16/06/2025 14h31

Artista Lets lança single inspirado em matriarca do povo bantu no Espírito Santo

Em seu quarto registro musical, o cantor e compositor Lets promove uma homenagem à Dona Laura Felizardo, considerada a matriarca do povo bantu no Espírito Santo e um dos mais importantes nomes da representatividade afro-capixaba. O single “Escuta que vou contar” será disponibilizado nas plataformas digitais no próximo dia 26 de junho, iniciando os trabalhos de divulgação do primeiro álbum do artista, com lançamento previsto para 1º de agosto.

Selecionado pelo Edital de Produção Musical nº 12/ 2023 do Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo (Funcultura), por meio da Secretaria da Cultura (Secult), o projeto reflete a atuação de Lets na valorização da ancestralidade do povo preto e no combate às desigualdades sociais. 

Natural de Vitória, o artista de 37 anos iniciou a carreira com o nome de batismo, Letícia Chaves, com o qual obteve projeção em festivais de música, shows e mostras culturais. Entre outros eventos, participou da Feira Cultural LGBT (2018), Festival Prata da Casa (2019), Festival Criolando (2019), 5ª Mostra Sesc Glória (2020) e da 6ª Semana de Cidadania LGBTQIA+ - Casa Gold (2024).

Agora, retoma a carreira autoral, repaginado como Lets, nome que considera mais adequado para expressar o seu olhar sobre a vida e a arte. “Neste momento, sinto-me à vontade para expressar a minha sexualidade e as pautas que carregam esse corpo, que é um corpo preto, LGBT, e que sempre caminha com alvo nas costas. Fazer esse disco e poder falar sobre tantos outros iguais a mim é dar voz a quem não tem voz”, pontua Lets.

O single

No single “Escuta que vou contar”, Lets oferta ao público a sua visão de mundo em defesa da filiação do Brasil à África e dos direitos sociais. Segundo relata o artista, a composição nasceu de um pedido feito pelo filho de Dona Laura Felizardo, o bailarino e coreógrafo Paulo Fernandes. 

A ideia era registrar, em forma de ritmo e melodia, a importância de uma das personalidades mais queridas do congo capixaba, uma vez que a família de Dona Laura é considerada uma das precursoras da manifestação folclórica no Estado. Porém, a canção só veio a ser concluída após a morte da matriarca, em 2020, aos 92 anos. “A canção fala do povo bantu, que é a minha origem, e fala também da cultura popular capixaba, acentuada pelo ritmo do congo”, afirma Lets.

O artista destaca as participações especiais do músico percussionista Léo de Paula – “gravou a percussão lindamente” – e da sua mãe, Celina Chaves, que recita um texto no meio da música. “Achei que ficaria bem ancestral a minha mãe falando sobre o Paulo e sobre a mãe dele. Colocar duas mães pretas e dois filhos dessas mães numa mesma música representa um atravessamento ancestral de verdade. Tem gosto, tem cheiro, a gente sabe quem é, tem nome e sobrenome. Além disso, a história da dona Laura e do Paulo, e das famílias de origem bantu, são uma parte significativa da história do Espírito Santo”, acrescenta”, observa Lets.

Musicalmente, o single “Escuta o que vou contar” apresenta a negritude presente na criação musical de Lets. Tem suingue, groove, percussão, toques de capoeira e a pulsação do congo, entremeados pela voz imponente do artista. A faixa é uma das 11 composições que estarão presentes no novo álbum de Lets, “Esfera”, que foi gravado no Estúdio A, em Vila Velha, com produção de André Daumas. Antes, no dia 17 de julho, o cantor disponibilizará nas plataformas digitais o segundo single do álbum, intitulado “Nu”.

Podcast

Juntamente com as ações de divulgação dos lançamentos musicais, Lets vai realizar uma série de cinco podcasts com artistas que ele admira e que considera como referências em seus respectivos campos de atuação. Os episódios serão exibidos em formato de áudio, a partir de 30 de junho, sempre às segundas-feiras, às 12h, em diferentes plataformas digitais. Entre os convidados estão a liderança religiosa da Cabula, Alufa Baralejian; a escritora Édiphon Souza; a vereadora Ana Paula Rocha (Vitória); o bailarino e coreógrafo Paulo Fernandes e os músicos Ury Vieira e Dan Abranches.

“Durante os episódios, vamos abordar temas presentes nas canções selecionadas para o álbum, como as religiões afro-brasileiras, a luta das pessoas trans por equidade, a participação das mulheres pretas na política, a ancestralidade africana presente na cultura brasileira e o desafio das pessoas trans para viver de música no Espírito Santo”, elenca Lets.

