Websérie de animação conta história de personagens capixabas com vidas de luta pelos direitos humanos
Episódio sobre vida de Maria Nilce será exibida no Programa Curta Vídeo da TV Educativa, nesta sexta-feira (29).
Estreou no último dia 16 de julho, no YouTube, a websérie Capixabas D`Luta, da historiadora, cineasta e professora Cintia Braga. A série conta a história de seis personagens históricos de várias épocas do Espírito Santo, sendo três mulheres e três homens, com atores locais fazendo suas vozes: Maria Ortiz (voz: Lorena Lima), Maria Nilce (voz: Cynthia Dessaune), Maria Tomba Homem (voz; Suely Bispo), Chico Prego (voz: Eliezer Almeida), Afonso Cláudio (voz: Foca Magalhães) e Paulo Cesar Vinhas (voz: Duílio Kuster Cid).
Todos as personagens históricas, de acordo com a autora do projeto, são "Capixabas D’Luta", pois dedicaram suas vidas à defesa da liberdade individual e da vida. O episódio sobre a vida e a luta de Maria Nilce, com enfoque no combate ao feminicídio, será exibido na íntegra no Programa Curta Vídeo, da TV Educativa (TVE), nesta sexta-feira (29), às 23 horas, com reprise no mesmo horário, na próxima terça feira (02).
A websérie é em formato de animação, com desenhos à mão do artista Luiz Quintanilha. A produção é do cineasta Dell Freire, um dos roteiristas da websérie, ao lado de Cíntia Braga, Duílio Kuster Cid e Lygia Machado. A série passeia por locais e fatos históricos de nossa história no Espírito Santo. “Capixabas D’Luta” foi contemplada no edital Cultura Digital, da Secretaria da Cultura (Secult), com recursos da Lei Aldir Blanc, do Governo Federal.
"Capixabas D`Luta surgiu da ideia de produzir conteúdo audiovisual com inspiração em temáticas curriculares, ou seja, criar um material didático referente à história do Espírito Santo, explorando seis biografias de personalidades que tiveram suas trajetórias de vida marcadas pela atuação em defesa da vida e das liberdades", explicou Cintia Braga. Segundo ela, os roteiros partem dessas trajetórias para promover uma reflexão sobre os direitos humanos e a justiça social, de forma didática e criativa, em formato de animação, com dublagens em primeira pessoa.
“Ou seja, com o biografado contando suas peripécias e tragédias, passeando por cenários e paisagens que permeiam o imaginário e o cotidiano dos capixabas, tais como as Ruínas de Queimado; o Palácio Anchieta; a Escadaria Maria Ortiz e o Parque Estadual Paulo César Vinha", destacou a diretora e idealizadora do projeto. Para reforçar os valores sustentados pela bandeira dos direitos humanos, de acordo com Cintia Braga, cada episódio vai conter na abertura um artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, relacionando-o à história da personagem, com uma reflexão politizada que colabore na formação para a cidadania.
As personagens e a linguagem
Ainda conforme a diretora da websérie, a curadoria primou pela seleção de um grupo heterogêneo, número igual de homens e mulheres, e personalidades das mais diversas classes sociais e perfis étnicos. "O capixaba de luta pode ser desde o primeiro governador do Estado até uma prostituta da Ilha do Príncipe. Também é importante destacar que, além do aspecto híbrido da seleção, os personagens têm em comum suas biografias marcadas pela militância em defesa da vida e da liberdade, valores institucionalizados, primeiro pelo Direito Natural, em tempos mais remotos, como na época de Maria Ortiz, século XVII, e pelos Direitos Humanos nos tempos modernos, a partir do século XIX, o que inclui todas as demais personagens", detalhou.
Exibição nas escolas e segunda temporada
Cintia Braga revelou que a websérie “Capixabas D’Luta” não se esgota nesta primeira temporada, bem como não pretende que fique restrita às plataformas digitais. "Temos a vontade de realizar uma segunda temporada e dar prosseguimento ao projeto, com a curadoria de mais seis personalidades capixabas e suas notórias trajetórias de vida, para serem conhecidas pelos estudantes das redes de Ensino Básico e pelo público em geral, incentivando na produção dos saberes para a formação cidadã e política”, acrescentou a diretora. "Se houver uma próxima temporada, daremos atenção especial à escolha de exemplos de luta da causa LGBT, que, infelizmente, não foi abordada na primeira temporada, bem como outros exemplos de capixabas de luta que atuaram na defesa da garantia dos direitos fundamentais”, disse.
Cintia Braga
É graduada em História pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em 2004; mestre em Memória Social (Unirio, 2007); doutora em História (UFU, 2016); especialista em Cinema e História, tendo se dedicado ao estudo de filmes históricos e história do cinema. Realiza trabalhos no audiovisual desde 2013: Direção (Documentários: Retoma e Nosso mundo é uma aldeia e Curta de Ficção: O Diploma; Websérie Capixabas D’Luta ), Roteiro (Curta de ficção: O Diploma, Longa de ficção: Coisas Nossas, Websérie Capixabas D’Luta), assistência de direção e de conteúdo (Programa Raízes, série televisiva que conta a História do Espírito Santo, veiculada pela Rede Gazeta), Assistência de Direção e Direção de Arte (Curtas de ficção: “Contraponto” e “Lipe”, do diretor: Marcoz Gomez) e consultoria de pesquisa (Cia de teatro Folgazões; Projeto de Desenvolvimento de Roteiro Doc Retrato de Mulheres da roteirista Úrsula Dart; Série de TV Raízes). Militante dos Direitos Humanos (Grupo Tortura Nunca Mais - RJ, desde 2007). É professora das redes públicas de Ensino Básico (SEDU/ES) e Superior (FACELI-Linhares).
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