13/08/2025 10h47 - Atualizado em 13/08/2025 10h51

Cidade mais colorida: projeto social ressignifica três lugares de Vitória por meio da pintura

As Escadarias Santa Clara e do Moscoso, na região do Centro de Vitória, e a Escadaria da Grécia, no bairro Barro Vermelho, também em Vitória, estão repaginadas e cheias de cores vibrantes. O projeto “Cores Comunidades”, executado pelo “Coletivo de Cultura Cores que Acolhem”, realizou três intervenções artísticas em diferentes regiões de Vitória entre abril e julho deste ano. O projeto conta com recursos da Lei Paulo Gustavo (LPG), por meio da Secretaria da Cultura (Secult).

A iniciativa busca dar cor e vida a espaços públicos por meio da pintura em murais de até 500 metros quadrados, envolvendo artistas locais e moradores. O objetivo é valorizar a identidade cultural das comunidades e promover a inclusão social. O projeto une cultura e educação por meio de pinturas artísticas, que revitalizam a paisagem urbana. “Usamos o muralismo como forma de democratizar a história e cultura local, criando espaços que se tornem pontos de visitação e de interação na cidade”, comenta o coordenador do Coletivo, Stefan Marques.

O projeto foi realizado nos meses de maio, junho e julho, em um processo que envolveu tanto a pintura quanto a escuta ativa dos moradores. Durante esse período foram realizadas duas oficinas, que ocorreram nos dias 16 e 23 de maio e proporcionaram um espaço para o engajamento e aprendizado conjunto.

Stefan Marques explica que o projeto nasceu do desejo de levar luz e cor a ambientes de grande visibilidade e rotatividade de pessoas. A equipe de muralistas – artistas responsáveis por criar pinturas em paredes de edificações – foi composta por Thais Cordeiro, Renata Nunes e Israel Scárdua. Para desenvolver o mural, os criadores recolheram histórias sobre o território a partir dos relatos de lideranças comunitárias e moradores.

Para Renata Nunes, responsável pela área artística do coletivo, o muralismo é uma vertente das artes que está diretamente relacionada aos diferentes estilos de vida e experiências das pessoas que o praticam. O reconhecimento do trabalho executado, pontua, faz com que os murais se tornem atrativos turísticos, seja pela produção de fotografias por quem visita a cidade ou por sua reprodução em diversos meios de comunicação.

O projeto “Cores Comunidades” nasceu em 2022, com a pintura de mais de 2.560 metros quadrados de murais que contam a história do Centro de Vitória. Na época, ganhou o nome “Colorindo o Centro”. Agora, em sua segunda edição, a iniciativa também ofertou oficinas de pintura aos alunos com altas habilidades e superdotação da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Álvaro de Castro Mattos, localizada em Jardim da Penha.

Os estudantes participaram de duas oficinas, com 25 vagas e duração de quatro horas cada, nas quais acompanharam de perto o processo criativo e aprenderam novas técnicas de pintura, colaborando para o resgate da história e das memórias dos territórios atendidos.

Escadaria da Grécia

A artista e moradora Celeneh trouxe para as paredes da escadaria uma vila grega com casas, em que a força do mar é celebrada por meio da figura do deus grego Poseidon.

Os olhos gregos também não foram esquecidos e parecem flutuar pela estrutura da escadaria, com a prevalência de tons azuis e brancos, lembrando a bandeira da Grécia, numa homenagem à comunidade grega, cuja presença se relaciona com a história do bairro. 

   

Morro do Moscoso

Por sua vez, os muros laterais da escadaria do morro do Moscoso, no Centro de Vitória, ganharam cores que retratam a primeira fonte que abastecia a região, as primeiras lavadeiras da comunidade e o sapateiro Valdecir, que tornou a sapataria Toc conhecida em todo o Brasil.

A arte traz também uma homenagem à Dona Olga, figura muito querida pela comunidade e que fazia o catecismo das crianças da região. O samba, presente no dia a dia do morro, está nos painéis pintados com as cores das escolas de samba Acadêmicos do Moscoso e Lira do Moscoso.

 

Escadaria Santa Clara

O mural da Escadaria Santa Clara também contou com a participação da comunidade local, que propôs uma homenagem à santa que dá nome ao local.

A partir da ideia original, os artistas transformaram o espaço num grande jardim de Santa Clara, com paredes repletas de pássaros e flores, além das figuras de São Francisco e Santa Clara.

Na parede central, uma frase marcante de Santa Clara deixa uma mensagem aos que por ali passam: “Devo florir onde o Senhor me plantar”.

 

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