27/02/2024 16h38 - Atualizado em 28/02/2024 08h31

Mostra individual de Maria Ramos Gazel abre novo ciclo de exposições da Galeria Homero Massena em 2024

Na próxima terça-feira (05), a Galeria Homero Massena, em Vitória, abre suas portas para receber a exposição “Quando nada acontece, há um milagre que não estamos vendo”, primeira mostra individual da artista Maria Ramos Gazel, que conta com curadoria de Lindomberto Ferreira Alves. 

Dividida em quatro cenas, a exposição é orientada pela série fotográfica “Elaboração do luto”, desenvolvida pela artista durante os anos de 2020 e 2021. Para cada uma dessas cenas, uma subsérie será apresentada junto com as demais obras, estabelecendo um diálogo com a cena inicial e conferindo unidade ao conjunto de obras que ocupa o espaço da galeria.

Serão quatro montagens sequenciais dentro da exposição. Esse exercício necessário de reconfigurar o espaço expositivo da Galeria Homero Massena em um laboratório vivo e em constante processo de transformação permitirá ressaltar práticas que alinham atividades experimentais de cuidado com processos de criação artística, além de evidenciar como uma cena ilumina e retroalimenta a que virá a seguir.

Ao todo serão apresentadas dez produções artísticas de Maria: “Elaboração do luto” (2020-2021), “Exéquias” (2020), “Do abstrato ao figurativo” (2021), “Associações livres” (2022),  “Ruído de fundo” (2015-), “Sem título” (2023), “Não tomo banho apenas para me lavar” (2021), “Estranho familiar” (2022), “Pedaço de bom carinho” (2023) e “Ruminar” (2022-2024).

Esse recorte reúne obras que dizem do próprio processo de vida e subjetividade da artista Maria Ramos Gazel, nascida em Teófilo Otoni, Minas Gerais, e criada entre os interiores mineiros e baianos – atualmente residindo e trabalhando em Vitória. “Considero tudo o que faço autobiográfico. Minha intuição me guia e, em meus processos criativos, confio na força do mistério para criar. Meus trabalhos são, de alguma forma, uma tentativa de materialização de minhas sensações e emoções, e dos processos pelos quais passei”, afirma a artista.

Segundo ela, o que o público verá em “Quando nada acontece, há um milagre que não estamos vendo” faz parte de sua trajetória de vida, das experiências que a atravessaram entre os anos de 2020 e 2024 – ou mesmo antes disso. “Tudo o que eu faço é porque gosto e porque preciso fazer. E geralmente preciso de um tempo de maturação para entender melhor do que se trata, e se faço disso um trabalho”, acrescenta.


Para o curador, Lindomberto Ferreira Alves, a artista traz continuamente múltiplas possibilidades de experimentação e elaboração da vida como obra de arte, como uma afirmação de que arte e vida não seriam campos distintos, mas nuances distintas de uma mesma atividade comum.

“Maria opera com arte e vida tomadas não em separado, nem como uma derivada ou causa da outra. Ela opera por contágio circular entre ambas, com a construção de uma sendo necessariamente a construção da outra, e vice-versa. Os trabalhos que integram essa exposição são derivados justamente das contínuas jornadas de imersão de Maria nos desdobramentos da potência dos encontros entre trabalho de criação e processos subjetivos, que perfazem suas práticas cotidianas, tendo como o ponto de partida a ampliação das linhas de força que perscrutam e dão a ver o movimento de pressuposição recíproca entre a dimensão poética dos processos de subjetivação e a dimensão subjetiva do fazer poético no trabalho de arte. Um mistura do outro”, observa o curador, que também é pesquisador, arte-educador e doutorando em Artes pela Universidade Federal do Pará (UFPA).

Encontros

Durante os 68 dias da exposição, serão realizados quatro encontros com artistas convidados, um para cada cena a ser apresentada: Rebeca Ribeiro (09/03), Rafael Segatto Barboza da Silva (23/03), Renata Segatto (13/04) e Marina Fortunato (27/04). Além disso, no dia 4 de maio, acontece uma ação extra reunindo o Cartel Psicanálise e Racismo, do qual Maria Ramos Gazel faz parte. Todas essas atividades estão previstas para acontecer aos sábados, sempre com presença da artista e uma visita guiada aberta ao público antes dos bate-papos.

Também serão realizados dois encontros visando à formação de professoras, nos dias 16 de março e 11 de maio. As atividades ainda incluem o lançamento do catálogo da exposição, em 6 de abril, seguida de um bate-papo entre Maria Ramos Gazel e Lindomberto Ferreira Alves.

Toda a programação é presencial, na Galeria Homero Massena, e contará com tradução simultânea em Libras.

“Quando nada acontece, há um milagre que não estamos vendo” é realizada com recursos do Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo (Funcultura), por meio do Edital 09/2022 – Artes Visuais, da Secretaria da Cultura (Secult).



Serviço: 

Abertura da exposição “Quando nada acontece, há um milagre que não estamos vendo”

Quando: 05/03 (terça-feira)

Horário: às 17h

Local: Galeria Homero Massena, Rua Pedro Palácios, 99, Cidade Alta, Vitória

Visitação: até 11 de maio – segunda, terça, quinta e sexta, das 9h às 18h; quarta, das 10h às 20h; sábado e feriado, das 10h às 16h

Cronograma

05/03, às 17h – início da exposição (Cena 1)

09/03, às 14h: encontro com Rebeca Ribeiro

16/03, às 10h30: primeira parte da formação com professoras

22/03: início da Cena 2

23/03, às 14h: encontro com Rafael Segatto Barboza da Silva

06/04, às 14h: lançamento do catálogo

08/04: início da Cena 3

13/04, às 14h: encontro com Renata Segatto

24/04: início da Cena 4

27/04, às 14h: encontro com Marina Fortunato

04/05, às 10h30: encontro com Cartel Psicanálise e Racismo

11/05, às 10h30: segunda parte da formação com professoras e encerramento da exposição



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