Com vagas esgotadas, oficina de escrita criativa é realizada em Vila Velha
Escrever sobre si, sobre outros universos ou mesmo esse aqui, em outro país, em outra época. A escrita criativa nos ensina que o limite só está no papel e foi a partir desta premissa que aconteceu, no último sábado (10), na Biblioteca Cine por Elas, a oficina de Escrita Criativa, liderada pela autora Carla Guerson, estimulando capixabas de Vila Velha a criarem suas próprias narrativas. O evento gratuito contou com a participação de 22 pessoas, esgotando as vagas disponibilizadas pela organização.
A iniciativa é uma realização do coletivo Cine Por Elas, com recursos do Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo (Funcultura), da Secretaria da Cultura (Secult), e foi selecionada no edital Diversidade Cultural – Territórios Criativos. O projeto é realizado a cada mês na Biblioteca Cine por Elas. A próxima oficina é de produção de Zine, que será no dia 14 de junho, das 15h às 17h, de forma gratuita.
“Só de ver a frequência, a gente percebeu como tinha uma demanda reprimida, não só da oficina de escrita criativa, mas de programações culturais que sejam interessantes para quem curte escrita e literatura. Então várias pessoas compartilharam isso no início, que vieram atraídas por ser uma iniciativa diferente do que elas tinham visto e acho que existe uma demanda reprimida”, diz Carla Guerson, responsável pela oficina.
Quem frequentou o evento também pôde notar a presença massiva de mulheres, que, segundo Carla Guerson, historicamente têm dificuldade de se colocar, devido à sobrecarga de trabalho feminino, com dupla ou até tripla jornada.
“Acho que é relevante ter um espaço de escrita em que essas mulheres possam se colocar num ambiente seguro, se sentirem vulneráveis e isso foi o que muitos compartilharam aqui. Elas vieram não necessariamente em busca de publicar algo, ser escritoras profissionais, mas queriam ter um espaço para se colocar, para ter sua voz ouvida, para fazer-se ouvir por meio da palavra”, explica Carla Guerson.
Entre os depoimentos colhidos junto às participantes, a oficina de escrita criativa entrou como uma ferramenta de transformação pessoal. “Acho que a vida pode criar significados a partir da escrita criativa. A gente pode criar significados para a vida, ter uma vida mais intensa, mais plena, mais atenta, mais maravilhosa, de fato”, conta a escritora Mara Coradelo.
A escrita é uma habilidade que muitos aprimoram durante a fase escolar e, em outras fases da vida, esta habilidade deixa de ser explorada. Para Flávia Moutinho, a oficina de escrita criativa, muito mais do que fazê-la se perceber, foi um momento de autoconhecimento.
“Acho que as palavras vêm e é um exercício mesmo, de se escutar, de parar um tempo, se observar e deixar aquilo vir. Eu sempre gostei de escrever, de ler, mas com o tempo acho que isso foi perdido, acho que com o acesso à internet, tudo digital hoje, até mesmo as nossas relações, nossas conexões, fazem com que a gente fique muito focado numa coisa só. E aí compartilhar desse momento com todo mundo, promover esse espaço de acolhimento, de compartilhar ideias, de estar junto com as outras pessoas, foi muito bom!”, comenta Flávia Moutinho.
Sobre o projeto Biblioteca Cine Por Elas
Com foco em meninas e mulheres entre 10 e 29 anos, moradoras de Cristóvão Colombo e região, o projeto oferece oficinas presenciais com cerca de duas horas de duração e promove encontros voltados à leitura, escrita e expressão artística. A iniciativa é uma realização do coletivo Cine Por Elas, com recursos do Funcultura e da Secult, e foi selecionada no edital Diversidade Cultural – Territórios Criativos.
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