Com oficinas e gravação de filme, 2º Festival ManhÁgua marca Semana Mundial do Meio Ambiente

Durante a Semana Mundial do Meio Ambiente (de 02 a 06 de junho), o ManhÁgua realizou uma série de atividades educativas voltadas para o desenvolvimento da criatividade e para a preservação dos recursos hídricos. O evento combinou técnicas práticas de conservação da água com a arte cinematográfica para sensibilizar a população sobre a importância deste recurso vital.
Durante os cinco dias, foram realizadas duas oficinas – a de Plantio de Água e a de Roteiro (voltada para narrativas que envolvam as águas) – além da gravação de um vídeo com técnicas de plantio de água – que foram executadas no espaço cedido pela Comunidade Quilombola de Monte Alegre. O vídeo deve ser lançado no segundo semestre deste ano, juntamente com a mostra de filmes do ManhÁgua.
Demonstrando o sucesso das ações, no Dia Mundial do Meio Ambiente – 5 de junho – os alunos presentearam o festival com um símbolo especial: o plantio de uma muda de jequitibá batizada com o nome “ManhÁgua” na Escola Família Agrícola de Cachoeiro de Itapemirim, instituição mantida pelo Movimento de Educação Patrimonial do Espírito Santo (MEPES). A árvore, ainda “bebê” – assim consideram quando a árvore precisa de muitos cuidados para crescer e se firmar –, foi plantada no bosque da escola e será cuidada pelos estudantes pelos próximos cinco anos, representando um compromisso de longo prazo com a sustentabilidade.
“Plantar uma árvore e batizá-la é um ato de fé no amanhã. É acreditar que pequenos gestos, quando feitos com afeto e propósito, podem transformar o mundo”, destacou a diretora Geral da Caju Produções, Tania Caju, que, pela primeira vez, teve a oportunidade de plantar uma árvore.
O diretor Marcelo Chagas explica que o bosque foi criado pelo cofundador da instituição, João Martins – que cedeu a primeira muda para a confecção de um livro – e simboliza as origens e cuidados com a terra alimentados ali na escola.
O 2º Festival Manhágua conta com o patrocínio do Grupo Águia Branca e apoio da Reserva Ambiental Águia Branca. É uma realização da Caju Produções da Lei de Incentivo à Cultura Capixaba (LICC), por meio e da Secretaria da Cultura (Secult).
Oficinas integram cinema e conservação ambiental
A primeira etapa do festival desenvolveu duas oficinas complementares que conectaram arte e sustentabilidade. Durante cinco dias consecutivos (segunda a sexta-feira), a oficina de roteiro cinematográfico foi desenvolvida na Escola Wilson Rezende, em Burarama (Cachoeiro de Itapemirim), para um grupo de 25 estudantes, com a condução da oficineira Melina Galante. A atividade combinou teoria e prática para capacitar os estudantes na criação de narrativas audiovisuais.
“Essa semana os alunos aqui da escola tiveram a oportunidade de conhecer um pouquinho mais da prática e da teoria de como fazer um roteiro em sala de aula. Nós lemos roteiros, estudamos, assistimos muitos filmes e curtas metragens. Daqui saíram quatro roteiros criados pelos próprios estudantes”, explicou Melina Galante.
Paralelamente, a oficina de Plantio de Água foi realizada durante três dias (terça a quinta-feira) na Escola Família Agrícola de Cachoeiro de Itapemirim e na Comunidade Quilombola de Monte Alegre, para um grupo de 19 estudantes. A oficina foi desenvolvida em parceria com a Escola e com a Associação Plant'Água. Os oficineiros foram Geraldo Dutra, Leonard Campos Avellar Machado, Newton Campos e Vinicius Amorim Cavati.
“Nós precisamos nos reeducar. Precisamos mudar comportamentos para gerenciar o solo, a água e para motivar pessoas a cuidar do ambiente”, afirmou Geraldo Dutra, ressaltando a importância de realizar a formação com futuros técnicos agrícolas e, principalmente, dentro de uma comunidade quilombola.
As técnicas ensinadas incluíram tecnologias sociais como caixa seca, terraço de contenção e outras práticas de retenção hídrica que podem ser implementadas em qualquer propriedade rural. Essas técnicas favorecem a infiltração de água no solo, alimentando os lençóis freáticos e nascentes, além de outros benefícios sociais e ambientais.
Os participantes das oficinas demonstraram grande entusiasmo com o aprendizado. Davi, estudante da EFACI e morador de Presidente Kennedy, pontuou: “Durante os três dias de festival houve muito ensinamento, muitas técnicas e aprendemos o quanto é importante o recurso hídrico dentro da propriedade, tanto nas plantações, na produção de alimento quanto no dia a dia pessoal do proprietário”.
Ana Clara, também estudante da escola, falou sobre o impacto multiplicador da iniciativa: "Os três dias para mim foram maravilhosos, tanto para conhecimento, conscientização e sensibilização. Eu aprendi e pretendo passar isso para quem eu puder repassar, porque a gente precisa conservar o que já está faltando".
Próximos passos
Para outubro, está programada a realização da mostra de filmes do Festival ManhÁgua, que reunirá produções cinematográficas com diversas abordagens relacionadas aos recursos hídricos. O evento será realizado em formato on-line e contará com sistema de premiação, destacando-se o troféu "Vozes do Rio" para as melhores produções.
O chamamento de filmes deste ano superou as expectativas, alcançando a expressiva marca de 494 inscrições, que atualmente passam pelo processo de seleção da curadoria. A diversidade de produções recebidas demonstra o crescente interesse da comunidade audiovisual em abordar questões ambientais relacionadas à água.
Durante a mostra de filmes, também será lançado oficialmente o vídeo educativo sobre as técnicas de plantio de água, produzido durante as oficinas realizadas na Semana Mundial do Meio Ambiente. O material servirá como registro permanente dos conhecimentos compartilhados e ferramenta de multiplicação dessas práticas sustentáveis.
A iniciativa consolida a proposta do Festival ManhÁgua de utilizar a arte como ferramenta de conscientização ambiental. Ao combinar educação prática, simbolismo ambiental e expressão artística, o festival cria um espaço eficaz para promover a reflexão sobre território e preservação dos recursos hídricos, formando novos produtores de cultura e capacitando futuros técnicos agrícolas que se tornam multiplicadores desse conhecimento em suas comunidades de origem.
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