A escritora Juane Vaillant é a convidada do Prosas Literárias, nesta terça-feira (02), com mediação do editor Gabriel Nascimento. A atividade, que será realizada no Espaço Thelema, no Centro de Vitória, às 19h30, faz parte da programação do projeto Entrelaços, por meio do qual estão sendo realizadas atividades culturais gratuitas durante todo o ano de 2025.

A convidada vai falar sobre sua trajetória como escritora, mas focando principalmente em suas pesquisas e trabalhos envolvendo ficção especulativa e criação de mundos, além de seu último livro: Deusa menina e sua fantástica ilha.

Além de escritora, Juane Vaillant é palestrante, educadora social e graduada em Rádio e Televisão pelas Faculdades Integradas São Pedro (Faesa). Trabalhou no coletivo Boas de Prosa, no qual organizou e coescreveu três livros: Elas em Órbita, Algodão Doce e Uma Palavrinha. Também é autora dos livros “O Mundo de cá” e "Deusa Menina e sua fantástica Ilha". Além disso, ministra palestras e oficinas de escrita criativa e criação de personagens. 

Em sua trajetória no audiovisual, Juane assina produções de videoclipes como “Cenários” e "25k", do documentário "90 rounds" e das ficções "Deusa Menina" e "A Hora Dourada". Foi produtora em curtas como “Inabitáveis” e "Da curva para cá", e produtora de elenco no longa "Os primeiros Soldados" e nos curtas "De onde nasce o sol", "O último Rock" e "Passarinho Menino". Juane também faz parte do coletivo de formação audiovisual remonta e é pesquisadora na Midiateca Capixaba.

“Me sinto muito feliz e honrada em estar na programação, fortalecendo um projeto tão importante e integrando a programação na Thelema, que é um espaço que acompanho desde a criação. Acredito que é necessário criar esse tipo de encontro para movimentar o cenário literário capixaba, que é tão rico”, pontua.

“Juane representa muito bem o sentido do nome Entrelaços que emprestamos ao projeto. É uma escritora atuante, criativa e muito presente na cena capixaba. Para nós, é especial recebê-la novamente na Thelema, onde já participou de lançamentos, bate-papos, feiras e oficinas sempre fortalecendo e andando juntos”, afirma o coordenador da Thelema, David Rocha.

Entrelaços

Nos sete anos de existência da Thelema, muitas ações foram desenvolvidas, com os mais diversos parceiros e inúmeras linguagens. Foram experiências que se entrelaçaram, fazendo com que o espaço cultural se tornasse isso que é atualmente: uma referência no protagonismo dos artistas locais e na democratização da cultura no coração do Centro de Vitória.

O Entrelaços teve início com a I Viradinha da Thelema, no dia 8 de fevereiro. Seu objetivo é dar continuidade aos projetos já existentes, criar novas atividades, fortalecer o diálogo entre agentes culturais, parceiros, artistas e a comunidade, além de abranger o maior número possível de participantes nas atividades culturais, que englobam ações como o Projeto Ensaios, com a apresentação de músicas autorais de artistas locais; e Prosas Literárias. Ambas as ações já são desenvolvidas pela produtora cultural da Thelema, Ruth Rangel.

O Entrelaços é realizado através do Edital de Programação Continuada de Espaços Culturais, da Lei Paulo Gustavo (LPG), por meio da Secretaria da Cultura (Secult). O projeto terá prosseguimento com sua segunda edição, dessa vez, por meio do mesmo edital da Secult, mas com recursos do Funcultura e da Lei Aldir Blanc.

A Thelema

A Thelema foi inaugurada em fevereiro de 2018, em um espaço na rua Gama Rosa, Centro de Vitória. Em pouco tempo, o espaço cultural passou a ser referência para a classe artística e para o público, principalmente o da Capital, atraindo também pessoas de outros municípios da Grande Vitória. Assim, a estrutura física onde estava instalada se tornou pequena para a quantidade de pessoas que iam até lá participar das atividades e também para os projetos que estavam sendo propostos pelos produtores da Thelema e por artistas locais.

A solução foi encontrar um espaço maior para se instalar. Por isso, a partir de 2020, a Thelema passou a funcionar na rua Graciano Neves, também no Centro de Vitória, em uma edificação de quase 100 anos que passou muito tempo abandonada após a morte das quatro irmãs que ali habitavam: Oneide, Odaleia, Odete e Olga, todas pianistas. A Thelema se encontra ainda hoje neste imóvel.

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