Lançamento do catálogo da exposição “O Trauma É Brasileiro”
A publicação traz reflexões sobre as temáticas presentes na exposição e apresenta um pouco do processo criativo da artista Castiel Vitorino Brasileiro.
Na exposição “O Trauma É Brasileiro”, a artista Castiel Vitorino Brasileiro reúne os saberes da psicologia, da arte e do curandeirismo para aliviar os males coloniais que acometem os corpos racializados e dissidentes. Como forma de repercutir as temáticas presentes nesse trabalho, será lançado o catálogo da exposição - publicação que traz registros e reflexões sobre essa proposta artística. O lançamento acontece às 19h, na Galeria Homero Massena, na Cidade Alta, no Centro de Vitória, e contará com uma conversa de Castiel e do artista e pesquisador Napê Rocha.
O catálogo possibilitará que o público conheça um pouco mais sobre os sentidos pretendidos por essa obra imersiva e sobre os caminhos percorridos pela artista curandeira para construir sua poética.
“Castiel firma seu ponto no espaço expositivo reivindicando seu direito ao segredo e à fala. A boca como lugar de manutenção da violência colonial é também uma possibilidade de produção de autonomia. A fala surge como enunciação de liberdade e o segredo como estratégia de resistência” é o que o afirma Napê Rocha em seu texto para a publicação. O catálogo também conta com contribuições da curadora e pesquisadora Diane Lima, da performer, diretora de cinema e pesquisadora Musa Michelle Mattiuzzi, do coreógrafo e professor Renato Santos, do artista Felipe Lacerda e da própria Castiel.
“O Trauma É Brasileiro” dá continuidade à instalação “Quarto de Cura” e oferece atendimentos individuais para o público aos modos das benzedeiras. Em sua primeira exposição individual, a artista propõe uma experiência de cura do trauma racista e LGBTfóbico a partir de uma cartografia feita no Morro da Fonte Grande, no Centro de Vitória - comunidade onde nasceu e passou a infância. Trata-se de uma atualização dos saberes Bantu expressos no modo de vida aquilombado da família de Castiel para denunciar como o apagamento da diferença, a imposição de um modelo cultural e o racismo fundaram a sociedade brasileira.
A exposição conta com recursos do Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo (Funcultura), por meio do Edital 019/2018 - Seleção de Projetos de Exposições de Artes Visuais. Além das visitações, dos encontros clínicos com Castiel, a exposição recebe a visita do público em geral e de grupos que realizam visitas guiadas mediante agendamento prévio. Quem assina o projeto de arte educação é a artista e doutora em Educação Kiusan Oliveira. “O Trauma É Brasileiro” está aberto à visitação até o próximo dia 24 de agosto.
Sobre Castiel Vitorino Brasileiro
Com 22 anos e graduanda do 9º período do curso de Psicologia pela Universidade Federal do Espírito Santo, Castiel Vitorino Brasileiro pesquisa e inventa relações em que corpos não-brancos se desprendem das amarras da colonialidade. Idealizadora do projeto de imersão em processos criativos decoloniais DEVORAÇÕES. Produz estéticas e discursos que colaboram para a desestabilização de sistemas racistas, que ao longo da história subalternizam populações negras.
Serviço
Lançamento do Catálogo da Exposição O Trauma É Brasileiro, de Castiel Vitorino Brasileiro e Renato Santos.
Terça-Feira (23 de julho), às 19h,
Local: Galeria Homero Massena - Rua Pedro Palácios, nº 99 - Cidade Alta, Centro de Vitória, Vitória - ES
O catálogo será distribuído gratuitamente e a entrada franca!
Site e redes sociais
Blog: otraumaebrasileiro.blogspot.com
Instagram: @castielvitorino
Facebook: @psicotendencia
Informações à imprensa:
Assessoria de Comunicação da Secult
Aline Dias/ Danilo Ferraz/ Erika Piskac
(27) 3636-7111/99808-7701/99902-1627
Facebook: secult.espiritosanto
Instagram: secult.es
Twitter: secultes