Projeto digitaliza e torna acessíveis registros históricos da cultura capixaba
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Verdadeiras relíquias da história e da cultura capixabas estarão acessíveis em breve por meio do projeto “Memórias em 16mm: A cultura capixaba pelas lentes da TV Gazeta”. Nele, foram digitalizadas reportagens produzidas entre 1976 e 1983 com registro de apresentações teatrais e musicais, exposições de arte, carnaval e outras festas populares, além de imagens do cotidiano e de paisagens do período. O lançamento do projeto acontece no dia 28 de outubro (terça-feira), às 9 horas, no Auditório da Rede Gazeta, em Vitória.
O projeto é uma realização da Interferências Filmes e Projetos, Garupa Filmes e Governo do Espírito Santo, através do Edital de Seleção de Projetos de Memória e Preservação Audiovisual de 2023, da Secretaria da Cultura (Secult), com recursos do Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo (Funcultura), e da Lei Paulo Gustavo (LPG), do Ministério da Cultura (MinC), Governo Federal.
No dia seguinte, 29 de outubro (quarta-feira), às 19 horas, também será feita uma apresentação no Salão Rosa do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE), no campus de Goiabeiras da Universidade Federal do Espirito Santo (Ufes). Ambas as atividades têm entrada franca, por ordem de chegada e sujeitas à lotação dos espaços, e contarão com acessibilidade arquitetônica e comunicacional, com intérprete de libras e legendas descritivas.
O material tem sido conservado pelo Arquivo Público do Estado Espírito Santo em seu formato original (16mm) e ganhará nova vida no formato digital, tornando-se acessível para fins exclusivos de pesquisa e consulta por meio do portal Midiateca Capixaba (midiateca.es.gov.br), plataforma criada pelo Governo do Estado, que disponibilizará o material após a análise e aprovação da prestação de contas do projeto.
O acervo digitalizado reúne 398 rolos de película 16 milímetros, contendo reportagens culturais exibidas nos telejornais da TV Gazeta nos primeiros anos de funcionamento da emissora, fundada em 11 de setembro de 1976. O material tem entrevistas com nomes consagrados da cena cultural local e nacional como Amylton de Almeida, Luiz Tadeu Teixeira, Maurício de Oliveira, Bernadette Lyra, Hermógenes Lima da Fonseca, Beth Caser, Martinho da Vila, Eva Wilma, Raul Seixas, Alceu Valença, Tom Zé, entre muitos outros. Jornalistas históricos da imprensa capixaba como Glecy Coutinho, Nilo de Mingo e Marisa Sampaio conduzem as reportagens.
Produtor executivo do projeto, Ricardo Sá, define a experiência como uma verdadeira “maratona da preservação”, que envolveu dezenas de profissionais e instituições ao longo de meses. “Ver o acervo preservado e acessível é testemunhar que o esforço de tantas mãos envolvidas se transformou em legado”, afirma. “Mais do que imagens e registros, entregamos à sociedade capixaba um pedaço vivo da sua própria história, um espaço de memória que parecia inacessível e que, a partir de agora, poderá guiar pesquisas, filmes, estudos e, principalmente, memórias afetivas”, completa Ricardo Sá.
O projeto Memórias em 16mm é parte de uma ação mais ampla de preservação da história audiovisual do Espírito Santo. As películas foram escaneadas quadro a quadro em alta resolução, com recuperação de imagem e som. O idealizador do projeto e responsável técnico pela digitalização e conservação do acervo é Lucas Bonini, contando com supervisão de conteúdo de Monica Nitz e inventário e pesquisa arquivística de André Malverdes, em parceria com o Arquivo Público do Estado do Espírito Santo (APEES).
“O desafio da digitalização foi grande. Muitos filmes não poderiam mais ser reproduzidos sem riscos de perda irreversível. Para garantir sua preservação, recorremos ao uso de um scanner sprocketless 2K, equipamento que dispensa o uso das perfurações para tracionar a película, permitindo que mesmo materiais fragilizados fossem digitalizados com segurança”, explica Lucas Bonini.
Ele conta que o trabalho teve várias etapas, da limpeza manual ao escaneamento, da análise de danos à criação de matrizes digitais em formatos de preservação reconhecidos internacionalmente, tudo orientado pelo cuidado de prolongar a vida das obras sem apagar seus traços de origem. “O resultado é um conjunto de imagens que, digitalizadas em resolução 2K, ganham uma nova chance de circular, agora em ambiente digital, sem os riscos que a manipulação física impunha”, resume o técnico audiovisual.
O projeto cumpre um papel essencial: devolver à sociedade capixaba e brasileira um patrimônio que há muito tempo merecia ser acessado. Pesquisadores, educadores, jornalistas e o público em geral poderão revisitar, pela primeira vez em décadas, um retrato vibrante da cultura e da vida no Espírito Santo durante o período da ditadura militar.
Programação:
Lançamento do projeto Memórias em 16mm,
28/10 (terça-feira)
- Abertura do evento com fala de realizadores e apoiadores
- Exibição do making of do projeto
- Lançamento do Catálogo Seletivo da Cultura Capixaba nos Telejornais, organizado por André Malverdes
- Masterclass com Lucas Bonini e André Malverdes (digitalização, conservação, pesquisa e inventário)
- Apresentação do site da Midiateca Capixaba, onde o acervo será disponibilizado ao público
Apresentação do projeto Memórias em 16mm na UFES
29/10 (quarta-feira)
- Exibição do making of do projeto
- Apresentação do Catálogo Seletivo da Cultura Capixaba nos Telejornais, organizado por André Malverdes
- Masterclass com Lucas Bonini e André Malverdes (digitalização, conservação, pesquisa e inventário)
Serviço:
Lançamento do projeto Memórias em 16mm
Data: 28/10 (terça-feira)
Horário: 9h
Local: Auditório da Rede Gazeta - Rua Carlos Fernando Lindenberg Filho, 90, Monte Belo, Vitória
Apresentação do projeto Memórias em 16mm na UFES
Data: 29/10 (quarta-feira)
Horário: 19h
Local: Salão Rosa do CCJE/ED2 — Campus de Goiabeiras em Goiabeiras - Avenida Fernando Ferrari, 514, Vitória
Entrada franca e sujeita a lotação
A atividade contará com acessibilidade arquitetônica e comunicacional (intérprete de libras e legendas descritivas)
Informações à Imprensa:
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