30/03/2023 17h13

Economia Criativa registra mais de 170 mil postos de trabalho no Espírito Santo

O Espírito Santo encerrou o ano de 2022 com 171 mil pessoas ocupadas em atividades ligadas à economia criativa. O número representa cerca de 9% do total de trabalhadores ocupados no Estado. O segmento reúne cultura, design, arquitetura, artesanato, comunicação, gastronomia, eventos, tecnologia da informação, entre outras especialidades profissionais.

Acesse o boletim aqui.

As informações fazem parte do Boletim Economia Criativa referente ao 4º trimestre de 2022, que foram apresentadas nesta quinta-feira (30), pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) em parceria com a Secretaria da Cultura (Secult). A publicação traz dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios - Contínua (PNAD-C), e acompanha o desempenho das principais variáveis do mercado de trabalho desse segmento no Espírito Santo e suas comparações com os demais estados e regiões do País.

“Essa parceria com o Instituto Jones dos Santos Neves, que produziu dados em torno da economia criativa, é de enorme importância para a Secult. A partir desses dados, podemos compreender melhor as demandas do setor e encaminhar nossas políticas públicas. Desde 2019, temos o programa de economia criativa, o ES+Criativo, com uma série de ações já realizadas e bons resultados. Este momento é uma ótima oportunidade para falarmos um pouco de nossas realizações e do que temos planejado para 2023”, explicou o secretário de Estado da Cultura, Fabricio Noronha.

O diretor-presidente do Instituto Jones dos Santos Neves, Pablo Lira, destacou o caráter inovador da publicação, que permite oferecer um panorama sobre as atividades relacionadas à Economia Criativa.

Essa publicação traz um rico diagnóstico das atividades ligadas à cultura, design, comunicação e tecnologia da informação, entre tantas outras que compõem o segmento. Estamos vivendo a era da inovação e a gente vê aqui no Estado um desempenho importante da economia criativa, especialmente nos segmentos das TICs, como a gamificação, o desenvolvimento de aplicativos e também soluções no campo das startups. São empresas que se originaram no Espírito Santo e estão fortalecendo o ecossistema da inovação trazendo resultados positivos na geração de emprego e renda”, pontuou.

Resultados

De acordo com a publicação, no quarto trimestre de 2022, 171 mil pessoas estavam ocupadas em atividades denominadas criativas no Espírito Santo. Isso representou um aumento de +5,4% em relação ao trimestre anterior. Na comparação interanual (quarto trimestre de 2021), houve variação negativa de 1%. Já a participação no total de pessoas ocupadas no Estado ficou em 8,6%, número próximo à média nacional, que é de 9,4%.

Em relação ao ranking de Unidades da Federação (UFs), o Espírito Santo apresentou o 10º maior percentual de trabalhadores ocupados nos setores criativos, ganhando nove colocações em relação ao trimestre anterior. O estado do Rio de Janeiro lideracom 12% das pessoas neste segmento, seguido por São Paulo, com 11,4% e Distrito Federal, com 10%.

Em termos de rendimento real recebido nas atividades criativas, considerado apenas o trabalho principal, ocorreu expansão de +4,9% em relação ao trimestre anterior e +1,8% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. A média de rendimento por trabalhador alcançou o valor de R$ 2.378,93 no 4º trimestre de 2022, deixando o Estado na 11ª posição na comparação com as demais UFs.

O estudo revela ainda que, das pessoas que atuamem segmentos criativos no Espírito Santo, 55,2% são empregados no setor privado e 36,1% trabalham por conta própria. Nesse último caso, é possível notar maior participação dos ocupados nessa condição em contraposição às demais atividades, classificadas como não criativas (23,6%). No referido trimestre, continua havendo uma participação maior de empregadores no segmento criativo em relação ao não criativo, registrando uma participação de 6,9% contra 4,3%, respectivamente.

Segundo o coordenador de Estudos Econômicos do IJSN, Antonio Freislebem, a Gastronomia foi osegmento que mais absorveu pessoas ocupadas na Economia Criativa. Ele afirma que o número chegou a aproximadamente 60% dos ocupados no setor em 2022.

Em relação ao nível de escolaridade, a maioria tinhaEnsino Médio completo (35,4%), seguido por Superior completo (23,4%) e Fundamentalincompleto (17,1%). Quanto a faixa etária, a distribuição segue estrutura semelhante aos demais segmentos da economia: entre 30 e 39 anos (23,4%), seguida por pessoas de 40 a 49 anos (22,1%). O destaque fica com a participação de dois grupos: jovens das faixas etárias de 18 a 24 anos e de 25 a 29 anos de idade, representando, respectivamente, 17,3% e 14,3% do total de pessoas ocupadas no setor, contra 11,9% e 10,7% de participação nos demais segmentos da economia.

ES+Criativo

O Programa ES+Criativo, da Secretaria da Cultura (Secult), conta com a participação de 15 instituições, entre órgãos públicos, representações do sistema produtivo e universidades. O programa articula ações entre os parceiros, visando desenvolver e fortalecer a economia criativa no Espírito Santo para impulsionar o crescimento de empreendedores e negócios criativos, a cultura local e incentivar a inovação e a criatividade.

Entre as ações de capacitação técnica e de gestão realizadas, estão: as Imersões da Cultura, Curso de Capacitação de Games, Cinema e Música e Negócios, o Edital de Cultura Digital, o Hub Criativo Virtual, que realizou oficinas de economia criativa e experimental em quatro localidades do Espírito Santo, o Programa de Pré-Incubação CoCreationLab Espírito Santo, e as três edições da Festa da Criatividade, que contou com palestras, eventos culturais, seminários, cursos on-line de gestão e qualificação, atrações gratuitas, oficinas e debates,  ampliando assim a captação e uso dos instrumentos de fomento à economia criativa.

Outra ação de destaque é a instalação do Hub ES+, espaço de inovação que propõe experiências de espaços coworking, com investimento de mais de R$ 3,5 milhões. O Hub ES+ é um projeto que pensa num ambiente de inovação capixaba, voltado a iniciativas que atendam às necessidades da geração de negócios criativos e fortalecimento de empreendimentos. Resultado da parceria entre a Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti), a Secult e a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), a iniciativa faz parte do Programa ES+Criativo, do Governo do Estado.

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