18/04/2019 11h07 - Atualizado em
18/04/2019 15h04
Museu do Colono completa 50 anos de história e preservação da memória
A comemoração contou com apresentações musicais e novidades sobre o espaço.
Um dia inteiro de programação cultural marcou o aniversário de 50 anos do Museu do Colono, no Sítio Histórico de Santa Leopoldina. A festa aconteceu nessa quarta-feira (17), junto com o aniversário de 132 anos de emancipação política da cidade.
Pela manhã, quem esteve presente pode acompanhar exibição de coral e dança de alunos da escola Alice Holzmeister e apresentação do Quarteto Ca. Já durante a noite, o espetáculo ficou por conta do grupo de cordas da Orquestra Sinfônica do Espírito Santo.
O Secretário de Estado da Cultura Fabricio Noronha, o Prefeito de Santa Leopoldina Vavá Coutinho, o historiador Fernando Achiamé e demais membros da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) participaram das festividades e solenidade.
O Secretário de Estado da Cultura Fabricio Noronha contou que ações de valorização de Santa Leopoldina e do próprio museu estão na agenda da Secult. “Queremos aproximar cada vez mais a comunidade desse conceito de museu aberto e integrado, trazendo seus saberes e fazeres para dentro do espaço”.
Na ocasião, foi lançada a nova marca do Museu do Colono, inspirada nas pinturas geométricas, arabescas e florais das paredes que datam do final do século XIX. A referência usada foi uma flor, simbolizando o renascer do museu e a transição para um novo momento, cada vez mais conectado com seu público.
Para a coordenadora do museu, Zoraide Simon, o local dá um passo inicial para deixar de ser um espaço de depósito de memórias e se tornar lugar do encontro e diálogo aberto com as comunidades descendentes de imigrantes. “A partir dessa aproximação, será possível modificar as relações entre a comunidade e o museu”, afirmou.
A diretora da Escola Alice Holzmeister, Lidiana Espindula, sempre leva os alunos para atividades no Museu do Colono. Ela conta que o espaço é um ponto de encontro e reconhecimento da história do município de Santa Leopoldina. “A parceria entre o museu e a escola é muito importante para os alunos se identificarem com o espaço e com seus antepassados”, comentou.
De acordo com a Museóloga da Secult, Paula Nunes, o Museu do Colono foi o primeiro criado pelo Governo do Estado, em 1969. Ela explica que o local mantém o conceito de museu-casa. Além de seu antigo acervo, o meu acumulou ao longo do tempo o acervo de moradores da própria comunidade, com pertences doados.
A história do Museu
O Museu do Colono foi construído em 1877 para abrigar a família austríaca Holzmeister, uma das primeiras a povoar Santa Leopoldina. Em 1969 foi adquirido pelo governo do Estado e tombado como patrimônio estadual. A partir da compra, o museu passou por duas grandes restaurações: a primeira no ano de 1994 e outra em 2006.
A primeira restauração resultou na abertura da Galeria Alice Holzmeister, no andar térreo. O espaço abriga exposições e outras atividades abertas à participação da comunidade. Na segunda restauração houve o processo de dedetização e troca de madeiras irrecuperáveis, além de reforço na estrutura de sustentação do assoalho do segundo piso.
Acervo de mais de 600 peças
Hoje o Museu abriga móveis com características europeias e artigos de decoração do século XIX, reproduzindo o ambiente residencial da família Holzmeister, com mobiliário, utensílios, objetos decorativos, obras de arte, livros, fotografias e documentos, tudo reunido em um acervo de mais de 600 peças. Durante o processo de restauração, os técnicos encontraram pinturas geométricas, arabescas e florais que datam do final do século XIX, época que a família Hozlmeister ainda morava no local.
Ações Educativas
Além das visitas guiadas, que acontecem de quarta a domingo, das 9h às 17h, o museu realiza exposições temporárias na Galeria Alice Holzmeister e ações educativas no espaço térreo, como aulas de musicalização, com o “Núcleo de Violões”, sob instrução da Faculdade de Música do Espírito Santo e o projeto “Roda de Leitura”, que incentiva crianças e adolescentes a viajar pelo universo da literatura.
Texto: Erika Piskac
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