o objetivo é possibilitar a boa leitura e permitir que o edital seja acessado com leitor de tela em qualquer dispositivo digital/software, por pessoas com deficiência visual.
Também houve um aumento no tamanho de fonte, além da organização do conteúdo de modo a facilitar a navegação pelo documento, e a escolha de cores e contraste adequados para possibilitar uma boa leitura por pessoas daltônicas. A simplificação dos textos dos editais manteve os procedimentos de inscrição e seleção, visando à transparência, acesso democrático, isonomia, impessoalidade e à igualdade de condições na avaliação e seleção.
Os consultores participaram da oficina de estruturação textual, uma capacitação que durou 20 horas, realizada por quase dois meses, incluindo aulas e exercícios. O trabalho de recursos em acessibilidade foi feito graças à pesquisa e a um esforço coletivo entre a Secult, o Laboratório de Inovação na Gestão (LAB.ges), da Secretaria de Gestão e Recursos Humanos (Seger), e a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), além do apoio de especialistas em acessibilidade textual e de design.
Para a escrita dos documentos, foram utilizadas como método as abordagens da Linguagem Simples e da Acessibilidade Textual e Terminológica (ATT) —, metodologias de comunicação para a produção de mensagens escritas em formato acessível.
Equipe
A oficina de estruturação textual foi ministrada pelas pesquisadoras da área de Linguística, as professoras Aline Evers, associada à Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), e Maria José Bocorny Finatto, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Para a etapa de Design Acessível, se juntaram à equipe os servidores da Secult, o designer gráfico Werllen Castro, responsável pelo projeto gráfico e a diagramação do modelo, além do designer Paulo Prot, durante a fase de pesquisa.
Atuaram também três pesquisadores na área de Acessibilidade na Comunicação: Eduardo Cardoso, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Felipe Vieira Monteiro, especialista nas temáticas voltadas às pessoas com deficiência visual, acessibilidade e audiodescrição; e o pesquisador Thiovane da Rosa Pereira, especialista em acessibilidade cromática.
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