01/10/2025 10h37

Diversidade e afeto marcam o Seminário Lugares de Ler em Vitória

O Seminário Lugares de Ler transformou a Casa da Música Sônia Cabral, em Vitória, em um espaço plural de encontros, escuta e celebração da leitura, no último sábado (27) e no domingo (28). O evento reuniu agentes de leitura, educadores, artistas, escritores e pesquisadores, em dois dias intensos de troca de experiências, partilhas e descobertas coletivas. “A diversidade esteve presente em cada detalhe — dos palestrantes aos agentes selecionados. Esse seminário mostrou que a leitura é também um território de afeto, inclusão e resistência”, destacou Keila Bárbara, coordenadora da iniciativa no Instituto Raízes, parceiro da Secretaria da Cultura (Secult) na realização do projeto.

 No primeiro dia, a metodologia do projeto foi apresentada pela gerente de Formação, Livro e Leitura da Secult, Ana Laura Nahas. “O Lugares de Ler nasceu com o propósito de ampliar o acesso à leitura e aproximar o livro das pessoas, ocupando espaços com grande potencial de transformação”, afirmou. Em seguida, os convidados Patrick Rocha, Marcus Rei de Lima Alves e Douglas Christian Ferrari de Melo conduziram oficinas e palestras que abordaram memória, resistência, inclusão e a literatura como direito.

Ainda no sábado, os dez agentes de leitura selecionados foram apresentados ao público, em um momento marcado pela emoção e pelo reconhecimento da trajetória dos profissionais. O domingo trouxe mesas de diálogo que celebraram a leitura como prática viva e transformadora. Entre os destaques, a mesa “Cartografia dos Afetos: Onde a Leitura Mora” contou com Carlos Fabian, Vitor Miguel e Keila Bárbara, que refletiu sobre o desenvolvimento do projeto e a importância de enxergar o território como uma atuação ética, estética e política.

“A cada fala e a cada encontro, percebemos que os lugares de ler são também lugares de viver, de criar vínculos e de construir futuros possíveis”, ressaltou Keila Bárbara. Um dos momentos mais marcantes foi o depoimento do agente de leitura Renato Carlos Fraga (Aracruz), que destacou a representatividade do evento: “Nunca tinha participado de um projeto em que a equipe fosse tão diversa, com mulheres trans, negras e pessoas com deficiência. Me senti representado ao ver essa diversidade também nos corpos dos palestrantes”, ressaltou Fraga.

 A agente Gabriela Kruger, de Guarapari, também se emocionou com a oficina de Vitor Miguel, dizendo que foi inspirador conhecer o projeto Do Lixo ao Livro e perceber como os livros cartoneros podem ser ferramentas de transformação e pertencimento.

 O seminário também valorizou o trabalho coletivo de uma equipe formada por mulheres e profissionais da comunicação, design, produção e gestão cultural, além do acompanhamento técnico da Biblioteca Pública do Espírito Santo (BPES). Durante o evento, os agentes receberam os primeiros livros do acervo, que serão utilizados a partir de outubro em seus territórios, marcando o início da próxima etapa do projeto.

O Lugares de Ler é um projeto da Secretaria da Secult, realizado pela Biblioteca Pública do Espírito Santo (BPES), em parceria com o Instituto Raízes, selecionado por meio de chamamento público. A iniciativa conta com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), do Ministério da Cultura.

 

 

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