19/12/2019 13h55 - Atualizado em 19/12/2019 14h52

Editais 2019: confira respostas para algumas dúvidas frequentes de artes visuais

Em oficinas específicas para artes visuais, a Galeria Homero Massena e o Maes tiraram dúvidas dos artistas que querem propor projetos.

A Secretaria da Cultura (Secult) ofereceu, nesta terça-feira (17), duas oficinas específicas para capacitar agentes culturais da área de Artes Visuais a escrever projetos. Nas oficinas gratuitas foram sanadas dúvidas sobre critérios e formatação de projetos nesses editais. A organização foi conjunta entre a Galeria Homero Massena e o Museu de Arte do Espírito Santo (Maes). Uma nova leva de oficinas específicas para dúvidas referentes a artes visuais nos editais está prevista para janeiro.

  A Galeria Homero Massena e o Maes são responsáveis pelo acompanhamento dos editais da cultura que contemplam as artes visuais. Nos editais 2019, as artes visuais estão todas no mesmo edital, o 034, que contempla projetos relativos à fotografia, performance, pesquisa, artes plásticas e outras, tanto para exposições quanto para circulação, registro, pesquisa e memória.

Leia os editais na íntegra aqui

A ideia das oficinas veio do coordenador de Artes Visuais da Galeria, Nicolas Soares, que reforça o caráter público dos editais. “Esses encontros abrem as possibilidades de entendimento do edital de uma forma bem estruturada”, defende. Além das oficinas de hoje, Soares também viajou pelo norte do Estado na semana passada ministrando oficinas em municípios do interior junto com a gerência do Fundo Estadual de Cultura (Funcultura).

A diretora do Maes, Ana Luiza Bringuente, entende que oferecer essas oficinas é uma maneira de ajudar a transformar a grande potência existente no Estado em projeto. “Queremos ajudar as pessoas para que a falta de experiência não seja um impedimento”, explicou Ana Luiza.

Casos e Dúvidas

Entre os presentes na oficina de capacitação, estava o performer colombiano Diego Pires. Como é morador do Espírito Santo há mais de dois anos, ele pode se inscrever nos editais desde que tenha Cadastro de Pessoa Física (CPF). Nos editais de Artes visuais, a comprovação de residência só é feita no ato de contratação. Para conseguir receber recursos, ele vai precisar comprovar a residência caso seu projeto seja aprovado nos editais.

  O designer Lucas Cypriano, de 29 anos, perguntou sobre a necessidade de um dossiê para a inscrição no edital setorial de artes. No edital, o dossiê está entre os documentos obrigatórios para a inscrição, e ele pode ser composto por arquivos do proponente do projeto e sua equipe, que comprovem a atuação dessas pessoas no campo da arte. Vale registro em jornal, fotografia, internet e outras publicações referentes aos últimos três anos.

Cypriano também levantou a questão da diferença entre uma proposta para a galeria Homero Massena e uma proposta para o Maes. Os coordenadores dos espaços, então falaram sobre o histórico dos dois locais, e deram a dica de se atentar para o conceito da exposição e como ela combina com um espaço ou outro.

Os espaços

O Museu de Arte do Espírito Santo e a Galeria Homero Massena são espaços de arte vinculados à Secult. A Homero já tem 42 anos de história, enquanto o Maes existe há 20 anos. Historicamente, a galeria acumula exposições inovadoras, abrindo as portas para artistas iniciantes e para a experimentação no campo da arte. Já o Museu tem um foco maior no trabalho de arte-educação e recebe exposições maiores. Os gestores dos espaços destacaram que ambos são plurais e abertos para a arte contemporânea, mas que é importante levar em conta a história e a poética da proposta na hora de escolher um ou outro para um projeto.

Na prática, isso significa que cada artista precisa entender como o próprio trabalho conversaria com o espaço na hora de propor um projeto. Inclusive porque a expografia (uma previsão desenhada de como utilizar o espaço que pode ser feita com fotografia, desenho, esquema ou num software especializado, por exemplo) está entre os documentos exigidos na inscrição.

Documentação

Várias questões sobre documentação foram levantadas nos dois horários. No texto do edital existe uma lista de documentos que são exigidos no ato da inscrição, e todos eles precisam ser colocados na plataforma online. Sem o preenchimento total dos formulários online, a inscrição não é possível.

Na plataforma é possível salvar rascunho, e cada campo contém uma breve explicação do que deve ser escrito ali. Alguns campos são complementares, como efeito multiplicador, contrapartida e público-alvo. Contudo, eles são diferentes entre si.

A contrapartida é o benefício que o projeto traz à sociedade, e pode ser obrigatória, se for exigida no edital, ou algo além que o projeto proponha. O efeito multiplicador é o potencial de alcance desse projeto. Por exemplo, se está prevista na contrapartida uma oficina para professores da rede pública, esses professores são multiplicadores do projeto. O efeito da contrapartida e do projeto em si, quando multiplica o acesso ou alguma ideia contida naquele projeto, é o efeito multiplicador.

O público alvo do projeto são as pessoas que se pretende atingir prioritariamente. É claro que, como os editais são feitos com recurso público, do Fundo Estadual de Cultura, pretende-se atingir o maior número possível de pessoas. Contudo, na hora de falar de público-alvo, é preciso especificar quem deve ser atingido prioritariamente: se crianças, adolescentes, adultos ou população de alguma cidade específica, por exemplo.

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