19/07/2019 15h36 - Atualizado em 19/07/2019 16h02

Galeria Homero Massena promove bate-papo com Ayrson Heráclito

Artista, curador e professor baiano é o convidado do encontro no Módulo I: Arte, Sociopolítica e Corporeidades, que acontecerá no próximo dia 22.

Referência na pesquisa dos elementos artísticos de matriz africana no País, o artista, curador e professor baiano Ayrson Heráclito é o convidado especial do próximo Módulo I: Arte, Sociopolítica e Corporeidades, encontro que integra o Programa de Pesquisa e Formação da Galeria Homero Massena, no dia 22 de julho, às 19 horas.

No evento, o artista falará sobre a curadoria da exposição Histórias Afro-Atlânticas no Museu de Arte de São Paulo (Masp) em 2018, em particular do núcleo “Rotas e Transes: Áfricas, Jamaica e Bahia”; assim como do seu processo de criação no projeto "Os Sacudimentos: a Reunião das Margens do Atlântico". Projeto este, que o levou a ser convidado pela curadoria central para participação da 57 Bienal de Veneza, na Itália, em 2017.

Interdisciplinar, seus trabalhos utilizam diversas linguagens como performance, instalações, fotografia e já puderam ser conferidos em mostras individuais e coletivas, incluindo festivais. Sua pesquisa se orienta pelos ritos e conceitos da cultura material afro-brasileira como a utilização de alimentos, referidos aos orixás.

Como curador, trabalhou na 3º edição da Bienal da Bahia, realizada no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), em Salvador, em 2014. Na mostra Histórias Afro-Atlânticas, exibida em 2018, no Masp, apresentou uma seleção de 450 trabalhos de 214 artistas, do século 16 ao 21, em torno das relações comerciais escravagistas entre a África, as Américas, o Caribe, e a Europa.

O evento tem apoio do espaço de residência artística Casa Tutti, da artista e produtora cultural Kyria Oliveira.

Sobre o artista

Ayrson Heráclito é um Ogã Sojatin de um Humpame de Jeje Mahi no subúrbio de Salvador, professor da UFRB na cidade de Cachoeira/Ba, artista visual e curador. Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC São Paulo, mestre em Artes Visuais pela UFBA. Suas obras de instalações, performances, fotografias e audiovisuais, lidam com elementos da cultura afro-brasileira e suas conexões entre a África e a sua diáspora na América.

Participou da Trienal de Luanda em Angola, 2010, Bienal de fotografia de Bamako no Mali, 2015 e em 2017 da 57 Bienal de Veneza na Itália. Possui obras em acervos do Musem der Weltkulturen em Frankfurt, Museu de Arte do Rio, MAR, Museu de Arte Moderna da Bahia, Videobrasil e Coleção Itaú. Foi um dos curadores-chefe da 3ª Bienal da Bahia, curador convidado do núcleo “Rotas e Transes: Áfricas, Jamaica e Bahia” no projeto Histórias Afro-Atlânticas no MASP e recebeu o prêmio de Residência Artística em Dakar do Sesc_Videobrasil e a Raw Material Company, Senegal.

Módulo I: Arte, Sociopolítica e Corporeidades

O módulo faz parte do projeto de pesquisa Processo: Criação Crítica Mediação, proposto pela Galeria Homero Massena para o cronograma 2019 e pretende acompanhar o calendário de exibições. O projeto é coordenado pela professora Rízzia Rocha e pelo coordenador de Artes Visuais da Galeria Homero Massena, Nicolas Soares. O objetivo garantir acesso, a informação e a formação da população à arte, em especial à arte contemporânea.

De acordo com Nicolas “nesta formação estamos atentos a como muitas questões de nosso contexto sociopolítico atual estão sendo discutidas e trabalhadas no campo da arte. A arte contemporânea tem reelaborado a vida e suas operações, pelo menos desde 1960, muitos artistas encontraram na vida, e na própria vida, as potências criativas para encarar o mundo no qual estamos. Se é vida; é potência artística. Assim sendo, o programa de formação proposto pela GHM, e especificamente este módulo, considerou a pertinente visibilidade da cultura Afro-Brasileira apresentada pelo artista Ayrson Heráclito”, destaca Soares.

O curso considera o apontamento das questões trabalhadas na exposição em exibição, “O Trauma é Brasileiro” da artista Castiel Vitorino Brasileiro, como mote do debate. Na tentativa de analisar como essas questões têm aparecido no campo da arte, o curso desenvolve tais aspectos por meio de estudo de bibliografias, além de análise de práticas e movimentos artísticos, imagens e vídeos.

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