Para quem quer conhecer um pouco mais sobre os livros contemplados pelo Edital 007/2015 de Produção e Difusão de Obras Literárias do Funcultura da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), nesta semana foi feita a resenha de mais três publicações de jovens autores que comprovam a qualidade e a originalidade do que é produzido atualmente no Espírito Santo.

Inscritos entre os gêneros Romances, Crônica, Literatura infanto-juvenil, Poesia e Conto, e após passarem por um minucioso crivo de seleção, os livros “Deu Bezerra no Milhar”, de Felipe Bezerra (crônicas); “Manga Verde”, de Claus Rodrigues Zimerer (conto); e “Pandareco”, escrito de Casé Lontra Marques (infanto-juvenil) estão chegando ao acesso dos leitores capixabas por via de seus diferentes lançamentos durante o ano.

As outras obras que ganharão as suas resenhas nas próximas semanas são: O Decano, de Jairo Martins de Souza (romance); Arpoador, de Régis Frances Telis (romance); O Papo Amarelo & Arremates, de Gilberto Braga Machado (crônicas); Curubitos de Folclore - Crônicas da Cultura Popular Capixaba, de Eliomar Carlos Mazoco (crônicas); e A Alegria Delicada dos dias Comuns, de Francimara Salvador (poesia).

Deu Bezerra no Milhar, de Felipe Bezerra

Lançado durante a programação da Bienal Rubem Braga 2016, em junho, “Deu Bezerra no Milhar” (Cachoeiro Cult, 112 páginas) é o segundo livro do jornalista e escritor “cariocapixaba” Felipe Bezerra. Nesta obra, as 40 crônicas presentes, trafegam por diversas situações do cotidiano suburbano em um tom cômico e repleto de desfechos levemente inesperados. Com uma linguagem divertida, é altamente recomendável, tanto para quem gosta de uma leitura mais assídua quanto descompromissada. Entretanto, ambas nunca menos interessantes.

Com prefácio feito pelo renomado compositor e escritor Aldir Blanc e por sua filha Mariana Blanc, o livro é uma verdadeira compilação, onde os textos foram produzidos por Felipe em diferentes períodos e contextos, e que só saiu “literalmente” do papel devido à concretização do projeto planeado por Marcelo Grillo, um dos editores e idealizadores da editora Cachoeira Cult.

Manga Verde, de Claus Zimerer

A memória de tempos remotos deixa pelas linhas, fragmentos, na narrativa poética da obra “Manga Verde” (Editora Cousa, 114 páginas), livro de contos do escritor alegrense Claus Zimerer, que será lançado na quarta-feira (22), a partir das 19h, no Grappino RangoBar, Centro de Vitória. A composição mútua de vida e literatura transparece nos 21 contos, onde a ficção e realidade aparentemente se entrelaçam ao longo do livro, em ótima totalidade textual.

“Manga Verde” é  a primeira publicação de Claus Rodrigues Zimerer, que além de servidor do Tribunal Regional do Trabalho, escreve regularmente no blog O Alpeh (esseoficiodoverso.blogspot.com/) dedicado a textos com variadas linguagens literárias, ou seja, de abordagens experimentais e até mesmo crônicas. Claus é graduado em filosofia pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

Pandareco, de Casé Lontra Marques

O livro infanto-juvenil deste autor - nascido em Volta Redonda (RJ), entretanto residente em Vitória há muito anos -, “Pandareco” (Balaio, 52 páginas) narra as aventuras de um ser homônimo enigmático por inúmeras paisagens e lugares fantásticos, onde a própria descrição de qual seria a criatura dá um toque imaginativo e livre à obra.  Outro grande destaque de “Pandareco” é o belíssimo projeto gráfico da publicação com os desenhos do ilustrador William Shigueto.

Casé, além de contribuir com diversas revistas e periódicos eletrônicos especializados em poesia, publicou inúmeras obras, entre elas: Indícios do dia (2011); Movo as mãos queimadas sob a água (2011); Saber o sol do esquecimento (2010); Quando apenas se aproximam os rumores de chuva (2009); A densidade do céu sobre a demolição (2009); Campo de ampliação (2009); Mares inacabados (2008), Movo as mãos queimadas sob a água (2011) e Enquanto perder for habitar com exatidão (2014), este lançado pelo edital de Difusão de Obras Literárias e Literatura Infanto-Juvenil (2014) da Secult,