07/07/2009 08h34 - Atualizado em 05/01/2017 14h56

Governador visita capela da Fazenda do Centro, em Castelo

A primeira etapa do projeto de restauração e revitalização da Fazenda do Centro, em Castelo, está pronta. O governador Paulo Hartung e a secretária de Estado da Cultura, Dayse Lemos, visitam o local na próxima sexta-feira (03), às 12 horas.

Esta fase recuperou a capela, cujo trabalho resgata as características da construção original. Parte das paredes foi reconstruída em pau a pique, e nos telhados e alicerces, foi utilizada madeira de lei. Os investimentos somam R$ 322 mil.

O trabalho é conduzido numa parceria entre a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e o Instituto Frei Manuel Simón, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), que celebrou comodato com a Ordem dos Agostinianos.

O projeto contempla outras duas etapas - a residência e dependências. A idéia é transformar estes espaços em um centro cultural. Este projeto de ocupação está em discussão e será direcionado para o resgate histórico, observando as tradições e os valores culturais de toda a região.

História

Dentro do contexto do ciclo da mineração brasileiro, surgiu em 1845, no Vale do Rio Caxixe, em Castelo, uma das mais importantes fazendas do Espírito
Santo.

Ponto de encontro, local de festas e reuniões, a Fazenda do Centro foi núcleo
produtor de café. Chegou a ter aproximadamente 600 escravos que produziam café, arroz e outros gêneros agrícolas. Entrou em decadência após a abolição da escravatura.

No início do século XX, foi adquirida pela Ordem dos Agostinianos Recoletos, cujo mentor era o frei Manuel Simón. Ele dividiu o terreno em lotes, que foram distribuídos entre mais de 100 famílias de imigrantes italianos, promovendo o que foi chamada de "a primeira reforma agrária do Brasil".

As famílias assentadas tinham 10 anos para pagar pelas terras, com carência de mais cinco anos. Enquanto não estavam produzindo, eram sustentados pelos religiosos agostinianos.

A partir de um sistema cooperativista, a fazenda se transformou em um ativo centro comercial, social e religioso. Os imigrantes começaram, assim, a reerguer a economia local. Foi tombada em 1984 pelo Conselho Estadual de Cultura (CEC).


Informações à Imprensa:

Assessoria de Comunicação/Secult
Larissa Ventorim
3345 9273 / 9902 1627
comunicacao@secult.es.gov.br

Notícias

2015 / Desenvolvido pelo PRODEST utilizando o software livre Orchard