Serviço:

 

Lançamento do single “Escuta que vou contar”

Artista: Lets

Data: 26 de junho

Horário: 0h

Onde ouvir: nas plataformas digitais Spotify, Apple Music, Deezer, Amazon Music, YouTube Music, Tik Tok, entre outras

Distribuição: CD Baby


FICHA TÉCNICA DO SINGLE: 

 

Voz – Lets

Produção, captação, mixagem, masterização - André Daumas
Teclado - André Daumas
Baixo - Hugo Maciel
Bateria - Luiger Lima
Percussão- Léo de Paula

Violão 7 cordas e Cavaco - Chanel Rigolon

Narração: Celina Chaves
Gravação: Estúdio A


CONFIRA OS PODCASTS:

Horário – 12h

Onde ouvir – Plataformas digitais

Data - 30 de junho

Convidado – Na estreia da série de podcasts, Lets recebe a liderança religiosa Alufa Baralejian, que vai falar sobre a Cabula, religião afro-brasileira originada da África Central, com forte presença na região do Sapê do Norte, no Espírito Santo.

Data – 07 de julho

Convidada – No segundo programa, Lets terá como convidada a escritora Édiphon Souza, que vai abordar os atravessamentos das pessoas trans com a arte, com comentários sobre cada uma das faixas do álbum.

Data – 14 de julho

Convidada – Neste terceiro episódio, Lets e a vereadora de Vitória, Ana Paula Rocha (PSOL), conversam sobre a atuação das mulheres pretas na política e sobre a trajetória do saudoso ativista de direitos humanos Lula Rocha (1985-2021), irmão de Ana Paula, que é homenageado por Lets em uma das faixas do álbum.

Data – 21 de julho

Convidado – Lets recebe o bailarino e coreógrafo Paulo Fernandes. Ele vai falar sobre a cultura bantu e sobre a importância da sua mãe, dona Laura Felizardo, matriarca do povo bantu no Espírito Santo e personalidade da cultura popular capixaba homenageada por Lets no single “Escuta que vou contar”.

 

Data – 28 de julho 

Convidado – No último episódio da série, Lets conversa com os músicos Dan Abranches e Ury Vieira sobre os desafios dos artistas trans que se dedicam a fazer música no mercado do Espírito Santo.



SAIBA MAIS SOBRE LETS:

Natural de Vitória (ES), o cantor e compositor Lets é um dos principais nomes da MPB e do groove no cenário capixaba. Lets é um jogo de palavras que se relaciona com o seu nome de batismo, Letícia Chaves. Sua relação com a música teve início na infância, cantando na igreja. Com 15 anos, ganhou um violão de presente do pai e passou a se dedicar a este instrumento, juntamente com o contrabaixo. Por não ter a oportunidade de estudar música, seu aprendizado se deu sozinho, seguindo as revistinhas de cifras, que eram febre nos anos 1980-2000.

Na adolescência, teve contato com os grupos de corais norte-americanos, nos estilos gospel, R&B, soul music, aprofundando-se em seguida na MPB: Djavan, Gilberto Gil, Cássia Eller, Ana Carolina. Atualmente suas maiores influências são as mulheres negras da “nova” MPB, como Luedji Luna, Liniker, Tássia Reis, Xênia França e Juçara Marçal. Entre os homens, cita Mateus Aleluia e Chico César.

Após participar de diversos shows e festivais no Espírito Santo, em 2020 lançou, de maneira independente, o EP “Nu”, resultado da sua participação no edital do “Gato Nômade”, promovido pela Secretaria da Cultura (Secult).

Em 2021, lançou o single “Tempo de Nanã”, que também contou com videoclipe, tendo como referência os ritmos afro-brasileiros e artistas como Mariene de Castro, Luedji Luna e Margareth Menezes.

Em 2023, Lets apresentou o single “Encontro Precioso”, que trouxe a mesma identidade sonora de “Tempo de Nanã”, unindo afeto e ancestralidade, de modo a proporcionar calma a quem escuta. Em 2025, prepara-se para lançar o seu primeiro álbum, “Esfera”, juntamente com os singles “Escuta o que vou contar” e “Nu”. “A música, para mim, é o caminho de cura, libertação e exaltação ao povo preto. A palavra chega às vezes como espada, mas também há afeto, acolhimento e força”, define. 

 

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