Funcultura: livro sobre mulher que lutou na Insurreição do Queimado será lançado na Festa Literária de Piúma
Entre os dias 17 e 19 de agosto, o escritor Clério Borges participa da Festa Literária de Piúma (FliPiu) para lançar o livro “A Mulher Heroína do Queimado, Aisha Keto Korowe Detokumbo, Benedita Torreão, Princesa que veio de além mar”, publicado com recursos do Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo (Funcultura), por meio do Edital 018/2021 – Produção de Obras Literárias e Incentivo à Leitura, da Secretaria da Cultura (Secult).
As sessões de autógrafos acontecem sempre no mesmo horário, das 14h às 16h, no estande da Academia Capixaba de Letras e Artes de Poetas Trovadores, com palestras do autor sobre a revolta dos negros escravizados na localidade de São José do Queimado, na Serra.
O evento é gratuito e também haverá exibição do documentário de curta-metragem “Queimado, a luta pela liberdade”, do cineasta Rogério Morais, sobre a insurreição ocorrida em 1849. A produção conta com depoimentos de historiadores e encenações de atores capixabas, como Marcus Konká, Bené Freire e Verônica Gomes, entre outros.
“Os piratas de escravizados da África e depois os portugueses escravocratas, além da liberdade, roubaram da princesa Aisha a fala de sua terra natal e o seu nome de família. Ela se transformou em mulher participante de uma revolta, na luta pela alforria, pela liberdade. O livro procura preencher uma lacuna existente, pois mostra a participação da mulher em um movimento que, até então, era só de homens. Da mulher, nada se sabia”, afirma Clério Borges
Com prefácio do pesquisador e historiador João Roberto Vasco Gonçalves, o livro apresenta uma pesquisa profunda para, com um toque de magia e encantamento, próprio dos poetas, descrever a mulher do Queimado, registrada em carta do presidente da Província do Espírito Santo, Antônio Joaquim de Siqueira, datada de 20 de março de 1849, na qual a princesa é citada apenas como “uma escrava, mulher de um deles”.
Com mais de 15 livros publicados, o historiador e escritor Clério Borges nasceu em Vila Velha, em 1950. Membro de diversas instituições culturais do estado, como a Academia de Letras de Vila Velha, fundou em 1980 o Clube dos Trovadores Capixabas, que passou a se chamar Academia Capixaba de Letras e Artes de Poetas Trovadores a partir de 2017.
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