26/10/2010 13h52 - Atualizado em 05/01/2017 15h37

Cais das Artes: começa a execução das estacas no mar


 
A construção do empreendimento Cais das Artes - Museu e Teatro está em ritmo acelerado e uma das fases fundamentais da obra se iniciou na última semana. Trata-se da execução das estacas do teatro, no mar - um serviço que está exigindo muita perícia dos técnicos envolvidos na concepção do complexo cultural. De um total de 20, quatro já foram concretadas.

O edifício que abrigará o teatro foi projetado com cinco pilares dentro da baía de Vitória. A execução desses pilares não está sendo um trabalho simples, pois se trata de uma fundação submersa, que naturalmente envolve diversas adversidades. Tais fundações, executadas em estacas de grande diâmetro, são necessárias para suportarem as pesadas cargas do prédio.

De acordo com o engenheiro-fiscal do Instituto de Obras Públicas do Espírito Santo (Iopes) Marco Aurélio Ribeiro, os serviços no mar se iniciaram há mais de um mês, mas apenas nas duas últimas semanas os trabalhos evoluíram efetivamente.


"Foi necessário instalar uma barca para que fosse realizada a perfuração do leito do mar, mas como encontramos muita pedra no fundo, tivemos que providenciar outros equipamentos, que não estavam previstos, para auxiliarem no serviço. Então, a concretagem da primeira estaca só pôde ser executada na semana passada. Na sexta-feira (22), concluímos a concretagem da quarta", esclareceu o engenheiro do Iopes.

"Cada pilar do teatro, dentro do mar, nascerá de um grande bloco de concreto totalmente submerso que, por sua vez, se apoia em quatro estacas. Cada estaca é constituída por aproximadamente 50 metros cúbicos de concreto, tem 120 centímetros de diâmetro e atinge 38 metros de profundidade", explicou Marco Aurélio.


Frentes de serviço


Além do estaqueamento no mar, pelo menos outras dez frentes de trabalho estão em andamento na obra. A outra parte do teatro (em terra firme) está com os pilares e as paredes sendo concretados, e até o final de novembro a primeira laje estará pronta. No museu, três dos seis pilares que sustentam o prédio estão sendo finalizados.


Além disso, a estrutura metálica do prédio anexo ao museu está toda montada e foi iniciada a instalação das lajes "steel deck". Apesar de ser a menor edificação do complexo, quem passar no entorno da obra poderá ver o esqueleto de aço com 30 metros de altura.


Projeto do Teatro

O teatro será equipado para possibilitar usos múltiplos como concertos de música acústica ou amplificada, óperas, danças ou peças teatrais. Comportará 1.300 pessoas e contará com um palco de aproximadamente 600m² e com um vão livre com mais de 25 metros de altura até o teto, o que vai permitir a utilização de diversos cenários em uma mesma apresentação.

O projeto prevê também um fosso para orquestra sob o palco, com dimensões que vão atender às exigências mundiais. O público que frequentar o local contará ainda com um café que avançará por cima da água, na baía de Vitória.


Projeto do Museu

O projeto do museu contempla grandes salões com diversas alturas livres e diferentes tamanhos, totalizando em torno de três mil metros quadrados de área expositiva climatizada. As instalações poderão utilizar desde pequenos recintos, para obras que requerem ambientes controlados, a salões com altura livre de até 12 metros, para exposições de grande porte.

Esses salões serão amparados por uma série de espaços de serviços, que vão permitir, ainda, o desenvolvimento de pesquisas, palestras e ações educativas em geral. Completam o projeto do museu um auditório com capacidade de 225 lugares, uma biblioteca e um café.

O conjunto arquitetônico projetado tem como característica central a valorização do entorno paisagístico e histórico da cidade. A estrutura passará a ideia de leveza. O autor do projeto, o arquiteto capixaba Paulo Mendes da Rocha, decidiu suspender os edifícios do solo, de modo a permitir visuais livres e desimpedidos, desde a praça até a paisagem ao redor. O visitante contemplará através de janelas e rampas envidraçadas o Convento da Penha e a Terceira Ponte.

Os dois edifícios que compõem o conjunto arquitetônico do Cais das Artes estão sendo implantados em uma grande praça, que será uma extensão do museu e do teatro, pois ela abrigará eventos ao ar livre, como exposições e até encenações.

Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação do Iopes
Bernardo Aguirre
3636-2005 / 9972-5862
bernardo@iopes.es.gov.br

Notícias

2015 / Desenvolvido pelo PRODEST utilizando o software livre Orchard