04/07/2025 15h49

Tony Zax fala de suas obras no Prosas Literárias, na próxima terça

O escritor, artista plástico e artista urbano Tony Zax é presença confirmada no projeto Prosas Literárias, nesta terça-feira (08), às 19h30, no Espaço Cultural Thelema, Centro de Vitória. A atividade faz parte da programação do projeto Entrelaços, por meio do qual serão realizadas atividades culturais gratuitas durante todo o ano de 2025.

Tony apresentará suas obras literárias. Uma delas é Psicodélico Pacto Surreal, lançado em 2013 em uma casa de meretrício no Parque Moscoso, segundo o autor, “para fugir do status quo de lançar em biblioteca ou espaço cultural”. O livro fala sobre “o universo do início ao fim e em recomeço na forma de um dragão”.

No ano seguinte, o escritor lançou Silêncio, um livro em branco, de arte conceitual. O autor falará, inclusive, de obras já escritas, mas não publicadas, como O Diabo Vermelho de Z, cujo personagem principal é um garoto que tem uma intuição acima do normal e a utiliza para o mal.

A ideia de escrever esse livro, recorda, surgiu após ler Apanhador no Campo de Centeio, de J.D. Salinger. Tony Zak afirma que a influência se deu pelo impacto do livro lido no mundo, por exemplo, por ter sido lido por muitas pessoas consideradas psicopatas, como o assassino de John Lenon. Segundo Tony Zax, ele preferiu não publicar a obra com medo do impacto que pudesse trazer.

Outra obra que já está escrita é HQ 66, sobre um futuro distópico, que o autor almeja lançar em breve. No ramo da arte urbana, o artista recorda os lambe-lambe, com desenhos de dragão, que ele fez no prédio do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI), em frente à praça Costa Pereira, no Centro de Vitória, quando estava habitado por pessoas de uma ocupação. “Me autodenominei de decorador de interiores de sem teto”, diz.

Iniciativa semelhante foi feita na Praia do Morro, Guarapari, município no qual mora. Em um muro, a cada evento planetário, como eclipse, solstício e equinócio, o artista colava lambe-lambes sobre algum tema em voga no momento, sempre sobrepondo um ao outro. A produção de lambe-lambe foi uma influência de sua viagem a Paris, onde participou de uma visita guiada a um bairro no qual esse tipo de intervenção urbana, e outras, como as pichações, eram liberadas.

O artista também faz parte do coletivo Facção In-Versa, de Guarapari, que atua com performances, audiovisual e happenings. David Rocha, da Thelema, recorda a primeira vez que Tony esteve no Espaço Cultural. “A primeira aparição dele na Thelema foi em 2018: chegou com um litrinho de cola e um lambe do Sérgio Sampaio, assinou a parede, evaporou. Agora, sete anos depois, reaparece para uma conversa NadaAVer sobre tudo, ou não”, pontua.

Entrelaços

Nos sete anos de existência da Thelema, muitas ações foram desenvolvidas, com os mais diversos parceiros e inúmeras linguagens. Foram experiências que se entrelaçaram, fazendo com que o espaço cultural se tornasse isso que é atualmente: uma referência no protagonismo dos artistas locais e na democratização da cultura no coração do Centro de Vitória.

O Entrelaços teve início com a I Viradinha da Thelema, no dia 08 de fevereiro. Seu objetivo é dar continuidade aos projetos já existentes, criar novas atividades, fortalecer o diálogo entre agentes culturais, parceiros, artistas e a comunidade, além de abranger o maior número possível de participantes nas atividades culturais, que englobam ações como o Projeto Ensaios, com a apresentação de músicas autorais de artistas locais; e Prosas Literárias. Ambas as ações já são desenvolvidas pela produtora cultural da Thelema, Ruth Rangel.

O Entrelaços é realizado através do Edital de Programação Continuada de Espaços Culturais, da Lei Paulo Gustavo (LPG), por meio da Secretaria da Cultura (Secult).

A Thelema

A Thelema foi inaugurada em fevereiro de 2018, em um espaço na rua Gama Rosa, Centro de Vitória. Em pouco tempo, o espaço cultural passou a ser referência para a classe artística e para o público, principalmente o da Capital, atraindo também pessoas de outros municípios da Grande Vitória. Assim, a estrutura física onde estava instalada se tornou pequena para a quantidade de pessoas que iam até lá participar das atividades e também para os projetos que estavam sendo propostos pelos produtores da Thelema e por artistas locais.

A solução foi encontrar um espaço maior para se instalar. Por isso, a partir de 2020, a Thelema passou a funcionar na rua Graciano Neves, também no Centro de Vitória, em uma edificação de quase 100 anos que passou muito tempo abandonada após a morte das quatro irmãs que ali habitavam: Oneide, Odaleia, Odete e Olga, todas pianistas. A Thelema se encontra ainda hoje neste imóvel.

Serviço:

Data: Terça-feira (08)

Horário: 19h30

Local: Espaço Cultural Thelema, Centro de Vitória

 

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