Lets se apresenta no Projeto Ensaios, da Thelema, nesta quinta-feira
O cantor Lets é a atração musical do Projeto Ensaios, no qual vai apresentar suas obras autorais. A apresentação, que é a última edição do Ensaios do mês de novembro, acontece nesta quinta-feira (27), no Espaço Thelema, Centro de Vitória, às 20h. Faz parte do projeto Entrelaços, por meio do qual estão sendo realizadas atividades culturais gratuitas durante todo o ano de 2025.
Lets cantará o repertório de seu último álbum, Esfera, lançado em setembro. Nele, há 11 canções, entre elas, Escuta que vou contar, na qual o artista homenageia Dona Laura Felizardo, considerada a matriarca do povo bantu no Espírito Santo e um dos mais importantes nomes da representatividade afro-capixaba. Lets destaca que o povo bantu é sua origem.
A composição, relata, nasceu de um pedido feito pelo filho de Dona Laura Felizardo, o bailarino e coreógrafo Paulo Fernandes. Além disso, conta com suingue, groove, percussão, toques de capoeira e a pulsação do congo, entremeados pela voz do artista. Esfera, afirma Lets, “é um álbum bem Brasil, começa com o forró, termina com RB e tem uma pegada bem dançante”.
A apresentação, inclusive, dialoga com a última atividade realizada pelo Entrelaços, no dia 11 de novembro, quando, no Prosas Literárias, a cultura bantu foi tema de debate. O convidado foi o Mestre de Congo e pesquisador Renato Santos, que levou como base para a discussão dois textos de sua autoria.
O cantor e compositor, antes do álbum Esfera, havia lançado singles, como Encontro Precioso, de 2022, no qual traz a história da boneca Abayomi, e Tempo de Nanã, em 2021, que fala sobre o tempo e tem como referência a orixá Nanã. Em 2020, lançou o single Vitorinha Triste, “uma coisa meio fria, das ausências”. Como se trata do mês da Consciência Negra, o repertório desta quinta também contará com Black Music.
Para Lets, o Projeto Ensaios, é uma janela. “Muitas pessoas já passaram por lá, gente velha de estrada, que ainda não fazia nenhum trabalho artístico e começou ali, gente que está começando agora”, afirma. Lets destaca, ainda, que o apoio à música capixaba vai para além do Projeto Ensaios, pois a Thelema “é a casa de Maria Linda”.
Maria Linda é um grupo de forró formado por Lets, Giovana Oliveira e Matheus Lisboa. Lets recorda que foi na Thelema que ele externou aos dois que tinha vontade de cantar forró. “A Ruth comprou a ideia, formamos o trio e nos apresentamos lá diversas vezes”, diz, referindo-se a Ruth Rangel, produtora cultural da Thelema e idealizadora do Projeto Ensaios.
Ruth recorda que Lets se apresentou pela primeira vez no Ensaios em outubro de 2021, sendo o quarto artista a participar do projeto. “Ele acreditou no projeto, começou a participar logo no iniciozinho. Sempre esteve presente na Thelema e no Projeto Ensaios, trouxe iniciativas novas, como o Maria Linda, está sempre fortalecendo. Nada mais justo do que, nesse momento, em que a gente comemora esses laços feitos nos sete anos de Thelema, que ele esteja conosco”, pontua.
Entrelaços
Nos sete anos de existência da Thelema, muitas ações foram desenvolvidas, com os mais diversos parceiros e inúmeras linguagens. Foram experiências que se entrelaçaram, fazendo com que o espaço cultural se tornasse isso que é atualmente: uma referência no protagonismo dos artistas locais e na democratização da cultura no coração do Centro de Vitória.
O Entrelaços teve início com a I Viradinha da Thelema, no dia 8 de fevereiro. Seu objetivo é dar continuidade aos projetos já existentes, criar novas atividades, fortalecer o diálogo entre agentes culturais, parceiros, artistas e a comunidade, além de abranger o maior número possível de participantes nas atividades culturais, que englobam ações como o Projeto Ensaios, com a apresentação de músicas autorais de artistas locais; e Prosas Literárias. Ambas as ações já são desenvolvidas pela produtora cultural da Thelema, Ruth Rangel.
O Entrelaços é realizado através do Edital de Programação Continuada de Espaços Culturais, da Lei Paulo Gustavo (LPG), por meio da Secretaria da Cultura (Secult).
A Thelema
A Thelema foi inaugurada em fevereiro de 2018, em um espaço na rua Gama Rosa, Centro de Vitória. Em pouco tempo, o espaço cultural passou a ser referência para a classe artística e para o público, principalmente o da Capital, atraindo também pessoas de outros municípios da Grande Vitória. Assim, a estrutura física onde estava instalada se tornou pequena para a quantidade de pessoas que iam até lá participar das atividades e também para os projetos que estavam sendo propostos pelos produtores da Thelema e por artistas locais.
A solução foi encontrar um espaço maior para se instalar. Por isso, a partir de 2020, a Thelema passou a funcionar na rua Graciano Neves, também no Centro de Vitória, em uma edificação de quase 100 anos que passou muito tempo abandonada após a morte das quatro irmãs que ali habitavam: Oneide, Odaleia, Odete e Olga, todas pianistas. A Thelema se encontra ainda hoje neste imóvel.
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